* ACÁCIA DE CARVALHO GONÇALVES DE RESENDE *
* ACTIVISTA DO CONSELHO NACIONAL DAS MULHERES PORTUGUESAS || 1931 - 1945 || LISBOA *
Filha dos republicanos Maria Emília de Carvalho Gonçalves [? - 15/12/1942] e de César Gonçalves [n. 27/09/1876], director do jornal O Rebate de Tomar, sobrinha de Bárbara Rosa de Carvalho [Pereira] e neta materna de António Teixeira de Carvalho, presidente da Comissão Municipal Republicana de Tomar, empossado presidente da câmara na sequência da revolução de 5 de Outubro, Acácia de Carvalho Gonçalves nasceu na cidade nabantina e conviveu desde pequena com o associativismo feminista, republicano e maçónico.
Em 1909, quando era muito nova já que os pais tinham casado em 29 de maio de 1899, o seu nome apareceu inscrito na lista de subscritores a favor das vítimas da catástrofe do Ribatejo promovida pela Liga Republicana das Mulheres Portuguesas de que a mãe e a tia eram activistas.
Entre 1931 e 1945, quando estava a viver próximo da capital, evidenciou-se na militância activa no Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas para onde entrou por proposta da mãe.
Em Dezembro de 1934, participou na recepção promovida pelo Conselho a Adelaide Cabete quando do seu regresso de Angola e desempenhou, a partir de 1932, várias funções nos corpos gerentes: Vogal da Direcção (1932-1935) e 2.ª (1944) e 3.ª Vogal (1943) do Conselho Fiscal; Secretária das Secções de Educação (1937) e de Propaganda e Biblioteca (1938); membro da Comissão de Assistência (1945).
Entretanto, terá casado, já que, a partir de 1943, é acrescentado o apelido Resende ao nome, perdendo-se o seu rasto pouco depois do enlace.
Terá vivido na casa que os pais construíram em Paço de Arcos quando saíram de Tomar e que denominaram “Vivenda Acácia”.
Amiga e correligionária da mãe e da tia, Maria Veleda dedicou, em 1922, o texto “Noite de Natal - Sinite párvulos venire ad me” “À minha querida amiguinha, Acácia de Carvalho Gonçalves”.
[João Esteves]
Sem comentários:
Enviar um comentário