* HISTÓRIA E HISTÓRIAS DAS OPOSIÇÕES *
01. A História das Oposições e da Resistência a 48 anos consecutivos de Ditadura não é só uma listagem de nomes, embora também o seja.
02. Há nomes, sobretudo de mulheres, que importa redescobrir, tarefa tanto mais difícil por muitas destas não terem sido presas ou não constarem, directamente, de processos da polícia política.
03. Será possível continuar a silenciar na historiografia nomes como Maria Helena Magro, que viveu e morreu na clandestinidade sem nunca ter sido identificada, ou Cecília Simões Areosa Feio, cujo papel no seio da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos não é demais salientar?
04. O que se aplica às mulheres, muito mais silenciadas, ignoradas ou menosprezadas pela historiografia, também se estende aos homens. Não se pode reduzir a notas de rodapé o papel oposicionista desempenhado por José Manuel Tengarrinha, um dos presos políticos libertados a 27 de Abril de 1974, nos anos sessenta e setenta, nomeadamente no âmbito da CDE/Comissão Democrática Eleitoral.
05. A História é sempre uma reconstrução de quem a escreve. E, como tal, depende de opções de quem a faz.
[João Esteves]
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