[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

[1637.] ANTÓNIO CARLOS FERREIRA SOARES [I]

* O MÉDICO COMUNISTA ASSASSINADO POR UMA BRIGADA DA PVDE EM NOGUEIRA DA REGEDOURA, HÁ 75 ANOS *

[05/02/1903 - 04/07/1942]

Quando o médico António Carlos de Carvalho Ferreira Soares, filho de Inês de Carvalho e de António Ferreira Soares, foi deliberadamente assassinado à queima-roupa por uma brigada da PVDE no seu consultório, em Nogueira da Regedoura, em 4 de Julho de 1942, com 39 anos de idade, há muito que era procurado e andava fugido.

Desde, pelo menos, 2 de Fevereiro de 1937 que a PVDE andava no seu encalço por ser um dos responsáveis da organização, no Norte, do Socorro Vermelho Internacional, sendo que, segundo anotação policial, "na sua missão de médico, aproveitava as visitas  que fazia a casa dos trabalhadores para lhes incutir no ânimo as ideias comunistas, sendo vulgar aparecer vestido de fato de macaco" [ANTT, PIDE, Serviços Centrais, Cadastros / Cadastro Político Nº 8525 - "António Carlos Soares ou Carlos Soares"].

Nesse mesmo ano, em 25 de Agosto, foi julgado à revelia pelo Tribunal Militar Especial do Porto, tendo sido condenado ao pagamento de seiscentos escudos de multa e perda dos direitos políticos por cinco anos.

Em 28 de Dezembro de 1937, já claramente identificado como Secretário do Comité Regional do Douro, do Partido Comunista, continuava sem ser apanhado e foi novamente julgado à revelia em 9 de Agosto de 1938, de onde resultou a condenação a 4 anos de prisão correccional e perda dos direitos políticos por cinco anos.

António Ferreira Soares era um nome muito prestigiado e relevante na organização do Partido Comunista, tendo conseguido iludir a polícia política por mais de quatro anos e meio.

O seu assassinato não pode ser encarado um acaso do momento, bem evidente nos elementos escolhidos para o executarem.

Nota: dados recolhidos no âmbito de outras investigações e que merecem ser partilhados.

[João Esteves] 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

[1636.] DICIONÁRIO DE HISTÓRIA DE PORTUGAL - O 25 DE ABRIL || VOLUME 3

* O 25 DE ABRIL (EXCLUSIVAMENTE) NO MASCULINO *

Dando continuidade à tendência já verificada nos dois volumes anteriores do Dicionário de História de Portugal consagrado ao período que vai do 25 de Abril à consolidação da democracia, em 1976, o 3.º VOLUME, que abrange de COSTUMES à EXTREMA-DIREITA, não contém, entre as suas entradas, nenhuma protagonista feminina: uma única!

Claro que um Dicionário corresponde sempre a um conjunto de opções, nomeadamente historiográficas, ideológicas e políticas. Disso é prova a forma como se encara o 28 de Setembro de 1974, o 11 de Março de 1975 e o 25 de Novembro de 1975, datas englobadas numa entrada genérica de CRISE. 

Também a entrada dedicada ao jornal EXPRESSO, em contraponto aos verbetes sobre o DIÁRIO DE LISBOA e DIÁRIO DE NOTÍCIAS, suscita interrogações. Enquanto os dois últimos textos se confinam, no essencial, ao período que vai de 1974 a 1976, o outro parece uma peça de propaganda publicitária que vai de 1973 ao tempo actual, sendo-lhe atribuído "o papel de contrapoder". 

Qual será a relevância, para o estudo do período histórico que o Dicionário procura abranger, a inserção do periódico no grupo multimédia de que, posteriormente, passou a fazer parte, o início do canal de televisão a ele associado no início dos anos 90, a criação de variantes online ou a mudança de instalações, para além do enumerar dos seus directores?

Não retirando mérito a esta importante iniciativa, na História cabem muitos mais nomes e  olhares do que aqueles sobre quem recaem sempre os holofotes. 

Aguarde-se pelos restantes cinco volumes!

[Livraria Figueirinhas || 2016]

domingo, 27 de agosto de 2017

[1635.] PEDRO BATISTA DA ROCHA [V] || VARELA GOMES

* PEDRO ROCHA POR VARELA GOMES || DIÁRIO DE LISBOA || 1983 *

[CONCLUSÃO]

Inclui a carta, datada de 21 de Abril de 1983, dirigida a Mário Soares na qualidade de Primeiro-Ministro, onde expõe a sua situação.


[Varela Gomes || DL || 10 de Setembro de 1983 || p. 5]

[Varela Gomes || DL || 10/09/1983 || p. 18]


Este escrito de Varela Gomes foi, posteriormente, compilado no seu livro Guerra de Espanha. Achegas ao redor da participação portuguesa. 70 anos depois [2.ª edição, Fim de Século, 2006].

[Varela Gomes || Fim de Século || 2006]

[1634.] PEDRO BATISTA DA ROCHA [IV]

* PEDRO ROCHA POR VARELA GOMES || DIÁRIO DE LISBOA || 1983 *

[Varela Gomes || DL || 9 de Setembro de 1983 || p. 5]

[Varela Gomes || DL || 09)09/1983 || p. 20]

[1633.] MAGOITO || Agosto de 1989

* MAGOITO || 1989 *


[Magoito || Agosto de 1989]

[1632.] AZENHAS DO MAR [V]

* AZENHAS DO MAR || 1989 *

[Azenhas do Mar || Agosto de 1989]

sábado, 26 de agosto de 2017

[1631.] PEDRO BATISTA DA ROCHA [III] || GUERRA CIVIL DE ESPANHA

* PEDRO ROCHA NA GUERRA CIVIL DE ESPANHA *

Fotografia e documento que ilustram o texto de João Varela Gomes no Diário de Lisboa de 9 de Setembro de 1983.



[Diário de Lisboa || 9 de Setembro de 1983 || p. 5]

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

[1630.] PEDRO BATISTA DA ROCHA [II]

* MILITANTE DAS JUVENTUDES COMUNISTAS E DO PARTIDO COMUNISTA || ACTIVISTA DO SOCORRO VERMELHO INTERNACIONAL || PRESO POLÍTICO || COMBATENTE DA GUERRA CIVIL DE ESPANHA || PASSAGEM PELOS CAMPOS DE INTERNAMENTO EM FRANÇA E DE TRABALHO NA ALEMANHA NAZI || EXILADO *


O percurso político de Pedro Rocha é invulgarmente rico e complexo, tendo abrangido quase todo o período da Ditadura Militar, Salazarista e Marcelista.

Filho de Hermínia do Carmo Batista e de António José da Rocha, músico militar preso por estar envolvido na Revolta Republicana de 31 de Janeiro de 1891, no Porto, Pedro Baptista da Rocha nasceu em 25 de Julho de 1912, em Lisboa. 

[Escrito com paixão || Caminho || 1991]

Filho único, frequentou o Liceu Gil Vicente cujo ambiente, associado à influência familiar em torno dos ideais da República, muito contribuiu para a sua adesão à luta contra a Ditadura Militar e militância comunista, onde usou os pseudónimos de "Helder", de "Osvaldo" e de "José Pedro da Rocha".


Segundo as suas memórias, intituladas Escrito com paixão [Caminho, 1991], com 18 anos era já membro das Juventudes Comunistas, onde trabalhou directamente com Francisco Paula de Oliveira e, depois, com Fernando Quirino. 


Detectado e procurado como activista comunista desde 1932, Pedro Rocha desempenhou ainda trabalho partidário, entre outros, com Álvaro Duque da Fonseca, Carolina Loff da Fonseca, Cassiano Nunes Diogo e Júlio dos Santos Pinto. Em 1933, integrou o Secretariado Político das Juventudes Comunistas.

Foi, simultaneamente, activista do Socorro Vermelho Internacional em Lisboa e, posteriormente, encarregado da sua reorganização no Alentejo e Algarve.

Preso, pela primeira vez, em 23 de Julho de 1933, juntamente com Rodrigo Ollero das Neves [n. 27/06/1906], na casa da Rua Bernardim Ribeiro, 57, 4.º, foi julgado pelo Tribunal Militar Especial em 22 de Janeiro de 1934 e condenado a dezoito meses de prisão correccional e perda dos direitos políticos por dois anos, sendo libertado em 27 de Janeiro do ano seguinte.

Voltou a ser preso, "para averiguações", em 16 de Maio de 1936 e libertado em 26 do mesmo mês.

Em 1937, dando seguimento ao apelo do Partido Comunista para que militantes e simpatizantes se juntassem às forças republicanas de Espanha, Pedro Rocha partiu para aquele país, via França, chegando à Catalunha depois de uma atribulada e tormentosa viagem, tendo atravessado os Pirenéus a pé. 

[Diário de Lisboa || 9 de Setembro de 1983 || p. 5]

Em Espanha, manteve contactos estreitos com os portugueses Caetano João, César de Almeida, Jaime de Morais, Manuel Roque, Mário Reis, Miguel Ramos, Óscar Morais e Utra Machado, entre outros. Aí também se cruzou com Luís António Soares, pai de Pedro Soares, seu camarada das Juventudes Comunistas.

Concluído o curso na Escola de Artilharia N.º 2, em Lorca, perto de Valência, foi promovido a tenente de artilharia e, em 30 de Outubro de 1938, passou a capitão.

[Diário de Lisboa || 9 de Setembro de 1983 || p. 5]

Em Fevereiro de 1939, juntamente com Jaime Cortesão, Jaime de Morais, Mário Fernandes e outros portugueses, saiu de Espanha e começou a prolongada passagem pelos campos de internamento franceses e, em meados de 1941, durante um ano, esteve em campos de trabalho na Alemanha.

Regressou a Portugal em 1942, sendo preso, "para averiguações", em 4 de Dezembro de 1943, enviado para o Aljube e libertado em 19 de Janeiro de 1944.

Nesse mesmo ano, em Maio, partiu para Angola, onde continuou a ser vigiado e perseguido pela PIDE.


Partiu, então, para Brazaville e aí trabalhou, durante 14 anos, como locutor da RTF. Em fins de 1959, fixou-se no Brasil, trabalhando no Estado de São Paulo.

Logo que eclodiu a Revolução de 25 de Abril, ofereceu, por carta, os seus préstimos profissionais ao Movimento das Forças Armadas, não tendo obtido qualquer resposta.

Em 1976, ao fim de 28 anos de exílio e de 43 de militância antifascista, regressou a Portugal.

João Varela Gomes, em artigo publicado no Diário de Lisboa de 9 e 10 de Setembro de 1983, dá amplo destaque ao percurso político de Pedro Rocha, inserindo documentação sua enquanto participante na Guerra Civil de Espanha.

[Varela Gomes || "A derrota" || DL, 09/09/1983]

[João Esteves]

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

[1629.] REINALDO DE CASTRO [I] || GUERRA CIVIL DE ESPANHA(1937 - 1939)

* PRESO, DEPORTADO, GUERRA CIVIL DE ESPANHA, TARRAFAL * 

[Fotografia prisional de 11/01/1941]

Nascido há 110 anos, Reinaldo de Castro combateu a Ditadura Militar, foi preso e deportado (1931-1933), participou na Guerra Civil de Espanha (1937-1939) e, quando entregue pelas autoridades franquistas à PVDE, foi novamente preso e enviado para o Tarrafal (1941-1946).

Tal como sucede com muitos outros nomes que combateram o regime ditatorial saído de 28 de Maio de 1926, as suas vivências políticas e antifascistas são insuficientemente conhecidas, investigadas e/ou divulgadas.

Filho de Maria da Luz Monteiro e Castro e de Alexandre de Castro, Reinaldo de Castro, conhecido por "O Monteiro", nasceu em 6 de Junho de 1907, em Lisboa. 

Tomou parte na Revolta Militar de 26 de Agosto de 1931, quando era empregado na Câmara Municipal de Lisboa, e integrou o numeroso grupo de deportados para Timor em 2 de Setembro de 1931. 

Abrangido pela amnistia de 5 de Dezembro de 1932, foi autorizado a regressar, tendo desembarcado em 9 de Junho de 1933, com residência na Rua Particular à Estrada das Amoreiras, A.C. 3.º Direito.

Em 1937, encontrava-se fugido à PVDE por desenvolver militância comunista, juntamente com Artur Gomes Crescêncio Fernandes Teixeira, Joaquim Fernandes Teixeira e Miguel Wager Russell. Na busca à sua residência, na Calçada de Santana, 58, 2.º Andar, encontraram-se jornais clandestinos (Avante, O Eco do Arsenal, O Eléctrico, O Jovem, O Proletário, O Volante, Unidade), selos do Socorro Vermelho Internacional e folhetos (A Chama de Julho, Ao País, Bandera Roja, Princípios do Comunismo, Programa da Frente Popular Portuguesa), bem como material de guerra.

No Livro de Cadastrados N.º 3 da Torre do Tombo [ca-PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903-m0034], consta o nome  de  Reinaldo de Castro mas não a fotografia, estando anotada a inscrição "fugido" [Registo 2075, Cadastrado 3194].


Terá residido no Barreiro, tendo, então, cooptado para o Partido Comunista Júlio Augusto Cordeiro, a quem entregou o folheto "Passionária" a fim de ser distribuído.

Devido às suas actividades políticas, foi emitido pelo Tribunal Militar Especial um mandado de captura,  tendo sido julgado à revelia em 15 de Junho de 1940 e condenado a doze anos de degredo.

Entretanto, entre 1937 e 1939, participou, em Ocaña, na Guerra Civil de Espanha ao lado das forças republicanas. Em 26 de Dezembro de 1940, foi entregue pela polícia franquista às autoridades portuguesas e enviado para Peniche no dia seguinte. 

Em 2 de Janeiro de 1941, foi transferido para o Aljube e, em 30 do mesmo mês, para Caxias.

[Presos Políticos no Regime Fascista III: 1940-1945 || CLNSRF, 1984, p. 71]

Na sequência de novo julgamento pelo TME, realizado em 18 de Abril, Reinaldo de Castro foi condenado a 15 anos de degredo e enviado para o Campo de Concentração do Tarrafal em 17 de Junho de 1941, de onde seria libertado em 12 de Janeiro de 1946, tendo regressado no navio Guiné em 1 de Fevereiro. 

João Varela Gomes, em Guerra de Espanha - Achegas ao redor da participação portuguesa [Fim de Século, 2006, p. 63], refere-se à sua participação na Guerra Civil de Espanha, bem como à opção de "passar despercebido" quanto a esse passado.

Fontes: ANTT, PIDE, Serviços Centrais, Cadastros / Cadastro Político Nº 3194; ANTT, Registo Geral de Presos, Livro 65, Registo 12951; CLNSRF, Presos Políticos no Regime Fascista III: 1940-1945, 1984, p. 71.

[João Esteves]

[1628.] AZENHAS DO MAR [IV]

* AZENHAS DO MAR || 2017 *


  




[Azenhas do Mar || Agosto || 2017]

[1627.] AZENHAS DO MAR [III]

* AZENHAS DO MAR || 2017 *






[Azenhas do Mar || Agosto || 2017]

[1626.] JOSÉ VIALE MOUTINHO [I] || GUERRA CIVIL DE ESPANHA

* PRIMEIRA LINHA DE FOGO. DA GUERRA CIVIL DE ESPANHA AOS CAMPOS DE EXTERMÍNIO NAZIS || BERTRAND EDITORA || 2013 *





[José Viale Moutinho || Bertrand Editora || 2013]

[1625.] JOÃO VARELA GOMES [II] || GUERRA CIVIL DE ESPANHA

* PORTUGUESES NA GUERRA CIVIL DE ESPANHA || GUERRA DE ESPANHA. ACHEGAS AO REDOR DA PARTICIPAÇÃO PORTUGUESA. 70 ANOS DEPOIS || FIM DE SÉCULO || 2006 *

A 1.ª Edição data de 1987, publicada pelos Cadernos Versus.



[Varela Gomes || Fim de Século || 2006]

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

[1624.] ABEL AUGUSTO GOMES DE ABREU [I] || PRESO EM 1932, 1937, 1944

* ABEL AUGUSTO GOMES DE ABREU *

PRESO EM 1932, 1937, 1944 || ALJUBE || PENICHE

[Abel Augusto Gomes de Abreu || ANTT || PT-TT-PIDE-E-10-1-191]

Referenciado somente como "bombista" no Livro 1 do Registo Geral de Presos [ANTT], tendo dado entrada no Aljube em 4 de Dezembro de 1934, o percurso político de Abel Augusto Gomes de Abreu começou antes: foi preso, pela primeira vez, em 24 de Abril de 1932, na sequência de intervenção política do Partido Comunista, partido onde militava activamente.

Filho de Maria de Oliveira Gomes e de Manuel Maria Gomes de Abreu, Abel Augusto Gomes de Abreu nasceu em 24 de Junho de 1889, em Lisboa. 

Gráfico da Casa da Moeda, a viver na Rua do Sacramento, 74, seria o filiado 150 da Célula 19 do Comité de Zona 1 do Partido Comunista, com o pseudónimo "Vasconcelos", trabalhando com Álvaro Augusto Ferreira, António Franco Trindade, Eleutério Lopes Grosso e Jaime da Fonseca e Sousa. 

Segundo transcrição do Cadastro elaborado pela Polícia de Vigilância e Defesa do Estado, era «um elemento perigosíssimo, duma actividade extraordinária tanto na parte organizadora como na parte revolucionária» [ANTT, PIDE, Serviços Centrais, Cadastros / Cadastro Político 5268].

Em 24 de Abril de 1932, foi preso na Serra de Monsanto quando «assistia à demonstração de lançamento de bombas, onde se encontrava recebendo lições para aquele fim». 

[Abel Augusto Gomes de Abreu || ANTT || PT-TT-PIDE-E-10-1-191]

Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 20 de Outubro de 1934, foi «acusado de, em 1932, por diversas vezes, ter tomado parte no fabrico, transporte, detenção e uso, para experiência, de bombas explosivas», sendo condenado, para além da prisão preventiva entretanto sofrida, a dez anos de degredo «numa das Colónias».

Abel Augusto Gomes de Abreu interpôs  recurso e em novo julgamento, realizado em 3 de Novembro de 1934, a pena foi alterada para dois anos de prisão correccional, cumprida em parte com a prisão preventiva, e «dois anos de multa, à razão de três escudos diários».

Enviado para o Aljube em 4 de Dezembro de 1934 e transferido para a Fortaleza de Peniche em 9, foi libertado em 4 de Fevereiro de 1935. Vivia, então, na Rua do Conde, 73, 1.º - Lisboa.

[Abel Augusto Gomes de Abreu || ANTT || RGP/191 || PT-TT-PIDE-E-10-1-191]

Novamente preso em 5 de Março de 1937 e levado para uma esquadra incomunicável, por «suspeita de manter ligações com os seus antigos colegas da Casa da Moeda, para fins de organização comunista», foi libertado em 2 de Abril por estar «afastado de todos os assuntos de carácter político-social». 

Preso, pela última vez, em 17 de Fevereiro de 1944, foi absolvido pelo Tribunal Militar Especial de 15 de Março.

O nome de Abel Augusto Gomes de Abreu consta do Memorial dos Presos Políticos de Peniche, inaugurado em 25 de Abril de 2017.

Fontes:
ANTT, Cadastro Político 5268 [Abel Augusto Gomes de Abreu / [PT-TT-PIDE-E-001-CX05_m0007, m0007a].
ANTT, Registo Geral de Presos 191 [Abel Augusto Gomes de Abreu / PT-TT-PIDE-E-10-1-191].

[João Esteves]