segunda-feira, 3 de junho de 2024

[3436.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCCXXI

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCCXXI *

01921. Manuel Ferreira da Silva [1927, 1927]

[Gondomar, c. 1894. Ourives. Filiação: Margarida Martins Ribeiro, Damião Ferreira da Silva. Casado. Residência: Rua de S. João da Praça, 90 - Lisboa. Preso em 09/11/1927, «por suspeita de legionário e bombista». Preso em 23/11/1927,  «por bombista e por conspirar contra a Situação»; deportado para a Guiné em 15/01/1928. Transferido para Angola, Huíla, em 23/06/1928. Seguiu no vapor "Pedro Gomes" de Moçâmedes para Cabo Verde, onde se apresentou em 16/11/1930. Não foi abrangido pela amnistia de 05/12/1932, continuando com residência fixada naquele arquipélago.]

01922. Miguel Monteiro [1928]

[Porto. Agente da Polícia Administrativa do Porto. Preso, talvez, em dezembro de 1928, acusado de chefiar um grupo de revolucionários em Espinho e deter bombas e outro material explosivo. Entrou no Aljube em 17/03/1929 e, em 16/06/1929, foi deportado para S. Tomé. Passou para Angola e seguiu no vapor "Pedro Gomes" de Moçâmedes para Cabo Verde, onde se apresentou em 16/11/1930. Não foi abrangido pela amnistia de 05/12/1932, continuando com residência fixada naquele arquipélago. Só lhe foi levantada a situação de deportado em agosto de 1944.]

01923. João Rodrigues da Silva [1927, 1928, 1928, 1940]

[João Rodrigues da Silva || F. 01/07/1920 || ANTT || PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903]

["O João da Varina". Santos-o-Velho - Lisboa, 17/02/1893. Serralheiro / Mecânico. Filiação: Maria Augusta da Silva, João Rodrigues da Silva. Casado. Residência: Rua Maria Pia, 350 - Lisboa / Pujadas, 143 - Barcelona. Preso por ordem superior em 30/06/1920; libertado em 09/07/1920. Preso em 25/10/1923, «por suspeita de cumplicidade com bombistas»; libertado em 02/11/1923. Preso em 15/08/1927, «por andar a distribuir panfletos»; libertado em 19/08/1927. Preso em 15/02/1928, por cooperar com Américo Vilar no fabrico de bombas, ter ideias avançadas e guardar na algibeira uma bomba carregada: deportado, em 04/05/1928, para a Guiné, de onde fugiu, talvez em finais de agosto. Preso em 28/12/1928, «por estar implicado num movimento revolucionário em preparação» e ser «detentor de 40 bombas». Deportado, em 04/04/1929, para S. Tomé, passou, em 19/05/1929, para Luanda e, em 20/10/1930, para a Madeira, participando na “Revolta das Ilhas”. Enviado, em 12/05/1931, para Cabo Verde, apresentou-se em 18/05/1931. Não foi abrangido pela amnistia de 05/12/1932, evadiu-se e fixou-se em Barcelona, onde auxiliou os «marxistas espanhóis» e, finda a guerra, «foi internado no Campo de Concentração de Gurs». Pediu para ser repatriado, seria preso pela PVDE em Vilar Formoso, em 14/03/1940, e seguiu, em 16/03/1940, para a 1.ª esquadra. Esteve no Aljube (02/04/1940), em Caxias (24/04/1940) e, por despacho do Diretor da PVDE, de 22/04/1940, embarcou, em 21/06/1940, para o TarrafalAbrangido pela amnistia de 18-10-1945, foi libertado em 16-11-1945 e regressou em 01-02-1946.]

[João Esteves]

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