[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

domingo, 29 de dezembro de 2019

[2233.] NARCISO LUÍS MACHADO GUIMARÃES [I] || PRESO EM 1931, 1936 E 1937

* NARCISO LUÍS MACHADO GUIMARÃES *
[05/06/1908 - 1969]

Filho mais novo de Elzira Dantas Machado [1865 - 1942] e de Bernardino Machado [1851 - 1944], Narciso Machado foi preso em 1931, em 1936 e em 1937, quando era estudante de Direito. Conheceu os calabouços da Penitenciária de Lisboa [1931], de Peniche [1936] e do Aljube [1937].

[Narciso Luís Machado Guimarães || ANTT || RGP/4336 || PT-TT-PIDE-E-010-22-4336]

Filho do Presidente da República deposto pelo Golpe Militar de 28 de Maio de 1926, Narciso Machado nasceu em 5 de Junho de 1908, em Lisboa.

Em 28 de Abril de 1931, quando era quintanista de Direito, participou no grande movimento estudantil desencadeado nesse final de mês contra a Ditadura, abrangendo as Academias do Porto, Coimbra e Lisboa.

Segundo o primeiro dos seus dois Cadastros Políticos [ANTT, Cadastro Político 3070; Processo s/n.º], residia na Cruz Quebrada, no Castelo de Santa Catarina, foi detido por ser «um dos instigadores à greve projectada para o dia 1.º de Maio» e levado para a Penitenciária de Lisboa, saindo em liberdade no dia 7 de Maio.

[Narciso Luís Machado Guimarães || ANTT || RGP/4336 || PT-TT-PIDE-E-010-22-4336]

Em 4 de Setembro de 1936, quando vivia na Rua Gomes Freire - 189, Narciso Luís Machado Guimarães foi preso pela PSP e entregue, em 14 do mesmo mês, à Secção Política e Social da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado por, juntamente com o irmão Bento Luís Machado Guimarães [1903 - 1976] e outros «por terem andado num automóvel de praça por várias artérias desta cidade, dando vivas ao comunismo» [ANTT, Cadastro Político 6095; Processo 2021].

[Narciso Luís Machado Guimarães || ANTT || RGP/4336 || PT-TT-PIDE-E-010-22-4336]

Detido na 1.ª Esquadra e transferido para a Fortaleza Militar de Peniche em 18 de Setembro, saiu em liberdade em 4 de Dezembro.

Detido pela terceira vez pelo Comando da PSP de Lisboa, Narciso Machado entrou na Secção Política e Social da PVDE em 31 de Janeiro de 1937, recolheu à 1.ª Esquadra e seguiu para o Aljube em 2 de Fevereiro e aí permaneceu até 31 de Maio.

Fontes:
ANTT, Cadastro Político 3070 [Narciso Machado / PT-TT-PIDE-E-001-CX14_m0610].

ANTT, Cadastro Político 6095 [Narciso Luís Machado Guimarães / PT-TT-PIDE-E-001-CX14_m0609].

ANTT, Registo Geral de Presos 4336 [Narciso Luís Machado Guimarães / PT-TT-PIDE-E-010-22-4336].

[João Esteves]

sábado, 21 de dezembro de 2019

[2229.] ALBANO DA ROCHA PATO [II] || BALADAS DE COIMBRA - JOSÉ AFONSO (1962)

* ROCHA PATO *
[1923 - 1983]

Produtor e autor da fotografia da capa e do texto do disco Baladas de Coimbra (1962), de José Afonso



[João Esteves]

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

[2228.] ALBANO DA ROCHA PATO [I] || UMA LUZ NO MAR (2019)

* ROCHA PATO *
[1923 - 1983]

UMA LUZ NO MAR

 Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto || Novembro de 2019


Jornalista, fotógrafo prestigiado e premiado, produtor dos três primeiros discos de baladas de José Afonso e responsável pelas suas capas, Albano da Rocha Pato [25/09/1923 - 01/04/1983], nome indissociável da vida jornalística e cultural coimbrã, deixou, também, pequenos contos destinados à transmissão radiofónica e que a Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, da qual foi sócio até à sua morte, agora publicou, com texto introdutório de Júlio Roldão («Ouvindo "Uma Luz no Mar"»).

Oriundos de famílias republicanas, militantemente opositoras à Ditadura e conhecendo exílios e prisões políticas, foi através do convívio do meu avô com Rocha Pato na livraria de Coimbra de O Primeiro Janeiro, onde Carneiro Franco trabalhava, que os discos de José Afonso da primeira metade da década de 1960 - Baladas de Coimbra (1962, 1963) e Baladas e Canções (1964) - chegaram a casa dos meus pais, já em Lisboa, e passaram a integrar a formação musical e política dos mais novos.

Obrigado à Manuela Espírito Santo por mais esta leitura!


[João Esteves]

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

[2227.] CADERNOS DE CULTURA DEMOCRÁTICA [I] || COMÍCIO DE 22 DE OUTUBRO DE 1969

* COMISSÃO DEMOCRÁTICA DO PORTO || COMÍCIO DE 22 DE OUTUBRO DE 1969 *


INTERVENÇÕES DE: 
Alberto Teixeira de Sousa
Armando Bacelar
Armando Cotta
Armando de Castro
Joaquim Felgueiras
João Maia
Óscar Lopes
Papiniano Carlos
Virgínia Moura


domingo, 15 de dezembro de 2019

[2226.] RICARDO HIPÓLITO [I] || A PRAÇA DA JORNA EM ALPIARÇA

* RICARDO HIPÓLITO *

A Praça de Jorna em Alpiarça - A saga do trabalho e da dignidade 

Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça || Cadernos Culturais Nº 14 || 2013




[Ricardo Hipólito || A Praça de Jorna em Alpiarça - A saga do trabalho e da dignidade || 2013] 

[2225.] CAXIAS || DEZEMBRO DE 2019

* CAXIAS *

[Caxias || Dezembro de 2019] 

[2224.] CAXIAS || DEZEMBRO DE 2019

* CAXIAS *



[Caxias || Quinta Real || Dezembro de 2019]

[2223.] CAXIAS || DEZEMBRO DE 2019

* CAXIAS *



 [Caxias || Quinta Real || Dezembro de 2019]

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

[2222.] ALFREDO LIMA [I] || ASSASSINADO, AOS 19 ANOS, EM ALPIARÇA - 1950

* ALFREDO FERREIRA DIAS LIMA *
[1930/31 - 04/06/1950]

Alfredo Lima foi assassinado em 4 de Junho de 1950, quando os trabalhadores rurais de Alpiarça reivindicavam na "praça de jorna" um aumento do salário diário.

O texto que se segue baseia-se no fundamentado estudo de Ricardo Hipólito "A Praça de Jorna em Alpiarça - A saga do trabalho e da dignidade", assim como algumas das imagens utilizadas [Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça, Cadernos Culturais Nº 14, 2013]. 

[Alfredo Lima || 18 anos || Ricardo HipólitoA Praça de Jorna em Alpiarça - A saga do trabalho e da dignidade || 2013] 

Os acontecimentos que vitimaram Alfredo Lima deram-se em 4 de Junho de 1950, domingo, durante a realização de praças de jorna de homens e de mulheres, situadas a pouca distância uma da outra, reivindicando os dois grupos um aumento do salário diário de 20 para 30 e de 10 para 15 escudos, já que os homens ganhavam sempre o dobro das mulheres.

A conflitualidade começou por ser entre as trabalhadoras e os capatazes que recusavam qualquer aumento, tendo a GNR, mobilizada pelos agrários, procurado conter as exigências e dispersá-las. Os homens vieram em socorro daquelas, mobilizando-se muitos populares.

[Alfredo Lima || Ricardo HipólitoA Praça de Jorna em Alpiarça - A saga do trabalho e da dignidade || 2013] 

Foi nesse contexto repressivo que Alfredo Ferreira Dias Limacom apenas 19 anos, recém militante do Partido Comunista e que estaria encostado a uma parede, foi assassinado com um tiro no ventre por uma praça da GNR. Outros ficaram feridos com tiros, nomeadamente Manuel da Silva Piscalho (Manuel Ganacho), Raúl Farroupo Casaca e Angelino Arraiolos.


                   [Angelino Arraiolos]      [Raúl Farroupo Casaca]   [Manuel da Silva Piscalho]

A notícia chegou ao Diário de Notícias através de um pronto telefonema de José Faustino Rodrigues Pinhão e ao Século, através de Jerónimo Reinaldo Bernardes (Jerónimo Nazaré), que viriam a ser presos por tal ousadia e o último muito torturado.

[José Faustino Rodrigues Pinhão]

Filho de Florinda Ferreira Dias e de Domingos de Almeida Lima, Alfredo Lima faleceu no Hospital de Santarém, tentando a PIDE impedir a mobilização popular para o funeral, sendo enterrado no cemitério de Santarém, perante muita gente ida de Alpiarça. 

Na sequência dos acontecimentos, a GNR reforçou fortemente o seu contingente, fazendo se Alpiarça uma vila sitiada, e a PIDE instalou-se, mais uma vez na localidade, procedendo à prisão de dezenas de trabalhadores e trabalhadoras rurais.

No entanto, os trabalhadores conseguiram, ao fim de mais algumas dominicais praças de jorna, o valor reivindicado: 30 escudos para os homens e 15 para as mulheres, o que foi considerado uma grande vitória, embora o preço da féria voltasse a baixar em períodos posteriores.

Um ano após o ocorrido, três militantes comunistas - Chico Galiza (Francisco Presúncia Bonifácio), Chico Matias e Chico do Pombalinho - afixaram no local do assassinato um pano com a inscrição "Rua Alfredo Lima", que seria retirado pelas autoridades ao amanhecer do dia 4 de Junho de 1951. Aquele arruamento seria assim rebaptizado após Abril de 1974.

[Diário de Lisboa || 5 de Junho de 1974]

Só em 4 de Junho de 1974, os seus restos mortais de Alfredo Lima foram trasladados para o cemitério de Alpiarça.



[Alfredo Lima || 18 anos || Ricardo HipólitoA Praça de Jorna em Alpiarça - A saga do trabalho e da dignidade || 2013]

[Nota: O meu obrigado a Isaura Madeira Lopes por, há mais  de um ano, me ter facultado o acesso a este precioso livro]

Fonte:
Ricardo HipólitoA Praça de Jorna em Alpiarça - A saga do trabalho e da dignidade, Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça, Cadernos Culturais Nº 14, 2013.

[João Esteves]

[2221.] O EMANCIPADOR [ II] || JORNAL OPERÁRIO E ANTIFASCISTA - MOÇAMBIQUE (1919 - 1937)

* O EMANCIPADOR *
[1919 - 1937]

Centenário d’O Emancipador

 14 de Dezembro de 2019 || 15 H || Voz do Operário

No próximo sábado, 14 de Dezembro 2019, às 15 horas, na sede de A Voz do Operário, em Lisboa, vai ser assinalado o centenário de O Emancipador, jornal operário e anti-fascista que se publicou em Moçambique (até ser proibido pela ditadura de Salazar em 1937).

[2220.] O EMANCIPADOR [I] || JORNAL OPERÁRIO E ANTIFASCISTA - MOÇAMBIQUE (1919 - 1937)

* O EMANCIPADOR *
[1919 - 1937]

Centenário d’O Emancipador

 14 de Dezembro de 2019 || 15 H || Voz do Operário

No próximo sábado, 14 de Dezembro 2019, às 15 horas, na sede de A Voz do Operário, em Lisboa, vai ser assinalado o centenário de O Emancipador, jornal operário e anti-fascista que se publicou em Moçambique (até ser proibido pela ditadura de Salazar em 1937).

Serão recordados alguns dos seus directores e colaboradores, como Joaquim Faustino da Silva, Manuel Alves Cardiga, Alexandre Sobral de Campos, Sofia Pomba Guerra e Rui de Noronha.

Haverá uma sessão com os investigadores Carlos Lopes Pereira e Luís Carvalho e um recital de poesia:

Do poeta moçambicano Rui de Noronha - por sua filha Elsa de Noronha

De Alexandre Sobral de Campos - pelo actor Alexandre de Sousa

Iniciativa: Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto e A Voz do Operário

[O Emancipador || N.º 1 || 12 de Dezembro de 1919]

[2219.] ARQUIMEDES DA SILVA SANTOS [IV] || PRISÃO - 1949-1952

* ARQUIMEDES DA SILVA SANTOS *
[1921 - 2019]

ALJUBE - CAXIAS - ALJUBE

[Arquimedes da Silva Santos || 25/07/1949 || ANTT || RGP/19311 || PT-TT-PIDE-E-010-97-19311]

[Arquimedes da Silva Santos || 25/07/1949 || ANTT || RGP/19311 || PT-TT-PIDE-E-010-97-19311]


[Arquimedes da Silva Santos || 25/07/1949 || ANTT || RGP/19311 || PT-TT-PIDE-E-010-97-19311]

[João Esteves]

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

[2218.] ARQUIMEDES DA SILVA SANTOS [III] || COM BONA DA SILVA - 1939

* ARQUIMEDES DA SILVA SANTOS *
[1921 - 2019]

Arquimedes da Silva Santos com Bona da Silva [1913 - 1983], quando ambos integravam o Grupo de Neo-Realistas de Vila Franca de Xira.

[in Garcez da Silva || Alves Redol e o Grupo de Neo-Realistas de Vila Franca || Editorial Caminho || 1990]

[2217.] ARQUIMEDES DA SILVA SANTOS [II] || RETRATO POR GARCEZ DA SILVA - 1938

* ARQUIMEDES DA SILVA SANTOS *
[18/06/1921 - 08/12/2019]

Retrato de Arquimedes da Silva Santos por Garcez da Silva (1915 - 2006), quando ambos integravam o Grupo de Neo-Realistas de Vila Franca de Xira. Está datado de 1938, quando aquele tinha 17 anos.

[in Arquimedes da Silva Santos - Caminhos de uma vida, Grupo de Teatro Esteiros e Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo, 2000]

[João Esteves]

domingo, 8 de dezembro de 2019

[2216.] GARCEZ DA SILVA [I] || GRUPO NEO-REALISTA DE VILA FRANCA

* ANTÓNIO TEODORO GARCEZ DA SILVA *
[1915 - 2006]

ALVES REDOL E O GRUPO NEO-REALISTA DE VILA FRANCA 

Caminho || 1990





[Garcez da Silva || Alves Redol e o Grupo Neo-Realista de Vila Franca || Caminho || 1990]