* NOS 100 ANOS DO CONSELHO NACIONAL DAS MULHERES PORTUGUESAS || 1914-2014 *
Apesar dos estudos de referência de Rosmarie Wank-Nolasco Lamas [Mulheres para além do seu tempo, Bertrand Editora, 1995], de Vanda Gorjão [A Reivindicação do voto no programa do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (1914-1947), Lisboa, CIDM, 1994], de Célia Rosa Batista Costa [O Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (1914-1947) – Uma organização feminista (2007)] de Rosa de Lurdes Matias Pires Correia [O Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas: a principal associação de mulheres da primeira metade do século XX (1914-1947) (2013)] e da síntese publicada no Dicionário de História da I República e do Republicanismo, há ainda um longo percurso a fazer no estudo e divulgação do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, quer enquanto a organização de mulheres que mais anos se manteve em exercício, quer como núcleo legal de oposição ao Estado Novo.
O Espólio Maria Lamas, pertença do Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional, contém variada documentação sobre a sua proibição pelo salazarismo, incluindo correspondência trocada entre a escritora e o Governador Civil de Lisboa.
Além do mais, dispomos da memória viva de muitas activistas que iniciaram a vida cívica e política no Conselho há mais de cinquenta anos e que urge ouvir, registar e preservar, sabendo dar valor à sua coragem e inconformismo em “tempos sombrios”, como demonstrou Vanda Gorjão em Mulheres em tempos sombrios. Oposição feminina ao Estado Novo.
[João Esteves]
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