* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CDLXXV *
02450. António Luciano Aresta Branco [1927]
[António Luciano Aresta Branco.
Amareleja - Moura, 15/03/1862. Médico. Filiação: Pulquéria Maria Branco, Agostinho Aresta Jorge. Republicano e maçom. Trabalhou, em Beja, numa farmácia, enquanto concluía, com 25 anos, o Liceu. Frequentou, em Lisboa, a Escola Politécnica e a Escola Médico-Cirúrgica, onde se licenciou, em 1894, em Medicina. Dirigente do Partido Republicano Português no distrito de Beja, foi candidato a deputado pelas listas republicanas nas eleições de 1906 e 1910. Tornou-se, na sequência da revolução triunfante em outubro de 1910, Governador Civil de Beja, cargo que abandonou em 04/07/1911, na sequência da sua eleição, pelo círculo de Faro, para a Assembleia Nacional Constituinte. Inicialmente, pretendeu continuar naquele cargo, onde foi o responsável pela repressão e prisão de grevistas locais, em detrimento da posse enquanto deputado, disso dando conta em telegrama enviado ao Presidente da ANC, datado de 20/06/1911. No entanto, a Câmara diligenciou para que retirasse o pedido de exoneração, o que sucedeu. Presidiu à Câmara dos Deputados, acompanhou Brito Camacho, de quem era muito próximo, na União Republicana e, posteriormente, aderiu ao Partido Republicano Liberal. Manifestou, em 1915, o seu apoio a Pimenta de Castro e, em dezembro de 1917, seria ministro da Marinha de Sidónio Pais. Seria preso e deportado em fevereiro/março de 1927, disso dando conta numa carta para o jornal republicano "A Revolta". Faleceu em 14/10/1952, em Lisboa, com 90 anos de idade. Pai de Luciano da Fonseca Aresta Branco, detido em outubro de 1933, por uns dias, no Aljube de Lisboa.]
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