[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

segunda-feira, 4 de abril de 2022

[2790.] GUIMARÃES, DAQUI HOUVE RESISTÊNCIA || EDIÇÃO - CINECLUBE DE GUIMARÃES

 * GUIMARÃES, DAQUI HOUVE RESISTÊNCIA *

Recolha e organização de textos: César Machado 

Edição: Cineclube de Guimarães


Com recolha e organização de 24 entrevistas e um depoimento (Padre Avelino Cardoso) da responsabilidade de César Machado, Guimarães, Daqui Houve Resistência dá a conhecer testemunhos, muitos deles pouco conhecidos, de antifascistas com diferentes experiências e vivências políticas, sociais, profissionais e ideológicas, tendo por denominador comum, para além do combate à ditadura fascizante, o território vimaranense.

"Guimarães está presente em todo o livro. É o traço comum destes 25 depoimentos [...] Ou se trata de vimaranenses que fizeram aqui, em Guimarães, a sua luta, ou de gente daqui que lutou aqui e noutros sítios, ou de resistentes que elegeram Guimarães como sua terra depois de lutas travadas noutras paragens, ou de quem veio aqui travar duros combates numa terra onde só estiveram nessa fase do combate."

Homem e Mulheres que resistiram e lutaram contra a Ditadura, recusaram a Guerra Colonial, estiveram em lutas sindicais e estudantis, conheceram a clandestinidade, integraram movimentos de católicos progressistas, envolveram-se em atividades culturais ou, enquanto jovens milicianos, estiveram no 25 de Abril, participando diretamente no término de 48 anos de fascismo.

Relatos extensos e detalhados na primeira pessoa, enriquecidos com documentação inédita, de quem quer preservar a memória e, apesar dos sacrifícios e sobressaltos por que passaram quotidianamente, do exílio, de prisões e torturas, "Guimarães, Daqui Houve Resistência é coragem, é luta, é alegria, é memória. Para que nunca se esqueça!": "Lutas travadas nesta nossa comunidade, lutas travadas por vimaranenses noutros lugares, lutas onde esteve Guimarães."

Centrada na celebração dos 40 anos do 25 de Abril de 1974, trata-se de uma edição muito cuidada do Cineclube de Guimarães, fundado em Maio de 1958 e que, como tantas outras instituições culturais de norte a sul do país, foi vigiada, reprimida e intimidada pela PIDE e autoridades locais, tendo alguns dos dirigentes sido afastados por motivos políticos, nomeadamente o professor Joaquim dos Santos Simões.

São depoentes:

- Agostinho Alves de Araújo (Polvoreira, 1952)

- Alberto de Sousa Martins (Guimarães, 1945)

- Amadeu Santos (Guimarães, 1953)

- António A. C. Mota-Prego de Faria (Barcelos, 1944)

- António José Cruz Mendes (1953)

- António Vieira Mendes Henriques (Garfe -Póvoa do Lanhoso, 1946)

- Avelino Cardoso

- Celestino (Tino) Flores (Porto, 1947)

- Eduardo Ribeiro Martins (Devesa - Gondar, 1926)

- Fernando Alberto Gomes Ribeiro (S. Martinho de Silvares, 1947)

- Firmino Mendes (Ronfe, 1949)

- Jaime Sá Teixeira Marques (Pevidém, 1952)

- Jaime Silva (Peso da Régua, 1947)

- João Manuel Oliveira Ribeiro (Riba de Ave, 1934)

- Jorge do Nascimento Pereira da Silva (Mojães - Viana do Castelo, 1950)

- José Casimiro Martins Ribeiro (Gondar, 1940)

- José Machado (Guimarães, 1948)

- Luís Augusto Chaves da Costa Caldas (Guimarães, 1939)

- Luís Mário Pereira Novais de Oliveira (Lugar do Rio, 1952)

- Lurdes Silva Mesquita (Urgeses, 1939)

- Manuel Luís Teixeira Júnior (S. Paio, 1938)

- Manuela Clara Carmona Juncal (Porto, 1949)

- Maria Isabel das Neves Santos Simões (Guimarães, 1961)

- Nuno António Padrão Ferreira (1947)

- Rui Guimarães (Guimarães, 1943).

[João Esteves]

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