[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

segunda-feira, 3 de abril de 2023

[3254.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CXCV] || 1926 - 1933

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CXCV *

01232. Joaquim Vieira [1931, 1932]

[Lisboa, c. 1889, funileiro. Filiação: Ana de Jesus e José Marcelino Vieira. Casado. Residência: Rua António Luís Inácio, 10, Porta 6 - Lisboa. Referenciado como "bombista e agitador perigoso no meio operário, tendo-se distinguido em diversas greves de carácter revolucionário". Acusado de ter "tomado parte em todas as conspirações e movimentos revolucionários contra a Ditadura, entre os quais o 7 de Fevereiro, em que andou armado e munido de bombas na Rua Morais Soares e imediações": "é avançado professando ideias comunistas". Preso em 10/06/1931, por ter participado nos acontecimentos do 1.º de Maio no Rossio, ter ligações revolucionárias com Álvaro Freire, Guedes da Piedade, José Alves Jana, José Rodrigues da Silva e José Tendeiro e estar associado a um eventual atentado contra o Ministro das Finanças. Deportado para Timor em 02/09/1931. Autorizado, em 06/11/1931, por determinação do Conselho de Ministros, a regressar à Metrópole; tendo-se verificado ser um equívoco a suspensão da pena, foi preso em 29/03/1932. Por parecer do Diretor Geral de Segurança Pública e despacho do Ministro do Interior, de 15/06/1932, foi-lhe fixada residência obrigatória na Ilha Terceira. Por despacho do Ministro do Interior, de 29/11/1932, foi determinado a sua libertação do Aljube, o que sucedeu em 06/12/1932.]

01233. Eduardo Mamede Rodrigues [1932, 1940]

[Eduardo Mamede Rodrigues || F. 19706/1940 (Porto) || ANTT || RGP/12449]

[Santana da Serra, Ourique, 19/08/1910, 1.º cabo enfermeiro / enfermeiro. Filiação: Francisca Mamede e Inácio Rodrigues. Solteiro / Casado. Residência: Quartel da 3.ª Companhia de Saúde / Caramulo. Requisitada, em 06/06/1932, a sua prisão ao Ministério da Guerra, por integrar na 3.ª Companhia de Saúde uma célula das Juventudes Comunistas, mantendo ligações com António Roque Pinto, Jacinto Vítor de Almeida Lança e Silvino Leitão Fernandes Costa. Eliminado do Exército, foi entregue, em 07/12/1932, pela 3.ª Companhia de Saúde ao Governo; libertado em 10/12/1932, por ter sido abrangido pela amnistia do dia 5. Julgado à revelia pelo Tribunal Militar Especial de 02/08/1938, foi condenado em 24 meses de prisão correcional e perda dos direitos políticos por cinco anos. Com mandados de captura emitidos em 1938 e 1940, foi preso no Caramulo e entregue, em 18/06/1940, à Delegação do Porto da PVDE. Novamente julgado pelo TME em 14/08/1940, foi mantida a mesma pena e, em 09/11/1940, seguiu para Peniche. Entrou, em 23/02/1941, no Aljube, passou pela sua enfermaria e, em 14/04/1941, seguiu para o Forte de Caxias. Libertado, condicionalmente, em 24/12/1941, por ter sido indultado.]

[João Esteves]

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