[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

[1952.] ALEXANDRINO PEREIRA CAMPOS [I] || DEPORTADO PARA ANGOLA (1927)

* ALEXANDRINO PEREIRA CAMPOS *

PARTICIPAÇÃO NA REVOLTA DE 3 DE FEVEREIRO DE 1927 || DEPORTADO PARA ANGOLA (1927 - 1930) || PRESO EM 1931 E 1932

[Alexandrino Pereira Campos || 03/09/1927 || ca-PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

Filho de Rosa Pereira de Oliveira Campos e de António Pereira Campos, Alexandrino Pereira Campos terá nascido em 1899, no Porto.

Electricista, foi preso em 14 de Setembro de 1927, «por ter ameaçado de morte dois agentes da P.S.P. em serviço na Polícia de Informações do Porto» [ANTT, Cadastro Político 1363].

Segundo o mesmo Cadastro Político, da autoria da Polícia de Defesa Política e Social, foi condenado «nos Tribunais Militares pelos acontecimentos de 3 de Fevereiro e por, sendo civil, ter andado fardado de marinheiro comandando grupos civis, e ainda por lhe terem sido encontrados em sua casa cartuchos com balas e vários carregadores» [Processo 3205].

Em 18 de Setembro de 1927, foi deportado para Angola e três anos depois, em 20 de Outubro de 1930, apresentou-se no Quartel-General do Governo Militar da Madeira, «vindo das colónias».

[Alexandrino Pereira Campos || 03/09/1927 || ca-PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

Regressado ao Continente, apresentou-se, em 26 de Fevereiro de 1931, na Polícia de Defesa Política e Social, indo residir para a Rua do Estêvão 14, no Porto.

Detido para averiguações em 17 de Agosto de 1931, acusado de «estar a fazer ligações com os operários do Arsenal», saiu em liberdade em 21 do mesmo mês depois de interrogado, por não haver motivos para manter a sua detenção.

Novamente preso em 14 de Abril de 1932, por fazer parte do grupo que planeou assaltar a Esquadra de Alcântara a fim de libertar José Maria Videira, 1.º sargento reformado, e José Severo dos Santos, ex-sargento da Marinha, e ter guardado em sua casa as duas pistolas metralhadoras destinadas àquela acção.

[Alexandrino Pereira Campos || 03/09/1927 || ca-PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

Por despacho do Ministro do Interior de 22 de Junho de 1932, foi-lhe aplicada a pena de três meses de prisão, tendo saído em liberdade em 9 de Julho de 1932.

Entretanto, o seu nome foi arrolado ao Processo 452, onde constavam como arguidos Alves Augusto Ferreira,  Artur Alfredo Dias - "O Maneta" [2.º sargento inválido da Marinha], Francisco Campos, Leonilde Felizardo e Manuel Alpedrinha. 

NOTA: Atenção ao uso indevido das imagens sem a devida autorização do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

Fontes:
ANTT, Cadastro Político 1363 [Alexandrino Pereira Campos / PT-TT-PIDE-E-001-CX05_m0576, m0588a, m0588b].
ANTT, Livro de Cadastrados, Fotografia 1770 [Alexandrino Pereira Campos / ca-PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903_m0015].

[João Esteves]

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