[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

terça-feira, 31 de março de 2020

[2334.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS - DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [XVI] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || XVI *

00118. Albertino Borges de Oliveira [1928]

[Preso em 14/10/1928, libertado em 20/10/1928].

00119Alberto Alexandrino Augusto dos Santos [1932]

[Alberto Alexandrino dos Santos || c. 1937 || in Les Portugais et la guerre d'Espagne - Engagement militant, solidarités et mémoires || Riveneuve Continents 29-30 || 2020]

[Cedofeita - Porto, 04/07/1891, ex-Tenente. Filiação: Maria Augusta dos Santos, João Alexandrino dos Santos. Casado com Maria do Carmo Vieira dos Santos. Residência: Rua Cidade de Manchester, 5 - Lisboa. Militar de carreira, integrou, no ano letivo de 1915/1916, o corpo docente da Escola Prática Comercial Raul Dória, no Porto, sendo, tal como o pai, professor efetivo. De seguida, combateu como voluntário na 1ª Guerra, tendo sido ferido. Foi, entre 1926 e 1969, um ativo opositor da Ditadura portuguesa, combateu na Guerra Civil de Espanha (1936-1939) onde, devido às suas qualidades de disciplina, de organização e de estratega, se tornou o português com a posição mais alta na hierarquia militar leal à República Espanhola e, a partir de novo exílio, integrou a Resistência em França (1942-1944) contra a ocupação nazi. Tenente, participou na revolta que eclodiu no Porto em 3 Fevereiro de 1927 e, devido ao seu fracasso, exilou-se, primeiro, na Galiza, em Vigo, juntamente com Amadeu FernandesCésar de Almeida, Jaime Cortesão, Jaime de MoraisJoão Aires TorresJoão Carlos Lopes MartinsMiguel Augusto Alves Ferreira e Raúl Proença, entre outros. De seguida, fixou-se em Madrid e, em 1928, entrou clandestinamente em Portugal na sequência de tentativas de movimentações revolucionárias, nomeadamente na região do Minho, sendo vigiado desde, pelo menos, 12/07/1928, quando é referido que esteve em contacto com o capitão médico Canário e Joaquim da Silva, da Fábrica de Barcarena. Ao contrário de outros dirigentes, escapou à prisão em massa de 1 de Maio e integrou, com o capitão-tenente Aragão e Melo, João Lopes Soares (ex-capelão milita), coronel José de Mascarenhas, o tenente-coronel Norberto Guimarães e o major Sarmento de Beires, o comité da chamada Revolta do Castelo, desencadeada em 20/07/1928, a qual provocou divisões entre si e outros militares intervenientes. Mais uma vez, conseguiu não ser detido e refugiou-se, inicialmente, no interior do país, mantendo-se na clandestinidade durante alguns anos. Vigiado pelos informadores "Marítimo", "General", "Ave", "Trovão" e "24", as suas movimentações eram relatadas, dando-se conta dos encontros que manteve, entre Outubro de 1928 e Maio de 1930, com, entre outros, Aires Torres, tenente-coronel (António Germano Guedes) Ribeiro de Carvalho, tenente Araújo (José Maria de?), Armando Agatão Lança, capitão Carlos Chaves Costa, aspirante Gois Mota, tenente de infantaria Joaquim Videira, sargento da Armada José Severo dos Santos, coronel de infantaria Mendes Cabeçadas, tenente-coronel Norberto Guimarães. Segundo informações que constam do seu Cadastro Político, teria ido, em 1930, à Holanda comprar armamento, o qual veio a ser apreendido posteriormente. Em Fevereiro de 1931 andava fugido à Polícia (v. Processo 4735). Preso em 06/09/1932, juntamente com o filho, Henrique Alexandrino Vieira dos Santos, e enviado, em 07/09/1932, à Polícia Internacional Portuguesa - Porto, a fim de lhe ser organizado o processo. Enviado para Lisboa em 14/09/1932, apurando-se que mantinha ligações revolucionárias com Alfredo Fernandes, Artur Francisco do Couto, Emídio Guerreiro e capitão Nuno CruzEm 22/10/1932, foi-lhe fixada residência obrigatória em Cabo Verde (Processo 114/PortoProcesso 573/PI). Seguiu, em 05/01/1933, para a fronteira de Elvas por ter sido banido, por despacho do Ministro do Interior, do território nacional. Julgado pelo TME em 02/06/1934 (Processo 9/934 - TME). Instalou-se a Madrid, onde passou a ser proprietário de uma garagem, e integrou o grupo dos Budas, juntamente com Alberto Moura Pinto, Jaime de Morais e Jaime Cortesão, entre outros. 

[c. 1937 || in Les Portugais et la guerre d'Espagne - Engagement militant, solidarités et mémoires || Riveneuve Continents 29-30 || 2020]

A sua permanência em Espanha e, depois, em França é escalpelizada por Robert Duró Fort no artigo "Alberto Alexandrino dos Santos, un révoltionnaire ibérique pendant la guerre civile espagnole, 1936-1939" (in Les Portugais et la guerre d'Espagne - Engagement militant, solidarités et mémoires, Riveneuve Continents 29-30, 2020, pp.107-138). Na sequência do envolvimento no caso das armas do navio "Turquesa", foi preso em outubro de 1934, em Madrid, e saiu em liberdade condicional em 09/03/1935. Relacionado com o mesmo processo, seria novamente preso em 15/04/1935, desconhecendo-se a data da libertação. Com o triunfo da Frente Popular em Fevereiro de 1936, foi aprovada uma amnistia para os presos políticos e Alexandrino dos Santos persistiu nas suas atividades revolucionárias: continuou a acompanhar a situação portuguesa e, em Espanha, mantinha contactos com elementos da Federação Anarquista Ibérica, intelectuais e com o comunista José Luis Terry, com quem partilhava o apartamento em Madrid. Com o início da insurreição militar franquista em 17 de Julho de 1936, muitos militares republicanos portugueses ofereceram a sua colaboração ao governo legítimo de Espanha. Alexandrino estava, então, em Barcelona e aí vai ficar com o único filho, Henrique, sendo associado ao Partido Socialista Unificado da Catalunha, criado em 23/07/1936 na sequência da fusão de várias organizações políticas locais. Liderou, desde o início, colunas de voluntários em defesa da República, sendo comandante, ao mesmo tempo que reforçou a sua posição no PSUC enquanto dirigente das milícias socialistas naquela região. Participou na frente de Aragão (Tardienta, Vicién e Sangarrén) e, esteve, ainda em 1936, na defesa de Madrid, evidenciando, progressivamente, as capacidades de organização, de disciplina e de estratega. No início de Outubro, assinou o manifesto "Mensaje del verdadero Portugal", onde era condenada a aliança entre o Portugal de Salazar e os fascistas espanhóis, subscrita, também, por Alberto de Moura PintoArmando Zuzarte Cortesão, Fernando de Utra Machado, Gonçalo de ReparazIsrael Anahory, Francisco de Oliveira PioJaime de Morais, Júlio César de Almeida, Manuel Firmo e Jaime Zuzarte Cortesão. Publicado em 4 e 5 de Outubro na imprensa espanhola, nomeadamente no diário madrileno El Sol, coincidiu com a morte, em 05/10/1936, do filho Henrique Alexandrino, com 23 anos, no âmbito da defesa da República Espanhola, havendo versões contraditórias quanto ao realmente sucedido. Em Novembro de 1936, estava como segundo chefe do Estado Maior do exército na Catalunha e, em Dezembro, tornou-se, por nomeação oficial de o Ministro das Finanças, Juan Negrín, Comandante dos Carabineiros, mudando-se para Valência, então capital da República. Promovido, em 02/04/1937, a tenente-coronel dos Carabineros, o que corresponderá à graduação militar mais elevada conseguida por um português nesse conflito. O empenho na sua reorganização e enquanto chefe da base de Castellón de la Plana, culminando na inauguração da Academia dos Carabineros, reforçou a sua importância no desenrolar dos acontecimentos militares durante a Guerra e o reconhecimento das qualidades militares de liderançaCom o avanço franquista, a base passou para a Catalunha, nas proximidades de Barcelona. Simultaneamente, associou-se ao plano L, de Lusitânia, que visava derrubar Salazar através de uma invasão de portugueses por via marítima a partir de Espanha. Em Janeiro de 1939, com a ocupação da Catalunha pelas tropas de Franco, partiu com os seus homens para França através dos Pirenéus e ficou, temporariamente, confinado num campo em Prats-de-Mollo-la-Preste. Seguiu, depois, para Marselha, onde vivia, desde finais de 1938, Moura PintoNum novo exílio, instalou-se, em Setembro de 1939, em Montauban, e integrou a resistência dos antifascistas espanhóis naquele país. Em 18/04/1942, foi internado no campo de refugiados de Judes, em Septfonds, onde participou na reorganização do Partido Comunista de Espanha. Libertado em 27/05/1942, seria novamente preso em 08/07/1942 e internado, desta vez, no campo de Le Vernet d'Ariège. Libertado em 7 de Agosto, entrou na Resistência sob o nome de Alex, desempenhando, novamente, funções militares relevantes na zona de Tarn-et-Garonne, no âmbito da formação e instrução de militares. Membro das Forças Francesas do Interior, abandonou a Resistência em 26/08/1944, regressando, com os republicanos espanhóis, à luta activa contra o regime franquista, integrando a União Nacional. Instalou-se, em 1950, em Toulouse, onde faleceu em 1969, com a graduação de General. Admirado e reconhecido pelos espanhóis, lutou, até ao fim da vida, pela liberdade nos dois países. Os autores Pere Calders  e Jean Morgades, que com ele conviveram no âmbito militar, dedicaram-lhe, respetivamente, os livros Unitats de xoc (1938, 1984) e Vers l'entente ibérique (1945).]

[in Les Portugais et la guerre d'Espagne - Engagement militant, solidarités et mémoires || Riveneuve Continents 29-30 || 2020]

[alterado em 09/03/2022]

00120. Alberto Alonso Gonzalez [1931, 1937]

[Lisboa, 29/03/1910, enfermeiro - Lisboa. Preso em 22/08/1931 (Processo 9). Preso em 21/01/1937, libertado em 10/03/1937 (Processo 67/937)].

00121. Alberto Alves da Fonseca [1932, 1936, 1937] 

[Lisboa, 15/01/1907, estivador - Lisboa. Preso pela PSP de Lisboa e entregue, em 11/04/1932, à Polícia de Defesa Política e Social (Processo 332). Voltou para a tutela da PSP em 14/02/1932. Preso pela PSP em 27/06/1936 e entregue à PVDE em 04/07/1936, recolheu à 1.ª Esquadra e foi libertado no mesmo dia (Processo 1849). Preso em 24/07/1937, recolheu à 1.ª Esquadra e foi libertado em 19/11/1937 (Processos 944/37 e 1007/37)].

00122. Alberto Alves de Figueiredo [1932]

[Vila Real, 1908, trabalhador - Lisboa. Preso pela PSP de Lisboa e entregue na Polícia de Defesa Política e Social em 04/02/1932. Libertado no mesmo dia (Processo 221)].

00123. Alberto Alves [1933]

[Lisboa, 1900, trabalhador - Lisboa. Preso pela PSP em 01/05/1933 e entregue à Secção Política e Social em 02/05/1933 (Processo 686). Libertado em 10/05/1933].

00124. Alberto Augusto Azevedo [1929]

[Carrazeda de Ansiães, 1894, 1.º Sargento - Infantaria 6. Preso em 15/04/1929 (Processo 4315)].

[João Esteves]

segunda-feira, 30 de março de 2020

[2333.] ALBERTINO ABRANTES CASTANHEIRA [I] || FILIADO NAS JUVENTUDES COMUNISTAS (1925)

* ALBERTINO ABRANTES CASTANHEIRA *
[1899 - ?]

[Albertino Abrantes Castanheira || ANTT || -ca-PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-1-NT-8902 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

Filho de Maria Abrantes Esteves e de João Abrantes Castanheira, Albertino Abrantes Castanheiro terá nascido em 1899, em Tábua.

Padeiro, a residir em Lisboa, na Rua Santana à Lapa, era filiado nas Juventudes Comunistas e, em 12 de Maio de 1925, «foi preso por ser detentor duma bomba e duma pistola» [Processo 2578 - P.S.E.].

Deportado para Cabo Verde em 29/05/1925.

Fontes:

ANTT, Livro de Cadastrados 1 [Albertino Abrantes Castanheira / ca-PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-1-NT-8902].

ANTT, Cadastro Político 5557 [Albertino Abrantes Castanheira / PT-TT-PIDE-E-001-CX05_m0355].

[João Esteves]

[2332.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS - DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [XV] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || XV *

00111. Aires Rodrigues Correia ou António Simões da Rocha [1927]

[Tábua, 1906, padeiro - Lisboa. Preso em 17/03/1927 e enviado à Comissão de Inquérito por suspeita de ter participado no movimento revolucionário de 07/02/1927 (Processo 3041 da PI - MI)].

00112. Albano Duarte dos Santos [1931] 

[Arganil, 1914, estucador - Lisboa. Preso em 01/09/1931, libertado em 02/09/1931 (Processo 7)].

00113. Albano Jesus de Matos [1932]

[Lisboa, 1891, chofer - Lisboa. Membro da direcção do Sindicato dos Choferes. Preso em 18/03/1932, libertado em 20/03/1932 (Processo 331). Procurado, nesse mesmo ano, pela Polícia].

00114. Albano José Serra [1929, 1935]

[Castanheira de Pera, 1893, sapateiro - Lisboa. Preso em 10/03/1929, libertado em 12/03/1929 (Processo 4258). Preso em 02/01/1935, libertado em 03/01/1935 (Processo 1314)].

00115. Albano Nunes Borges de Carvalho [1933]

[Lisboa, 1892, empregado de escritório - Lisboa. Preso pela PSP de Lisboa em 19/03/1933 e entregue à Secção Política e Social em 20/03/1933 (Processo 633). Libertado em 21/03/1933].

00116. Albano Pizarro [1930, 1931, 1933, 1933, 1935, 1936]

[Albano Pizarro || 14/10/1933 (Porto) || ANTT || PT-TT-PIDE-E-010-9-1599]

[Porto, 14/11/1902. Estudante / Desenhador especial de máquinas. Filiação: Ana Assunção Melo Pinto Basto Pizarro, Miguel de Sá Sotto Maior Pizarro. Solteiro / Casado. Residência: Rua da Conceição, 58 - Porto / Rua Garrett, 64 - Porto. Vigiado devido às suas atividades na academia: terá fundado o grupo "República" e mantinha ligações às lojas maçónicas "Comuna" e "Revolta". Preso no Porto em 23/04/1930, «por estar envolvido em manejos conspiratórios»; libertado em 02/05/1930. Preso no Porto em 26/08/1931, «por estar envolvido em manejos conspiratórios»; libertado em 27/08/1931. Preso no Porto em 13/10/1933, «por suspeita de ter contribuído com dinheiro para a impressão do jornal clandestino "A Verdade"»; libertado em 14/10/1933. Preso no Porto em 27/10/1933, «por estar envolvido em manejos conspiratórios»; libertado do Aljube local em 03/11/1933. Preso no Porto em 21/08/1935, acusado de estar envolvido num movimento revolucionário em preparação e manter ligações com Eduardo Salgueiro e Horácio Cunha. Levado para o Aljube da cidade e libertado em 14/09/1935 [Processo 89, 1729/35]. Preso no Porto em 25/08/1936, transferido para Caxias em 15/10/1936, levado para o Aljube em 17/10/1936 e libertado em 18/12/1936 (Processo 137/936, 1092/36). Nas duas últimas prisões é indicado como desenhador especial de máquinas - Porto.]
[alterado em 09/04/2024]

00117Albertina de Sousa Pinheiro [1932]  

[Lisboa, c. 1912, empregada da CUF. Filiação: Silvana de Jesus, Artur Pinheiro. Solteira. Residência: Rua da Fábrica da Pólvora, 28. Presa em 15/09/1932, "para averiguações" sobre a participação de Lourenço Pinto, grumete da Armada, nos acontecimentos de Alcântara de 4 de Setembro. Levada, incomunicável, para uma esquadra; libertada da 23ª Esquadra em 22/09/1932 (Processo 558).]

[alterado em 22/03/2022]
[alterado em 28/03/2022]

[João Esteves]

domingo, 29 de março de 2020

[2331.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS - DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [XIV] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || XIV *

00099. Agostinho da Costa [1932]

[Lisboa, 1900, empregado no Matadouro Municipal - Lisboa. Preso pela PSP e entregue à Polícia de Defesa Política e Social em 01/05/1932. Libertado em 04/05/1932 (Processo 354)].

00100. Agostinho de Almeida Neto [1931]

[1897, empregado agrícola - São Tomé. Preso em S. Tomé e enviado para Lisboa onde, em 13/07/1931, foi entregue à Polícia Internacional Portuguesa. Levado para o Aljube, seguiu, em 13/07/1931, para Peniche, onde ficou com residência fixada].

00101. Agostinho Fernando [1930]

[1.º Sargento de Infantaria. Deportado, em 08/08/1930, para os Açores, onde lhe foi fixada residência obrigatória. Em Janeiro/Fevereiro de 1931, a Polícia não aconselhou o seu regresso ao Continente, como pretendia o Ministério da Guerra.  Estava, em 28/12/1932, com residência obrigatória em Cabo Verde, tendo sido abrangido pela amnistia de 05/12/1932. Regressou, apresentou-se em 15/01/1933, saindo em liberdade e indo residir na Rua da Boavista, 65 - Porto.]
[alterado em 08/04/2023]

00102. Agostinho Ferreira Correia [1931]

[Lisboa, 1908, chofer - Lisboa. Preso em 01/05/1931 e entregue à PSP].

00103. Agostinho Garcia da Silva [1933]

[Lisboa, 1911, sapateiro - Lisboa. Preso pela PSP em 16/02/1933 e entregue, no dia seguinte, à Polícia de Defesa Política e Social. Libertado em 07/03/1933 (Processo 623)].

00104. Agostinho Gomes [1931, 1943]

[Agostinho Gomes || 12/08/1943 || ANTT || RGP/15656 || PT-TT-PIDE-E-010-79-15656]

[São Pedro do Sul, 1910/1912, pedreiro - Lisboa. Preso pela GNR em 26/08/1931, levado para a Esquadra do Matadouro e, depois, para a Cadeia Nacional. Deportado para Timor em 02/09/1931 (Processo 328). Abrangido pela amnistia de 05/12/1932, não embarcou no vapor Moçambique por se encontrar doente. Apresentou-se em 08/11/1933, indo viver para S. Pedro do Sul. Trabalhador, com residência na Baixa Banheira - Alhos Vedros, foi preso pela PSP de Lisboa e entregue à PVDE em 12/08/1943 e levado para Caxias. Entregue, em 21/09/1943, ao 4.º Esquadrão da GNR a fim de ser incorporado no Batalhão de Trabalhadores, voltando para a tutela da PVDE em 16/12/1943. Libertado em 05/04/1944 (Processo 906/943)].

00105. Agostinho José Alves [1931]

[Vila Pouca de Aguiar, 1906, estudante de Direito - Coimbra. Filiação: Leonor de Sousa Carneiro, Tiago José Alves. Solteiro. Residência: Couraça de Lisboa, 38 - Coimbra. Um dos subscritores, em 1930, do manifesto "Delenda et Cartago - A Academia Republicana perante a Universidade de Coimbra". Preso em Coimbra em Fevereiro de 1931, por ser um dos autores daquele panfleto e dos manifestos "Ao País". Em Maio, foi-lhe fixada residência em Ribeira de Pena. Pode ter emigrado para o Brasil, onde constituiu família.]
[alterado em 05/06/2023]

00109. Aires Alberto [1932]

[Aires Alberto || ANTT || PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Matosinhos, c. 1903, carpinteiro - Lisboa. Filiação: Rosalina de Jesus Alberto, Jaime Alberto. Solteiro. Residência: Travessa de Campo de Ourique, 13 - Lisboa. Preso em 30/08/1932, "por reunir em Campo de Ourique com outros indivíduos que conspiravam contra a Situação Política do País, entre eles José Maria Tavares e João Loureiro"; recolheu a uma esquadra. Libertado em 07/09/1932 (Processo 501).]
[alterado em 12/02/2022]

[João Esteves]

sábado, 28 de março de 2020

[2330.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS - DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [XIII] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || XIII *

00086. Afonso Carlos de Matos [1933]

[Afonso Carlos de Matos.
Lisboa, c. 1908. Impressor. Filiação: Guilhermina de Jesus, Ricardo de Matos. Casado. Residência: Beco do Félix, 1. Preso em 21/07/1933, "por fazer parte da Organização avançada", trabalhando, desde fevereiro, na oficina da Cooperativa "A Casa dos Gráficos", onde imprimiu números dos jornais clandestinos "O Jovem", "O Marinheiro Vermelho" e "O Metalúrgico", para além do manifesto "Carta Aberta". Transferido para o Aljube em 06/10/1933. Julgado pelo TME em 22/01/1934, foi absolvido e libertado nesse dia.]
[alterado em 21/05/2023]
[alterado em 22/03/2024]

00087. Afonso de Albuquerque Sacadura Cabral da Silva Amaral [1933, 1933]

[Afonso de Albuquerque Sacadura Cabral da Silva Amaral.
Moura, c. 1880. Funcionário público. Filiação: Maria do Carmo B. Albuquerque, Bernardo Albuquerque Sacadura Cabral da Silva Amaral. Solteiro. Residência: Hotel Nabão - Tomar. Em 06/05/1933, foi entregue pelo Administrador do Concelho de Tomar à Polícia de Defesa Política e Social, por estar em contacto com António Maria Marmelo da Silva e acolher em sua casa António Marques - "O Marques da Ajuda", Maldonado de Freitas e Sarmento de Beires, dando "abrigo a conspiradores a conspiradores que atuavam revolucionariamente dentro da cidade de Lisboa". Saiu em liberdade condicional em 09/10/1933. Preso, para ser julgado, em 17/11/1933. Transferido da 1.ª esquadra para o Aljube. Libertado em 02/03/1934 por ter sido despronunciado pelo TME.]
[alterado em 22/03/2024]
[alterado em 11/05/2024]
[alterado em 27/10/2024]

00088. Afonso de Macedo [1927, 1929]

[Afonso de Macedo.
Quintela - concelho de Mangualde, 22/07/1888. Comerciante. Filiação: Arminda de Macedo, Adelino de Macedo Simões. Residência: Rua Tomás Ribeiro, 22 - Lisboa. Preso em 1908 e em 1918. Trabalhou no Porto de Lisboa e, em 1919, foi eleito deputado pelo círculo de Torres Vedras, representando o Partido Liberal. Detido na fronteira em meados de maio de 1927por ordem superior, quando regressava de Paris com Fernando de Castro. Acompanhado por um agente desde a fronteira até ao Ministério do Interior, seria informado que a detenção se dera por "questões políticas". Libertado pouco depois. Vigiado em 1928, sendo referenciado como "exercendo uma grande atividade revolucionária" aquando de uma deslocação ao Norte. Vigiado em 1929, devido às atividades no Porto de Lisboa. Solicitada a sua captura em 29/08/1928, a qual não se efetuou por já não se encontrar em Pedras Salgadas. Preso em 03/12/1929, "por suspeita de estar implicado no movimento revolucionário de 20 de julho de 1928";  libertado em 31/01/1930.]
[alterado em 25/06/2024]
[alterado em 27/10/2024]

00089. Afonso de Moura [1927, 1930] Faleceu na ilha de S. Nicolau, Cabo Verde, em 07/12/1931

[Afonso de Moura.
Coimbra, c. 1898. Cerâmico. Filiação: Amélia Machado de Moura, Augusto de Moura. Casado. Residência: Rua dos Esteireiros - Coimbra. Ligado, nas décadas de 1910 e 1920, ao associativismo anarquista e libertário daquela cidade. Preso em 10/05/1927, e libertado nesse mesmo dia, por ser anarquista. Preso em 23/12/1930, acusado de estar envolvido num grupo contra a Ditadura, juntamente com Henrique Magalhães e Hermenegildo Granadeiro. Deportado para Cabo Verde em 06/06/1931, embarcou no vapor "Pedro Gomes. Faleceu, em 07/12/1931, na sequência de uma septicémia, na Ilha de São Nicolau da Colónia de Cabo Verde, onde se encontrava deportado.]
[alterado em 27/10/2024]

00090. Afonso Fernandes [1933]

[Afonso Fernandes.
Pedrógão Grande, c. 1907. Empregado de comércio. Filiação: Maria da Conceição. Solteiro. Residência: Av. da República, 4. Preso em 01/06/1933, para averiguações e libertado em 02/06/1933.]
[alterado em 27/10/2024]

00091. Afonso Guedes da Piedade [1931]

[Afonso Guedes da Piedade.
Lisboa, 21/04/1911. Estudante. Filiação: Laurentina Guedes da Piedade, Guilherme Joaquim Boto da Piedade. Solteiro. Residência: Rua Sebastião Saraiva Lima, 74 -Lisboa / Rua Rosa Damasceno, 7 - Lisboa. Preso em 09/06/1931, "por ser chefe de  um dos grupos de revolucionários" e ser detentor de ingredientes para o fabrico de explosivos, colaborando com Álvaro Freire, Augusto César dos Santos, Henrique Júlio de Oliveira e Manuel AlpedrinhaDeportado para Timor em 27/06/1931. Foi autorizado, por despacho do Ministro do Interior datado de 18/04/1933, a transferir a sua residência para Macau, a fim de continuar ali os seus estudos, mantendo-se na mesma situação que tinha em Timor. Regressou de Macau, onde estava deportado, e apresentou-se na PVDE em 08/08/1935, dando entrada no Aljube. Libertado em 12/08/1935.]
[alterado em 27/10/2024]

00092Afonso Henriques de Almeida [1932]

[Afonso Henriques de Almeida.
Évora, c. 1907. Pedreiro. Filiação: Rosa Trindade Almeida, José Maria de Almeida. Solteiro. Residência: Rua Salvador Velho, 32 - Évora. Preso em Évora e enviado para Lisboa em 27/02/1932, acusado de ser comunista e colaborar com David dos Santos Moreno e Natal João Espanca num eventual fabrico de bombas. Conduzido, em 09/06/1932, à Cadeia Penitenciária de Lisboa para ser deportado por decisão do Diretor Geral da Segurança Pública e anuência do Ministro do Interior. Libertado desta cadeia em 02/09/1932, tendo o respetivo processo sido enviado ao TME.]
[alterado em 15/02/2022]
[alterado em 27/10/2024]

[João Esteves]

sexta-feira, 27 de março de 2020

[2329.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS - DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [XII] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || XII *

00078. Adriano Pimenta [1927, 1931, 1932]

[Adriano Pimenta || ANTT || -ca-PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Mourão, c. 1903, corticeiro - Barreiro. Filiação: Rosa Joaquina Amaro, Manuel Joaquim Pimenta. Casado. Residência: R. Elias Garcia, 78 - Barreiro. Considerado um "perigoso propagandista anarquista" e editor do jornal Terra e Liberdade, distribuindo, no Sul do país, "os manifestos de propaganda anarquista e social comunista". Preso em 18/12/1927, por injúrias ao Ministro do Interior; libertado em 21/12/1927 (Processo 3447). Preso em 19/08/1931, "por ser um dos organizadores do grupo civil que promoveu desordens ocorridas no Barreiro em 16 do corrente" e terem-lhe sido "encontradas muitas cartas que tratavam de propaganda anarquista", mantendo ligações com anarquistas e comunistas de Évora; libertado em 24/03/1932 (Processo 25). Preso pela GNR do Barreiro em 30/05/1932, juntamente com Domingos Fernandes, "acusado de andar distribuindo manifestos de incitamento à greve geral decretada pela Confederação Geral do Trabalho, como protesto contra o desconto de 2% para o Fundo do Desemprego"; libertado em 28/06/1932 (Processo 392). Utilizou o pseudónimo "João Ferreira" e esteve envolvido na Greve Geral de 18/01/1934, enquanto  membro da Comissão de Propaganda da CGT, tendo mantido contactos com Acácio Tomás Aquino, Manuel Augusto da Costa e Romão dos Santos Duarte. Procurado pela PVDE desde Fevereiro de 1934 (Processos 1011, 1237)].
[alterado em 21/12/2021]

00079. Adriano Pinto de Azevedo [1928]

[Resende, 1897, chofer - Barcelos. Preso em Janeiro de 1928 - interrogado em 12/01/1928].

00080. Adriano Ribeiro [1931]

[Adriano Ribeiro || Março de 1921 || ANTT || -ca-PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-1-NT-8902 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Penafiel, 1899, vendedor de jornais - Lisboa. Preso durante a 1.ª República (1921). Preso em 04/10/1931, libertado em 10/10/1931 (Processo 86)].

00081. Adriano Vera Jardim [1930]

[Figueiró dos Vinhos, 1910, estudante de Direito - Lisboa. Preso no Ministério da Instrução em 19/11/1930 e libertado no mesmo dia].

00082. Adrião Guerreiro de Sá [1931]

[Ex-Vereador da Câmara Municipal do Porto. Vigiado pela Polícia de Informações do Porto. Preso no Porto e enviado para Lisboa em 14/04/1931. Libertado em 23/05/1931, foi-lhe fixada residência em Oliveira de Azeméis (Processo 4880)].

00083. Adrião Ramos de Brito [1932]

[Idanha-a-Nova, c. 1905, Guarda 1040 da PSP de Lisboa. Filiação: Antónia Luísa ou Antónia do Carmo, António Ramos de Brito. Solteiro. Residência: Travessa de Santa Catarina, 9 - Lisboa. Preso em 12/07/1932 e entregue pela PSP à S. V. P. S. em 18/07/1932; libertado em 22/07/1932 (Processo 460). Com a data de 09/10/1959, há a anotação a lápis de que "nada consta em desabono".]
[alterado em 29/12/2021]

00084. Afonso Alvoeiro da Costa  [1931]

[Lisboa, 1908, exportador de peixe - Lisboa. Preso em 26/08/1931, levado para o Quartel do Carmo e transferido, depois, para a Cadeia Nacional. Deportado para Timor em 02/09/1931 (Processo 319), foi abrangido pela amnistia de 05/12/1932 e regressou ao Continente, apresentando-se em 12/06/1933].

00085. Afonso Augusto da Cunha Melo [1928, 1933]

[Coimbra, 1897, chofer - Coimbra. Preso pela Polícia de Informações de Coimbra em 29/11/1928 e libertado em 07/12/1928. Preso pela PSP de Coimbra em 18/12/1933 e enviado para Lisboa em 26/01/1934 - Greve Geral de 18/01/1934 (Processo 1036). Transferido para Peniche em 23/06/1934 e libertado em 16/06/1934, por ter sido despronunciado pelo TME. Não consta do RGP].

[João Esteves]

[2328.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS - DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [XI] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || XI *

00070. Adolfo Teixeira Pais [1933, 1935, 1936, 1952]

[Adolfo Teixeira Pais || ANTT || RGP/896 || PT-TT-PIDE-E-010-5-896_m0197]


[Lisboa, 07/07/1912, empregado comercial - Lisboa. "O Cantador de Fado" ou "O Diabo". Preso pela PSP em 26/02/1933, levado para o Governo Civil e, depois, entregue à Polícia de Defesa Política e Social (Processo 626) - ligações ao Partido Comunista. Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 02/03/1934 e libertado 21/12/1934 (Processo 31/933 do TME). Preso em Abril de 1935, quando era soldado (Processo 1455). Levado para a 1.ª Esquadra, foi transferido para Peniche em 16/05/1935. Voltou para os calabouços do Governo Civil em 12/07/1935 e foi libertado em 22/07/1935. Preso em 19/02/1936, «enquanto comunista», permaneceu numa esquadra até ser levado, em 15/04/1936, para Peniche e, em 14/10/1936, já estava em Caxias, antecâmara da deportação para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde integraria a primeira leva de presos políticos e ficaria por 9 anos (Processo 625/36). Abrangido pela amnistia de 18/10/1945, regressou a Lisboa em 01/02/1946, saindo em liberdade. Referenciado como electricista, preso em 18/08/1952 «por emigração clandestina». Recolheu à Cadeia de Castelo de Vide, sendo julgado pelo Tribunal daquela Comarca (Processo 840/952)].

00071. Adriano Correia da  Silva [1933, 1935]

[Adriano Correia da Silva || ANTT || RGP/1145 || PT-TT-PIDE-E-010-6-1145]

[Lisboa, 09/02/1911. Empregado de escritório. Filiação: Rosa da Conceição Machado Silva, João Correia da Silva. Solteiro. Residência: Calçada do Cascão, 18 - Lisboa / Rua Rui Barbosa, 32 - Lisboa. Preso em 11/04/1933, por pertencer às Juventudes Comunistas, onde era o filiado 170, integrava a célula 17 e era «elemento bastante ativo» [Processo 713]. Por indicação do médico do Aljube, passou, em 10/11/1933, para a enfermaria da Cadeia do Limoeiro. Regressou ao aljube em 05/12/1933. Transferido, em 08/04/1934, do Aljube para Peniche. Transferido, em 14/02/1934, de Peniche para Lisboa. Julgado no TME em 22/02/1934 [Processo 80/933 - TME]. Libertado em 21/04/1934. Preso em 29/05/1935, levado para a 1.ª Esquadra e libertado em 04/06/1935 [Processo 1484].]
[alterado em 13/04/2024]
[alterado em 18/05/2024]

00072. Adriano dos Reis [1933]

[Lisboa, 02/02/1897, serralheiro ou publicista - Lisboa. Preso duas vezes durante a 1.ª República (23/09/1919, 22/06/1920). Preso em 15/05/1933, libertado em 27/03/1933 (Processo 637)].

00073. Adriano dos Santos [1930, 1933]

[Lamego, 1900, continuo do Ministério da Guerra - Lisboa. Preso e libertado em 23/03/1930. Preso em 01/06/1933, libertado em 02/06/1933 (Processo 698)].

00074. Adriano Gonçalves Onofre [1931]

[Adriano Gonçalves Onofre.
Alferes do S.A.M. Por ter participado na revolta militar de 26/08/1931, foi deportado para Timor em 02/09/1931, tendo embarcado no vapor "Pedro Gomes". Abrangido pela amnistia de 05/12/1932, regressou e apresentou-se na Polícia de Defesa Política e Social em 09/06/1933. Foi residir para Albergaria-a-Velha, Angeja.]
[alterado em 03/12/2024]

00075. Adriano Leite de Vasconcelos [1932]

[Arcos de Valdevez, 1911, 2.º Sargento - Infantaria 8. Preso em 26/04/1932 (Processo 367). Entregue às autoridades militares em 04/07/1932].

00076. Adriano Matos Fragoso [1927, 1927]

[Adriano Matos Fragoso || ANTT || -ca-PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Torres Novas, 1887, comerciante - Lisboa. Preso durante a 1.ª República (14/05/1924). Preso em 11/02/1927 (Processo 2968). Preso em 18/09/1927, foi-lhe fixada residência em Angola (Processo 3219)].

00077. Adriano Matos ou Adriano Marques [1931, 1933]

[Lisboa, 1906, trabalhador - Lisboa. "O Padre Matos". Preso em 26/08/1931 e deportado para Timor em 02/09/1931 (Processo 330). Regressou de Timor por indicação da Junta de Saúde daquele território e apresentou-se em 22/10/1932. Preso pela PSP em 29/04/1933, entregue à polícia política em 01/05/1933 e libertado em 02/06/1933 (Processo 702)].

[João Esteves]

quinta-feira, 26 de março de 2020

[2327.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS - DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [X] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || X *

00063. Adelino Teixeira [1932]

[Adelino Teixeira || F. 27/07/1932 || ANTT || PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Coimbra, c. 1902, trabalhador rural - Lisboa. Filiação: Maria da Conceição Veloso, Adriano Exposto. Casado. Residência: Rua da Beneficência, 519, Quinta do Canavial - Lisboa. Preso em 17/07/1932, "por suspeita de ter ligações com José Duarte 1º e João Facadinhas, incriminados no Processo nº 452 e de ter sido detentor das bombas que estes elementos possuíam", recolhendo, incomunicável, a uma esquadra; como nada se provou, libertado do Aljube em 27/07/1932 (Processo 460)].
[alterado em 28/12/2021]

00064. Adjuto Semião do Nascimento [1931]

[Lisboa, 1884, enfermeiro - Almada. Preso em 29/06/1931, libertado em 03/07/1931 (Processo 4997-B)].

00065. Admar Rodrigues dos Santos [1930]

[Rio de Janeiro, 1906, estudante de Direito - Lisboa. Preso no Ministério da Instrução em 19/11/1930 e libertado no mesmo dia].

00066. Adolf Patzak [1932]

[Checoslováquia, 1903, marítimo. Preso em 03/11/1932 e entregue, em 07/11/1932, à Polícia Internacional Portuguesa (Processo 572)].

00067Adolfo Augusto Arez da Silva [1931]

[Lourenço Marques, 1909, estudante de Medicina. Subscritor, em 1930, do folheto "Grito dos Estudantes do Porto. Aos Trabalhadores, Soldados e Estudantes de Portugal" e, em 1931, assina, com Almerindo de Vasconcelos Lessa e Albino Lobo, também estudantes da Escola Médica do Porto, uma carta enviada "Ao Ministro do Interior da Ditadura Snr. Lopes Mateus". Preso na fronteira perto de Valença, em 27/04/1931levado para o Porto e enviado para Lisboa em 28/04/1931, "por incitar os seus colegas à greve". Libertado em 10/05/1931, foi-lhe fixada residência em S. João da Madeira (Processo 4900). Foi um dos promotores da Associação Profissional dos de Medicina do Porto (APEM) e eleito, em Novembro de 1931, Presidente da Assembleia Geral.]

[revisto em 01/12/2021 a partir de dados de Cristina Faria,
As Lutas Estudantis Contra a Ditadura Militar (1926-1932),
Edições Colibri, 2000]

00068. Adolfo da Silva Sousa [1928, 1929]

[Adolfo da Silva Sousa || ANTT || PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-1-NT-8902 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Lisboa, 1902, ajudante de soldador - Lisboa. Preso em 21/07/1928 por, durante o movimento revolucionário do dia anterior, ter matado o guarda da PSP N.º 814. Deportado para Moçambique em 21/08/1928 (Processo 3843). Evadiu-se de Moçambique em 12/11/1929, foi capturado em Angola em 03/12/1929 e mandado regressar àquele território].

00069. Adolfo Joaquim de Sousa [1927, 1935, 1938]

 
[Adolfo Joaquim de Sousa || 13/04/1921 || ANTT || -ca-PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-1-NT-8902 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Paranhos - Porto, 20/11/1899, empregado no comércio. Preso por seis vezes entre 1921 e 1925, sem ser por motivos políticos evidentes. Enquanto cadastrado, foi deportado para Timor em Abril de 1927. Regressou de Timor em 09/06/1933, não tendo sido abrangido pela amnistia de 05/12/1932. Recolheu, sob prisão, ao Hospital Militar Principal de Lisboa e, em 09/09/1933, entrou na Cadeia à ordem da PSP. Libertado em 17/11/1933, foi-lhe fixada residência em Alcácer do Sal. Encontrava-se, em Fevereiro de 1935, com residência fixada em Oliveira do Conde, concelho de Carregal do Sal. 

[Adolfo Joaquim de Sousa || ANTT || RGP/709 || PT-TT-PIDE-E-010-4-709]

Em 07/03/1935, estava preso nos calabouços da PSP de Lisboa, para onde se ausentara e era acusado de fazer propaganda comunista (Processo 1396). Deu entrada, em 27/03/1935, na Secção Política e Social da PVDE e, em 29/03/1935, seguiu para Peniche, sendo considerado um cadastrado comum e político. Libertado em 31/08/1935, sendo-lhe fixada residência em Carregal do Sal. Entregue pela Câmara Municipal do Carregal do Sal à PVDE, a pedido desta, em 24/05/1938, por se ter ausentado várias vezes daquele concelho. Recolheu à 1.ª Esquadra, foi enviado para Caxias, Reduto Norte, em 17/06/1938 e transferido para para Peniche em 02/07/1938. Libertado em 09/09/1938 (Processo Crime 627/38)]. 

[João Esteves]

quarta-feira, 25 de março de 2020

[2326] RIBEIRA DE BARCARENA || MARÇO DE 2020

* RIBEIRA DE BARCARENA || CAXIAS *

  

[Ribeira de Barcarena - Caxias || Março de 2020]

[2325.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS - DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [IX] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || IX *

00055. Adelino Jesus da Cruz [1928]

[Lisboa, 1902, marinheiro da Armada - Lisboa. Preso em 22/06/1928 e deportado para Angola em 21/08/1928 (Processo 3864)].

00056. Adelino Joaquim Freitas da Silva [1928, 1932, 1933, 1936]

[Lisboa, 05/04/1902, ex-2.º Sargento de Infantaria 16 / empregado do comércio. Filiação: Joaquina Rosa, Adelino Joaquim Freitas da Silva. Casado. Residência: Rua do Amauriz, 7 - Évora. Pertenceria à organização revolucionária de Évora (v. Processo 4872) e mantinha contactos com emigrados e deportados políticos. Quando de serviço no Regimento de Infantaria 16, por ter manifestado, em 21/07/1928, o apoio às movimentações revolucionárias do dia anterior, foi-lhe aplicada pelo ministro da Guerra a pena de 25 dias de prisão disciplinar agravada. Reintegrado, em 13/05/1930 e a seu pedido, no serviço. Afastado dos Quadros do Exército em 1932, foi entregue, em 10/04/1932, pelo Comando da Região Militar de Évora à Polícia. Foi-lhe fixada, em 20/08/1932, residência obrigatória em Peniche, para onde seguiu em 28/09/1932 (v. Processo 383). Deixou de ter residência fixada em 09/12/1932, por estar abrangido pela amnistia de 5 de Dezembro. Preso em Évora, foi enviado em 01/11/1933, para Lisboa e deportado, em 19/11/1933, para Angra do Heroísmo (Processo 845). Regressou de Angra, apresentou-se em 23/05/1934 e voltou a viver em Évora, na Rua do Amauriz. Empregado no comércio. Preso em Évora e enviado para Lisboa em 10/10/1936, recolheu à 1.ª Esquadra. Transferido para o Aljube em 25/11/1936, foi libertado em 28/11/1936.]
[alterado em 30/03/2022]
[alterado em 04/04/2023]

00057. Adelino Lourenço [1927]

[Tábua, 1894, guarda de cais - Lisboa. Preso em 24/02/1927 e entregue à Polícia Militar em 02/03/1927 (Processo 3007/PI, do M.I.].

00058. Adelino Marques [1927]

[Lisboa, 1904, carroceiro - Lisboa. "O Canhoto". Preso em 24/02/1927, libertado em 02/03/1927 (Processo 3004)].

00059. Adelino Martins [1927]

[Sargento da GNR. Preso em 03/02/1927(?)].

00060. Adelino Pinto [1927]

[Coimbra, 1879, sapateiro - Lisboa. Preso em 24/02/1927, libertado em 28/02/1927 (Processo 3003)].

00061. Adelino Rebelo dos Santos [1928]

[Adelino Rebelo dos Santos || 01/12/1928 || ANTT || -ca-PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Talvez preso em Novembro de 1928].

 00062. Adelino Soares Bastos [1928, 1938]

[Adelino Soares Bastos || 01/05/1928 || ANTT || PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Fiães - Vila da Feira, 30/11/1882. Inspetor escolar da Feira. Preso pela Polícia de Informações do Porto em 11/04/1928, «por fazer parte dum movimento revolucionário em preparação». Levado para Casa de Reclusão e deportado para S. Tomé e Príncipe em 04/05/1928. Seguiu, em 10/04/1929, para Angra do HeroísmoPreso pela Delegação do Porto da PVDE em 27/05/1938, transferido para Lisboa em 21/06/1938 e levado para o Aljube (Processo 203/938). Transferido para a Delegação do Porto em 22/06/1938, regressou a Lisboa em 24/04/1939 e recolheu ao Aljube. Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 27/06/1939 e 19/08/1939. Transferido para Caxias em 21/05/1940 e libertado em 03/06/1940 por ter sido amnistiado. Pai de Alcina Bastos.]

[alterado em 18/03/2023]
[alterado em 12/06/2024]
[João Esteves]