* NATALINA MORA PEREIRA BASTOS *
[1914-2011]
[in Lúcia Serralheiro, Mulheres em grupo contra a corrente, 2011] |
Professora, terá nascido no Porto a 26 de Julho de 1914 [e não em 1915] e faleceu, na mesma cidade, a 1 de Agosto de 2011.
Colaboradora da revista portuense Pensamento, subscreveu, em 1934, com com Aida Mesquita, Antónia Girão Azuaga Santos, Berta Neves, Cândida Bastos, Cecília Moreira, Claudina Martins, Ema Rosine Cunha, Henriqueta Mesquita, Laura Neves de Castro, Leopoldina Mesquita, Maria Clarisse Bastos, Maria Lucena e Maria Silva, o manifesto O dia do Armistício, distribuído profusamente no Porto e noutras terras do país.
Presa em 14 de Maio de 1935 pela Polícia de Vigilância e Defesa do Estado do Porto, acusada de ter escrito e enviado “ao arguido João Dinis Cupertino de Miranda, uns versos que estão junto aos autos e em que demonstra claramente as suas ideias avançadas”, foi restituída à liberdade na mesma data.
Segundo Amadeu Gonçalves, no blogue Literatura e Filosofia, Natalina Bastos integrava então grupo “Jovens Liras”, composto por colaboradores da revista Pensamento, entre os quais João Dinis Cupertino de Miranda [1911-1993], com quem terá casado, tendo editado nesse ano o livro colectivo de poemas O nosso eu [Porto, Edições Pensamento, 1935]. Natalina Bastos era a "Lira de Oiro" e assinava com o pseudónimo Jodinal, enquanto aquele era a "Lira Irreverente" e tinha o pseudónimo Kupertinu. Do mesmo grupo, entre outros, fazia parte Armando Bacelar [1918-1998] (a "Lira Indómita") e Maria Clarisse, outra das subscritores do manifesto pacifista.
Novamente presa a 29 de Janeiro de 1937 e solta em 9 de Fevereiro.
Nos anos 40, participou no núcleo do Porto da Associação Feminina Portuguesa para a Paz (AFPP) e fez parte, enquanto 1.ª Vogal, da Direcção eleita para o ano de 1943-1944.
Nos anos 40, participou no núcleo do Porto da Associação Feminina Portuguesa para a Paz (AFPP) e fez parte, enquanto 1.ª Vogal, da Direcção eleita para o ano de 1943-1944.
Sócia, com o número 11969, da Associação de Solidariedade Social dos Professores.
Lúcia Serralheiro, no livro dedicado àquela delegação, insere a fotografia aqui publicada de Natalina Pereira Bastos [Mulheres em Grupo Contra a Corrente, Rio Tinto, Evolua Edições, 2011] e Feminae. Dicionário Contemporâneo contém uma entrada dedicada a esta professora [Lisboa, Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, 2013].
[João Esteves]
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