* LUÍSA CHAGAS COSTA *
[06/12/1916 - ?]
Activista do Partido Comunista nos anos 30 do século XX, com intervenção na área das tipografias clandestinas, numa época em que se começava a reforçar o papel das mulheres na imprensa partidária ilegal.
[Luísa Chagas Costa || 1938 || ANTT || RGP/9309 || PT-TT-PIDE-E-010-47-9309_m0227]
Filha de Rosalina Chagas Costa e de Francisco Bartolomeu Costa, Luísa Chagas Costa nasceu em 6 de Dezembro de 1916, em Sesimbra.
Luísa Chagas Costa envolveu-se, ainda muito nova, na militância comunista contra a Ditadura do Estado Novo, começando por ter actividade na casa da Avenida General Roçadas com Aníbal da Silva Bizarro [Irene Flunser Pimentel, Biografia de um Inspector da PIDE, 2008, pp. 94 e 332], “O Victor”, operário pintor militante desde 1933, preso em Maio de 1936, depois de dois anos de impressão do jornal Avante!, e enviado sem julgamento, em 5 Junho de 1937, para o Campo de Concentração do Tarrafal, de onde só sairia em finais de 1944.
Em 15 de Janeiro de 1938, quando tinha 21 anos, foi detida na tipografia da Avenida Sacadura Cabral, juntamente com Adelino Mendes [08/01/1910 - 1975] - grumete do navio Gonçalo Velho que tinha participado, em 1936, na Revolta dos Marinheiros e, exilado em Cuba desde 1941, juntou-se à sua revolução, tendo morrido naquele país; Augusto da Costa Valdez [01/02/1914 - 1988] - também deportado para o Tarrafal, chegando posteriormente a jornalista de A Bola por intermédio de Cândido de Oliveira; e Lino dos Santos Coelho [10/12/1913 - 03/04/1990] - trabalhador na Fábrica de Louça de Sacavém -, todos funcionários partidários e que mantiveram actividade política oposicionista durante muitos anos. Este último publicou as suas Memórias, as quais ajudam a enquadrar as regras conspirativas do funcionamento das tipografias na década de 30 [Memórias de um Rebelde. Testemunhos do Terror Fascista, Editora Em Marcha, 1981].
Levada para uma esquadra, incomunicável, Luísa Chagas Costa seria transferida para a Cadeia das Mónicas em 23 de Junho e julgada pelo Tribunal Militar Especial em 29 de Abril de 1939.
Condenada na pena de 18 meses de prisão e perda de direitos políticos por cinco anos, foi libertada em 6 de Julho de 1939.
Feminae. Dicionário Contemporâneo, editado pela CIG em 2013, inclui a biografia possível de Luísa Chagas Costa.
[Luísa Chagas Costa || 1938 || ANTT || RGP/9309 || PT-TT-PIDE-E-010-47-9309_m0227]
Levada para uma esquadra, incomunicável, Luísa Chagas Costa seria transferida para a Cadeia das Mónicas em 23 de Junho e julgada pelo Tribunal Militar Especial em 29 de Abril de 1939.
Condenada na pena de 18 meses de prisão e perda de direitos políticos por cinco anos, foi libertada em 6 de Julho de 1939.
Feminae. Dicionário Contemporâneo, editado pela CIG em 2013, inclui a biografia possível de Luísa Chagas Costa.
Fonte:
ANTT, Registo Geral de Presos 9309 [Luísa Costa Chagas / PT-TT-PIDE-E-010-47-9309_m0227].
Bibliografia:
ANTT, Registo Geral de Presos 9309 [Luísa Costa Chagas / PT-TT-PIDE-E-010-47-9309_m0227].
Bibliografia:
AA.VV., Tarrafal – Testemunhos, Lisboa, Editorial Caminho, 1978, p. 333.
Irene Flunser Pimentel, Biografia de um Inspector da PIDE, Lisboa, A Esfera dos Livros, 2008, pp. 94 e 332.
José Pacheco Pereira, Álvaro Cunhal – Uma Biografia Política, Vol. 1 – “Daniel”, O Jovem Revolucionário (1913-1941), Lisboa, Temas e Debates, 1999, p. 294.
Lino Santos Coelho, Memórias de um rebelde. Testemunhos do terror fascista, Lisboa, Editor em Marcha, 1981.
Partido Comunista Português, 60 Anos de Luta ao Serviço do Povo e da Pátria (1921-1981) [Tipografias clandestinas], Lisboa, Edições Avante!, 1982.
Irene Flunser Pimentel, Biografia de um Inspector da PIDE, Lisboa, A Esfera dos Livros, 2008, pp. 94 e 332.
José Pacheco Pereira, Álvaro Cunhal – Uma Biografia Política, Vol. 1 – “Daniel”, O Jovem Revolucionário (1913-1941), Lisboa, Temas e Debates, 1999, p. 294.
Lino Santos Coelho, Memórias de um rebelde. Testemunhos do terror fascista, Lisboa, Editor em Marcha, 1981.
Partido Comunista Português, 60 Anos de Luta ao Serviço do Povo e da Pátria (1921-1981) [Tipografias clandestinas], Lisboa, Edições Avante!, 1982.
[João Esteves]
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