[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

sábado, 31 de janeiro de 2015

[0905.] FLORA MAGRO [III] ||

* FLORA CARLOTA ALVES MAGRO *

Eis um nome que não consta dos livros da oposição ao Salazarismo e ao Marcelismo, assim como não consta o de Maria Rodrigues Pato. E no entanto Gina de Freitas, nas entrevistas que publicou no Diário de Lisboa, intituladas "A Força Ignorada das Companheiras que Ficaram na Sombra", deu-lhes destaque. Estava-se, então, em 1974, quando a História parecia ser veloz.

Feminae - Dicionário Contemporâneo incluiu os seus nomes. Espera-se que a vida destas duas mulheres sejam recontadas e as suas biografias desenvolvidas. Merecem! É um acto de justiça.  



[João Esteves]

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

[0904.] FLORA MAGRO [II]



** 25 ANOS A CAMINHO DAS PRISÕES SALAZARISTAS **

[Retirado da entrevista de Gina de Freitas a Flora Magro publicada no Diário de Lisboa de 18 de Dezembro de 1974]

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

[0903.] JÚLIA AGUIAR [LIMA] [I] || RESISTENTE ANTIFASCISTA

* JÚLIA AGUIAR [LIMA] *

[Pormenor de uma fotografia de grupo retirada do livro de Jaime Alberto do Couto FerreiraJoaquim Namorado - O herói no "Neo-realismo mágico", Lápis de Memórias, 2014] 

Quão difícil é reconstruir o percurso de cidadania de muitas e muitas mulheres que intervieram na Resistência ao Estado Novo. Elas estiveram lá, lutaram, participaram, arriscaram... quando tantos e tantos nada arriscavam. Quarenta anos depois do 25 de Abril, não deixa de ser preocupante, e mesmo incomodativo, que se continue a não reparar nelas e esteja ainda por fazer a sua História, tarefa tanto mais difícil quando, por vezes, os dados são escassos e as memórias vivas vão rareando.

Em Feminae - Dicionário Contemporâneo inseriu-se um pequeno texto sobre Júlia Aguiar para que os historiadores e os vindouros não se desculpem com a sua inexistência. 


Em Agosto, na Figueira da Foz, no livro de Jaime Alberto do Couto Ferreira dedicado a Joaquim Namorado, descobriu-se o rosto de Júlia Aguiar numa fotografia de grupo, ao lado do marido, o advogado Lino Lima, e onde constam outros nomes a merecer posterior referência.  

«Casada com Lino de Carvalho Lima [21/02/1917-06/01/1999], conhecido advogado bracarense e militante comunista desde os primórdios da década de 40 até ao falecimento. 

Quando residia em Famalicão com o marido, militou na Delegação do Porto da Associação Feminina Portuguesa para a Paz, sendo sua vice-presidente em 1943-1944. 

Aquando da candidatura de Ruy Luís Gomes à presidência da República, participou no comício realizado em 3 de Julho de 1951 em Rio Tinto, Porto, e assistiu à carga violenta da PSP depois de aquele já ter terminado, da qual resultaram ferimentos nos que rodeavam o candidato, incluindo o marido. 

José Ricardo, nome com que Lino Lima assinou Romanceiro do Povo Miúdo. Memórias e Confissões, dá indicações sobre Júlia Aguiar enquanto esposa, nomeadamente nas visitas quando preso, e cumplicidades política e partidária entre ambos.

Faleceu antes do companheiro, encontrando-se ambos sepultados no Cemitério de Vermoin.». 

Estes dados, a completar brevemente, foram publicados em Feminae, editado em 2013 pela CIG.

[João Esteves]

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

[0902.] DEMOCRATAS DE BRAGA // TESTEMUNHOS E EVOCAÇÕES [I]

* APRESENTAÇÃO DO LIVRO
"OS DEMOCRATAS DE BRAGA - TESTEMUNHOS E EVOCAÇÕES"

** SALÃO NOBRE DA REITORIA DA UNIVERSIDADE DO MINHO **
24 DE JANEIRO // 15.00 HORAS

***Testemunhos da resistência ao Estado Novo no Distrito de Braga ***


sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

[0901.] MESTRADO EM ESTUDOS SOBRE AS MULHERES // FCSH - UNL

* MESTRADO EM ESTUDOS SOBRE AS MULHERES *
** FCSH/UNL - 2014/2015 **

A investigação sobre as mulheres e sobre o género adquiriu uma importância crescente nas três últimas décadas, construindo uma autonomia a nível epistemológico, teórico e metodológico. Os estudos sobre o género têm permitido formular novas questões que só podem ser integralmente respondidas fazendo apelo à contribuição de todas as áreas científicas tradicionais.

Com este curso, pretende-se desenvolver a investigação e o ensino sobre as questões de género, criando um espaço de diálogo entre vários campos do saber, correspondendo assim à vocação interdisciplinar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, o que é reforçado pela formação diferenciada do corpo docente.

O Mestrado insere-se na actividade científica levada a cabo pelo centro de investigação Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.NOVA), nomeadamente no que diz respeito à violência de género e ao estudo sobre as mulheres (linha de investigação Faces de Eva). Tendo em vista as recomendações da União Europeia e das organizações internacionais e nacionais, pretende-se também desenvolver conteúdos e competências que permitam às/aos formandas/os sensibilizar as instituições públicas e privadas, bem como as empresas, a promover uma política de igualdade de género.
INFORMAÇÕES GERAIS

Período da Candidatura De 19/01/15 a 06/02/15.

Duração do Curso 3 semestres.

Calendário Lectivo 1º semestre: de 09/02/15 a 06/06/15; 2º semestre: de 14/09/15 a 15/01/16. 

Unidades de Crédito de Curso: 93. 

Condições de Acesso: Licenciatura ou currículo escolar, científico ou profissional reconhecido. 

Regime/Horário Pós-laboral (18h-22h).

Propinas* 1º semestre: 500€; 2º semestre: 500€; 3º semestre: 1000€ 
*Alunas(os) com média de licenciatura igual ou superior a 16 valores têm isenção de propinas no 1º ano do Mestrado. 

Local de Inscrição Divisão Académica – Núcleo de Mestrados da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (Torre B, Piso 1), Av. Berna 26 C - Lisboa.

Mais informações:
FCSH-UNL (mestrados@fcsh.unl.pt); CICS.NOVA (cicsnova@fcsh.unl.pt)
Morada: Av. de Berna, 26 C, 1069-061 Lisboa

Tel.: 217 908 300

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

[0900.] MANIFESTAÇÃO DO MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO DAS MULHERES // 1975

* HÁ 40 ANOS *
** 13 DE JANEIRO DE 1975 **
MANIFESTAÇÃO DO MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO DAS MULHERES 
OU COMO UMA MENTIRA VÁRIAS VEZES REPETIDA PASSOU POR VERDADEIRA ATÉ HOJE
[PARA JORNALISTAS, INVESTIGADORES E HISTORIADORES...]

[Diário de Lisboa, 13/01/1975]

[Diário de Lisboa, 14/01/1975]


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

[0899.] ERMELINDA GONÇALVES FERREIRA [I]

O Blog Bernardino Machado da autoria do infatigável Dr. Manuel Sá Marques, chama a atenção para a homenagem feita a 3 de janeiro de 1915, na sede da Comissão Humanitária do Castelo, à professora Ermelinda Gonçalves Ferreira, que há quatro anos leccionava gratuitamente as crianças daquela escola.

Esteve presente a homenageada, Bernardino Machado, Carneiro de Moura e Ana de Castro Osório, que secretariou a sessão.

[A Capital, 03/01/1915]

domingo, 11 de janeiro de 2015

sábado, 10 de janeiro de 2015

[0897.] MANUEL DENIZ-JACINTO

* MANUEL DENIZ-JACINTO *
[08/01/1915-08/01/1998]

[Fotografia retirada do Almanaque Republicano]

Nome muito prestigiado em Coimbra, deveu-se ao bom-senso de Manuel Deniz-Jacinto que, em 1945, parte das listas com centenas (pelo menos) de assinaturas de apoio ao MUD da população de Coimbra e localidades próximas não foi parar às mãos da PIDE, evitando que muitos nomes caíssem imediatamente nas mãos do poder repressivo. Nalguns casos, foram famílias inteiras que, assim, ficaram salvaguardadas.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

[0896.] MARIA ISABEL BEATO DENIZ-JACINTO [I] || CONSELHO NACIONAL DAS MULHERES PORTUGUESAS - COIMBRA..

* MARIA ISABEL BEATO DENIZ-JACINTO *

Aproveitando a oportuna evocação feita pelo Almanaque Republicano do centenário do nascimento do ensaísta, crítico, conferencista, professor, actor, encenador e resistente antifascista Manuel Deniz-Jacinto [08/01/1915-08/01/1998], relembra-se que em 1946 Maria Isabel Beato, sua esposa, foi uma das numerosas subscritoras do documento endossado a Maria Lamas, na qualidade de Presidente do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, para a criação de uma Delegação em Coimbra.

Quão importante seria aproveitar estas efemérides para retirar da penumbra outros nomes que também merecem ser evocados e repostos na História e cujos dados públicos ainda são escassos ou inexistentes.

[João Esteves]

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

[0893.] BENTO DE JESUS CARAÇA [II]

* 5 DE JANEIRO DE 2015 *
** PADARIA DO POVO // CAMPO DE OURIQUE **


* A 1.ª HOMENAGEM A SEGUIR A 25 DE ABRIL DE 1974 *
- ROMAGEM AO CEMITÉRIO DOS PRAZERES // TERÇA-FEIRA, 25/06/1974 -
[Diário de Lisboa, 26 de Junho de 1974]

domingo, 4 de janeiro de 2015

[0892.] CONSELHO NACIONAL DAS MULHERES PORTUGUESAS [XXIV] || 1947 - EXPOSIÇÃO DE LIVROS ESCRITOS POR MULHERES

* HÁ 68 ANOS || 04 DE JANEIRO DE 1947

|| O PRINCÍPIO DA EXTINÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DAS MULHERES PORTUGUESAS COM O SUCESSO DA EXPOSIÇÃO DE LIVROS ESCRITOS POR MULHERES DE TODO O MUNDO ||

 



[Diário de Lisboa, 04/01/1947]

sábado, 3 de janeiro de 2015

[0891.] ARMINDA DOS SANTOS SOARES [I] || UMA MULHER NOS PREPARATIVOS DA FUGA DE PENICHE (1960)

* ARMINDA SOARES *


|| UMA MULHER NOS PREPARATIVOS DA FUGA DE PENICHE A 3 DE JANEIRO DE 1960 ||

[Gravura de Margarida Tengarrinha segundo desenho de Álvaro Cunhal]

Filha de Olívia dos Santos Espinho Soares e de Luís António Soares, antifascista que se opôs à ditadura salazarista, combateu na Guerra Civil de Espanha, foi preso e esteve internado num campo de concentração em França aquando da Segunda Guerra Mundial.

Irmã de Pedro dos Santos Soares [13/01/1915-10/05/1975], militante clandestino do Partido Comunista.

Casou, no início da década de 1940, com o advogado escalabitano Humberto Pereira Diniz Lopes [17/10/1919-23/11/1984], jovem militante do Partido Comunista, embora na legalidade, passando o casal a revelar as mesmas opções políticas. 

Segundo Teresa Lopes Moreira, Arminda Soares envolveu-se, em 1944, no projecto do Club Literário Guilherme de Azevedo e do Grupo Pró-Cultura dos Empregados no Comércio para fundar o primeiro jardim-de-infância em Santarém, projecto pioneiro que durou apenas três meses.

A partir de 1946, a militância política fez com que Humberto Lopes fosse várias vezes preso nas cadeias políticas, passando Arminda Soares a visitar quer o marido, quer o irmão Pedro. 

Arminda também conheceu, temporariamente, a prisão durante dois dias, entre 24 e 26 de Dezembro de 1953, quando o marido estava novamente detido e condenado a dois anos e meio, acusado de pertencer ao Movimento Nacional Democrático.

Quando Humberto Lopes e Pedro Soares se encontravam presos no Forte de Peniche e se preparou a fuga de Álvaro Cunhal, do irmão e de outros camaradas em janeiro de 1960, Arminda dos Santos Soares constituía o primeiro sinal para a confirmar, através da visita dominical ao marido, o que não sucedeu pelo facto dos planos terem sido antecipados uma semana. 

Recorrendo novamente às palavras de Teresa Lopes Moreira, inscritas no Correio do Ribatejo de 31 de outubro de 2014, "o divórcio e a morte do irmão e da cunhada [Maria Luísa Costa Dias] num acidente [9 de maio de 1975] tornaram-na mais amarga, mas não quebraram os laços da militância".

Feminae - Dicionário Contemporâneo, editado em 2013 pela CIG, inseriu a biografia possível de Arminda dos Santos Soares, constituindo um primeiro passo para a divulgação e estudo do seu percurso político. Por sua vez, os textos de Teresa Lopes Moreira no Correio do Ribatejo permitem redescobrir o percurso comum do casal.

[0890.] MÁRIO SACRAMENTO [IV]

* MÁRIO SACRAMENTO HOMENAGEADO EM MAIO DE 1974 *

** AVEIRO, 18 DE MAIO DE 1974 **

[Diário de Lisboa, 19 de Maio de 1974]

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

[0889.] MÁRIO SACRAMENTO [III] || JOAQUIM BARRADAS DE CARVALHO [II]

* TEXTO DE JOAQUIM BARRADAS DE CARVALHO PUBLICADO NO EXÍLIO BRASILEIRO EM JUNHO DE 1969 *


[Portugal Democrático, nº 141, Junho de 1969]
[in Joaquim Barradas de Carvalho, O obscurantismo salazarista, Seara Nova, 1974]