* JOSÉ EUGÉNIO DIAS FERREIRA *
[13/11/1882 - 17/01/1953]
Embora com ligações aos revoltosos do 28 de Maio de 1926, nomeadamente ao general Gomes da Costa, a quem se apresentou «com uma pasta cheia de projectos para a governação total do país», reclamando mesmo a autoria de uma proclamação do movimento [Luís Bigotte Chorão, "Ferreira, José Eugénio Dias Ferreira (1882-1953)", Dicionário de História da I República e do Republicanismo, Vol. II, 2014], José Eugénio Dias Ferreira foi um dos muitos republicanos que acabou por ser detido imediatamente a seguir ao triunfo da Ditadura Milita, disso havendo registo fotográfico no ANTT.
Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, foi a sua atitude de se candidatar à obtenção do grau de doutor que levou à Greve Académica de 1907 ao ser reprovado de uma forma indigna e vexante pelo júri, despoletando uma reação imediata e inédita dos estudantes da academia.
Republicano e maçon, José Eugénio Dias Ferreira foi preso em 25 de Junho de 1926, juntamente com o general Alfredo Ernesto de Sá Cardoso, e levado para a fragata D. Fernando.
A sua detenção terá sido, provavelmente, um equívoco, já que há muito que defendia a regeneração do sistema político, sendo libertado três dias depois, em 28 de Junho de 1926, ao princípio da noite. Há muito que conspirava e era autor, conhecido e reconhecido, de parte da proclamação dos revoltosos, sendo clara a sua adesão ao regime que tinha terminado com a 1.ª República.
Sem comentários:
Enviar um comentário