* MARIA EUGÉNIA MARTINS CORREIA *
[13/11/1908 - ?]
Activista comunista durante a década de 30 do século XX.
[Maria Eugénia Martins Correia || 1938 || ANTT || RGP/9305 || PT-TT-PIDE-E-010-47-9305_m0219]
Filha de Joaquina da Conceição Correia e de Manuel Lourenço Correia, Maria Eugénia Martins Correia nasceu em 13 de Novembro de 1908, em Lisboa.
Costureira, foi companheira do dirigente comunista Francisco de Paula Oliveira Júnior [Pavel, 29/10/1908 - 15/08/1993], que conheceu em 1937, quando este regressou de Paris e se instalou na casa da Estrada das Amoreiras.
Acompanhou-o, de seguida, nas casas clandestinas do Partido Comunista que funcionaram na Rua Carlos Mardel e Rua da Beneficência 180, 2.º, passando nesta última por mulher de Francisco Miguel Duarte [18/12/1907 - 21/05/1988], até ser presa em 12 de Janeiro de 1938, na Avenida Sacadura Cabral, onde residia, apenas dois dias depois da detenção daquele e de Pavel.
[Maria Eugénia Martins Correia || 1938 || ANTT || RGP/9305 || PT-TT-PIDE-E-010-47-9305_m0219]
A mãe também foi presa com ela e o irmão mais velho, Alexandre Martins Correia, igualmente militante do Partido Comunista, licenciado em Filologia Germânica em 1937 com uma Tese sobre As crianças na obra de Dickens e tradutor, entre 1940 e 1942, de obras publicadas na Editorial Inquérito, tinha sido preso na véspera.
[Maria Eugénia Martins Correia || 1938 || ANTT || RGP/9305 || PT-TT-PIDE-E-010-47-9305_m0219]
Levada para uma esquadra incomunicável e transferida, em 15 de Fevereiro de 1938, para a Cadeia das Mónicas, Maria Eugénia Martins Correia só seria julgada pelo Tribunal Militar Especial no ano seguinte, em 29 de Abril de 1939 [Processo 25/938].
Condenada a três meses de prisão e perda de direitos políticos por cinco anos, foi libertada em 2 de Maio de 1939, depois de quase dezasseis meses de cativeiro.
Fonte:
ANTT, Registo Geral de Presos 9305 [Maria Eugénia Martins Correia / PT-TT-PIDE-E-010-47-9305_m0219].
[João Esteves]
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