[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

[1622.] AUGUSTO BENIGNO DOS ANJOS OU BENIGNO CASEIRO OU BENIGNO CACEIRO ANJOS [I]

* UM PORTUGUÊS NAS BRIGADAS INTERNACIONAIS *

Foram vários os portugueses anónimos que combateram na Guerra Civil de Espanha do lado da República e, alguns, integraram as Brigadas Internacionais.

Augusto Benigno dos Anjos ou Benigno Caseiro foi um desses anónimos, tendo sido entregue, em Dezembro de 1939, pela polícia franquista à Polícia de Vigilância e Defesa do Estado "sob a acusação de ter feito parte das Brigadas Internacionais que no país vizinho combateram a favor dos vermelhos".

Filho de Maria dos Anjos Caseiro, nasceu em 1898, em Eiras - Chaves e, segundo declarações do próprio à PVDE, vivia em Espanha há mais de 30 anos, trabalhando como jornaleiro.

Confirmou ter integrado as Brigadas Internacionais, incorporado numa Companhia de Saúde.

Em 8 de Maio de 1940, por ser refractário, foi entregue ao Quartel-General da Região Militar de Lisboa. 

Fonte: ANTT, PIDE, Serviços Centrais, Cadastros / Cadastro Político Nº 8539.

O seu nome também consta do Registo Geral de Presos, Livro 60, Registo N.º 11915 [ANTT, PIDE, Serviços Centrais]. 

[João Esteves]


NOTA de 8 de Outubro de 2018:
Agradeço a Rui Aballe Vieirainvestigador do Instituto de História Contemporânea (da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas), a seguinte informação que ajuda a desvendar um pouco mais o percurso de Augusto Benigno dos Anjos:
  • «Augusto Benigno dos Anjos [...] esteve detido no campo de concentração de San Pedro de Cardeña (identificado como Benigno Caceiro Anjos), nas proximidades de Burgos. Desconheço ainda a data em que ingressou no campo, mas suspeito que tal terá ocorrido aquando da captura pelas tropas fascistas de numerosos combatentes republicanos na sequência da queda da frente Norte, possivelmente nas Astúrias, onde antes da guerra trabalhavam (no sector mineiro) muitos dos portugueses imigrados em Espanha, e onde também se alistaram nas milícias partidárias e sindicais para defender a legalidade republicana contra os sediciosos.» [Rui Aballe Vieira]

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