* GAZETA LITERÁRIA *
N.º 8 || 2020
Edição da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, o N.º 8 da sua Gazeta Literária homenageia, no Centenário do seu nascimento, Bernardo Santareno [1920-1960], que "quis, desde o princípio, escrever uma obra interveniente, de combate" [carta a Óscar Lopes, 14/09/1966], sendo considerado por António Pedro "O maior dramaturgo português de todos os tempos" [O Primeiro de Janeiro, 14/11/1957, citado por Júlio Gago]; e Mário Sacramento [1920-1969], médico, escritor, crítico literário, quatro vezes preso pela PIDE e uma referência na dura militância antifascista, iniciada quando tinha apenas 16 anos.
Francisco Duarte Mangas, director e editor, Domingos Lobo, Manuela Espírito Santo, Óscar Lopes e Júlio Gago dão vida a Bernardo Santareno.
Jorge Sarabando, num texto emotivamente intitulado "Era Maio, o tempo das rosas", numa referência ao texto de Cecília Sacramento onde recorda a perda do que seria a sua segunda filha, quando estava grávida de oito meses, na sequência da terceira prisão do marido, retoma a "Vida breve mas tão fértil" de Mário Sacramento.
Há, ainda, uma terceira evocação, a de Fernando Aguiar-Branco [1923-2021], recentemente desaparecido e que, segundo José Manuel Mendes, "Saberemos em breve, mais do que neste transe da sua partida, o imenso que lhe devemos".
Num país onde muitos se acomodaram, incluindo intelectuais, reconforta ler, num número de excepcional qualidade, Bernardo Santareno escrever que queria fazer uma literatura de combate ou deparar com a cidadania plena e a dimensão humana de Mário Sacramento.
Ana Paula Inácio, António Carlos Cortez, João Rios, Henrique Manuel Bento Fialho e José Manuel de Vasconcelos colaboram, ainda, com textos poéticos.
[João Esteves]
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