* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCCXIX *
01914. Luís António da Silva Tavares de Carvalho [1927, 1927, 1931, 1945]
[Luís António da Silva Tavares de Carvalho || AHP]
[Sabrosa, 05/05/1877. Tenente-coronel da Administração Militar. Filiação: Angélica Rosa da Silva, Joaquim de Carvalho Tavares e Silva. Casado. Residência: Rua da Escola do Exército, 36 - Lisboa. Integrou, como capitão da Administração Militar, o Corpo Expedicionário Português, embarcando em 23/02/1917. Mandado regressar em abril de 1918, por exceder o quadro de Oficiais da Administração Militar no CEP. Exerceu as funções de Secretário de ministros de diferentes ministérios (1915, 1919, 1920, 1920) e, em 1919 e 1921, foi eleito Deputado pelo Círculo Eleitoral de Setúbal, nas listas do Partido Democrático. Participou na Revolução de Fevereiro de 1927. Preso em janeiro de 1927, por estar ligado à Esquerda Democrática, e levado para o Forte de S- Julião da Barra. Preso em 10/02/1927 e deportado para os Açores, ficando com residência fixada em Angra do Heroísmo em 22/02/1927. Passou, depois, para a Madeira, onde participou na revolta que eclodiu em 04/04/1931. Foi-lhe então, fixada residência em Cabo Verde, para onde seguiu no vapor "João Belo" em 12/05/1931. Foi um dos nomes excluídos da amnistia de 05/12/1932, continuando naquele arquipélago. O processo foi enviado para o TME em 13/07/1935, a fim de ser julgado. Abrangido pela amnistia concedida pelo Decreto 26.636, de 25/05/1936. Preso em 11/11/1945, «para averiguações», recolheu ao Aljube: libertado em 19/11/1945.]
[alterado em 21/06/2024]
[Luís António da Silva Tavares de Carvalho || PT-TT-PIDE-E-010-85-16804]
01915. José Lopes Soares [1928, 1931]
[Mealhada, c. 1897. Tenente de Infantaria. Filiação: Clementina de Jesus Lopes Soares, Eusébio Lopes Soares. Casado. Residência: Avenida de Berna, 11 - Lisboa. Chegou a ser preso em 1921, acusado de ser um dos autores morais da "Noite Sangrenta", de 21/10/1921: seria absolvido em 1923. Vigiado por vários informadores durante o ano de 1928, com registo de contactos e de locais que visitava. Preso em 20/10/1928, «por fazer parte do comité revolucionário», e enviado para a Penitenciária, onde continuou a assegurar contactos. Deportado para os Açores em 08/01/1929, embarcou no vapor "Lima", juntamente com mais onze presos políticos: António Neves Rodrigues, Joaquim Pinto Lima, Luís de Loureiro da Conceição Melo Borges de Castro, Manuel Gregório Pestana Júnior, Urbano Rocha Dantas (todos detidos na Penitenciária), Adelino António Miranda, António José Chícharo, Ernesto Carneiro Franco, Ilídio Nogueira, Jorge Augusto da Silva Figueiredo e José Santos Graça (Aljube). Regressou em 26/02/1929 e entrou no Aljube. Embarcou, em 22/04/1929, para Ponta Delgada, onde lhe foi fixada residência. Participou na "Revolta das Ilhas" de abril de 1931, assumindo o papel de Comissário de Polícia dos revoltosos em Ponta Delgada, onde se encontrava com residência fixada. Enviado para Cabo Verde em junho desse ano. Excluído da amnistia de 05/12/1932. O seu processo foi enviado ao TME em 13/07/1935, a fim de ser julgado.]
[alterado em 24/11/2024]
01916. Custódio Pinto Faria Maia [1930]
[Penafiel, c. 1903. Empregado industrial. Filiação: Margarida Maia, Júlio Pinto de Faria. Casado. Residência: Bairro de Vilar, 2.ª Rua, 38 - Porto. Preso no Porto pela Polícia de Informações e entregue em 09/05/1930, por estar envolvido no fabrico de bombas. Deportado, em 08/06/1930, para a ilha de Santa Maria. Passou para a Madeira, onde participou ativamente na revolta iniciada em 04/04/1931. Fracassada esta, foi-lhe fixada residência em Cabo Verde, para onde seguiu em maio. ficou excluído da amnistia de 05/12/1932 e o levantamento da deportação só aconteceu em 1944.]
01917. Joaquim Pinto de Lima [1928]
[Joaquim Pinto de Lima || ANTT || PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903]
[Vila Real, c. 1884. Contabilista. Filiação: Maria da Conceição Vieira, Augusto César Pinto de Lima. Solteiro. Residência: Avenida 5 de Outubro, 297 - Lisboa. Preso em 20/10/1928, por ter presidido a uma reunião na Rua Tenente Valadim e apresentar-se como representante do tenente Lopes Soares, querendo saber qual o armamento existente e quantas metralhadoras funcionavam. Deportado para os Açores em 08/01/1929. Passou, depois, para a Madeira, onde participou na revolta que eclodiu em 04/04/1931. Foi-lhe então, fixada residência em Cabo Verde, para onde seguiu no vapor "João Belo" em 12/05/1931. Foi um dos nomes excluídos da amnistia de 05/12/1932, continuando naquele arquipélago. Solicitou, talvez em agosto de 1935, autorização para emigrar para o Brasil, juntamente com a esposa, não havendo objeção por parte da SPS. Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto 26.636, de 25/05/1936.]
[Joaquim Pinto de Lima || 1935_08_12 || ANTT || PT-TT-MI-GM-4-14-507_m0003]
[Joaquim Pinto de Lima || 1935_09_02 || ANTT || PT-TT-MI-GM-4-14-507_m0002]
[Joaquim Pinto de Lima || 1935_09_16 || ANTT || PT-TT-MI-GM-4-14-507_m0001]
[João Esteves]
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