[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

sábado, 8 de abril de 2023

[3265.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CCVI] || 1926 - 1933

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCVI *

01304. Francisco Joaquim Caetano [1933, 1940]

[Francisco Joaquim Caetano || F. 22/10/1940 || ANTT || RGP/12856 || PT-TT-PIDE-E-010-65-12856_m0113]

[Alfeizerão, 01/12/1893, servente de fundidor. Filiação: Maria Agostinha, Joaquim Francisco. Solteiro. Residência: Quinta do Marquês de Abrantes - Vivenda Figueiredo. Preso em 14/01/1933, tendo sido entregue pela PSP de Lisboa à SVPS: recolheu, incomunicável, a uma esquadra; libertado em 15/01/1933. Preso em 21/10/1940, "para averiguações", recolheu ao Aljube; libertado em 23/11/1940.]

01305. José Monteiro Sebastião [1928]

[Aspirante a Oficial - demitido. Preso em 20/07/1928, por ter tomado parte no movimento revolucionário desse dia, e deportado para Angola em 21/08/1928. Em 1931, estava na Madeira, onde participou na revolta que eclodiu em Abril, tendo, por isso, sido demitido do Exército. Embarcou, em 12/05/1931, no vapor "João Belo" com destino a Cabo Verde, onde lhe foi fixada residência. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932, tendo regressado de Cabo Verde e apresentou-se na SVPS em 15/01/1933. Declarou ir residir na freguesia da Reigada, concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, e Cenouras, concelho de Almeida. Emigrou para o Brasil, onde trabalhou, em 1936, como funcionário de uma livraria: era investigado e vigiado pela polícia política por ser "considerado suspeito", havendo relatórios sobre a sua conduta. Casado com Ema Mendes Coelho Monteiro. Faleceu em 30/09/1964, no Brasil.]

01306. Arnaldo Alberto Quintas [?]

[Deportado em Cabo Verde por motivos políticos. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932, tendo regressado de Cabo Verde e apresentou-se na SVPS em 15/01/1933.]

01307. Luís de Sousa Ribeiro [1926/1927, 1930, 1931]

[Major. Deportado para os Açores em finais de 1926 / início de 1927, por não concordar com a Ditadura Militar. Mandado regressar em 1928, para fazer tirocínio para Major no Porto, continuou a não acatar a Ditadura, o que fez com que a Polícia de Informações do Ministério do Interior informasse o Comandante da Região, general Craveiro Lopes, que determinou o seu reenvio para os Açores. Mandado regressar ao Porto pelo chefe do Governo, general Ivens Ferraz, continuou a ser vigiado, por não aderir à Situação, sendo registados, em 1930, os seus contactos com militares. Preso em 08/04/1930 e deportado, em 23/04/1930, para os Açores, onde ficou com residência obrigatória. Em Janeiro de 1931, encontrava-se nos Açores, não tendo sido aconselhado pela Polícia o seu regresso ao Continente, como pretendia o Ministério da Guerra. Deportado, em 1931, para Cabo Verde, onde lhe foi fixada residência por motivos políticos. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932, tendo regressado de Cabo Verde e apresentou-se na SVPS em 15/01/1933. Declarou ir viver para a Rua do Heroísmo, 246 - Porto. Cunhado do tenente Daniel de Barros.]

01308. Rómulo de Castro Lima [1927, 1929, 1931, 1935]

[Rómulo de Castro Lima || F. 22/08/1935 || ANTT || RGP/1574  || PT-TT-PIDE-E-010-8-1574_m0353]

[Cedofeita - Porto, 12/02/1881, funcionário público / ajudante de preparador. Filiação: Emília Pacheco de Lima ou Maria Lima, Cipriano Hipólito de Castro. Casado. Residência: Rua da Alegria, 269 - Porto. Quando sargento, esteve preso na época de Sidónio Pais. Preso pela Polícia do Porto em 06/12/1927,  "por ser detentor de armamento e munições de guerra". Enviado, em 08/12/1927, à Polícia de Informações de Lisboa. Preso pela Polícia do Porto em 23/10/1929, por ter participado, em 19/10/1929, no funeral do ex-sargento Manuel Fernandes de Almeida, "dando, no cemitério do Prado do Repouso, morras à Ditadura, Exército e Polícia de Informações". Libertado em 11/11/1929. Preso no Porto e entregue em 14/04/1931, "por ser um ativo elemento organizador de grupos civis revolucionários daquela cidade". Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932, tendo regressado de Cabo Verde, onde estava com residência obrigatória, e apresentou-se na SVPS em 15/01/1933. Declarou ir viver para a Rua da Alegria. Preso em 19/08/1935, no Porto, "para averiguações", dando entrada no aljube daquela cidade; libertado em 19/09/1935.]

01309. José Carvalho Cebola [1928]

[Capitão de infantaria. Preso em 20/07/1928, por ter tomado parte no movimento revolucionário desse dia e deportado, em 21/08/1928, para Angola. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932, tendo regressado de Cabo Verde, onde estava com residência obrigatória, e apresentou-se na SVPS em 15/01/1933. Declarou ir viver para a Rua 31 de Janeiro, 9 - Portalegre.]

01310. Joaquim de Almeida [1927, 1930]

[Lamego, c. 1898. Sargento. Filiação: Maria de Jesus, José de Almeida. Lisboa. Quando 2.º sargento de Caçadores 9, participou, no Porto, na Revolta de 03/02/1927. Preso na Casa de Reclusão daquela cidade, seria libertado em meados de maio de 1927. Envolvido, em 1930, em movimentos revolucionários contra a Ditadura, colaborando com Carlos Peixoto de Carvalho (2.º sargento), Júlio Augusto Ribeiro Ferreira (1.º sargento cadete) e Manuel António Correia (ex-tenente). Era, então, 1.º Sargento de Caçadores 5. Por lhe ter sido dado baixa nos Quadros do Exército, foi entregue, em 05/09/1930, à Polícia, dando entrada no Aljube, incomunicável. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932, tendo regressado de Cabo Verde, onde estava com residência obrigatória, e apresentou-se na SVPS em 15/01/1933. Declarou ir viver para S. João da Pesqueira.] 
[alterado em 25/06/2024]

01311. António Álvares Pires Guerreiro [1929, 1931]

[Loulé, c. 1904, Chefe de Liquidação da União Elétrica Portuguesa. Filiação: Martinha Pires Guerreiro, Joaquim Silvestre Alves Guerreiro. Casado. Residência: Rua da Picaria, 421 - Porto. Preso em 12/12/1929, no Porto, "para averiguações"; libertado em 29/12/1929. Preso em 24/03/1931, no Porto, "por ser o instigador e organizador da Greve Académica" e "acusado de ter publicado, clandestinamente, o jornal A Rajada, do qual é editor, depois do referido jornal ter sido suspenso". Enviado, em 25/04/1931, para Lisboa e, em 06/06/1931, foi deportado para Cabo Verde, para onde seguiu a bordo do vapor "Pedro Gomes". Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932, tendo regressado de Cabo Verde, onde estava com residência obrigatória, e apresentou-se na SVPS em 15/01/1933.]

[João Esteves]

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