[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

domingo, 23 de junho de 2024

[3448.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCCXXXIII

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCCXXXIII *

01982. António Maria da Silva [1927, 1928, 1928, 1929]

[António Maria da Silva || F. 11/12/1928 || ANTT || PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903]

[Lisboa, 26/05/1872. Engenheiro pela Escola do Exército (1892). Filiação: Maria da Luz da Silva, António Maria Garcia da Silva. Casado. Residência: Avenida Praia da Vitória, 18 - Lisboa. Maçom, carbonário e republicano, sendo militante e dirigente do Partido Republicano Português - Partido Democrático. Eleito deputado por Silves (1911, 1925) e por Lisboa (1915, 1919, 1921, 1922). Integrou diversos governos enquanto ministro do Fomento (1913, 1915), do Trabalho e Previdência Social (1916), das Finanças (1920, 1920, 1920, 1921), do Interior (1922, 1925), da Guerra (1923, 1925), da Instrução Pública (1923) e da Agricultura (1922, 1922), tendo sido, ainda, o republicano que presidiu a mais governos (1920, 1922, 1922, 1922, 1925, 1926). Chefiava o Governo aquando do golpe militar de 28/05/1926. Preso em janeiro de 1927 e levado para o Forte da Trafaria, por estar associado ao Partido Republicano Português. Vigiado. Preso em 15/06/1928, «acusado de ter contribuído com a quantia de cem escudos para a confecção de manifestos clandestinos»; libertado no dia seguinte. Continuou a ser vigiado e anotados os seus contactos, incluindo participação em reuniões. Preso em 27/11/1928, «por estar implicado num movimento militar em preparação»; libertado em 25/12/1928. Continuou vigiado. Preso em 13/04/1929, «por estar em ligação com o "comité revolucionário"», e deportado, em 08/05/1929, para a Madeira, onde lhe foi fixada residência. Autorizado pelo Ministério do Interior a regressar, embarcou em 22/05/1930. Continuou a conspirar a partir de Cascais. Faleceu em Lisboa, em 14/10/1950.]

01983. José Lopes de Oliveira [1927]

[José Lopes de Oliveira]

[Vale de Açores, Mortágua, 25/12/1881. Professor e historiador. Filiação: Maria Adelaide de Jesus, João Lopes de Oliveira. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra (1905), enveredou pela profissão docente, começando a lecionar em Viseu. Após a implantação da República, foi nomeado diretor da Escola Normal de Lisboa e professor no Liceu Passos Manuel, onde também foi reitor (1920). Republicano e maçom, pertenceu, até 1920, ao Partido Republicano Português, aderindo, em 1923, ao Partido Republicano Radical, do qual se tornou Presidente em 1925. Preso em janeiro de 1927 e levado para o Forte da Trafaria, por estar associado ao Partido Republicano Radical. Deportado para Cabo Verde, regressou no vapor "África" em 19/06/1927. No momento do desembarque, declarou ao jornal "O Século" que era «francamente contra as ditaduras, mas não defendo o regresso à anarquia política em que vivíamos», afastando-se da posição das pretensões dos «republicanos exilados em Paris». As suas considerações sobre o apoio do Partido Radical ao golpe do 28/05/1926 seriam cortadas pela censura. Aposentou-se em 1946 e faleceu na Parede em 03/08/1971.] 
[alterado em 25/06/2024]
[alterado em 26/06/2024]

01984. Mário Marrecas Ferreira Pimentel [1927]

[Capitão de Infantaria 10. Participou ativamente na revolução de 3 de fevereiro de 1927, no Porto, ficando detido na Casa de Reclusão até ser transferido para Lisboa no "Infante de Sagres". Continuou a combater a Ditadura Militar, sendo vigiado quando em liberdade. Incluído na lista dos 33 nomes afastados de todo o serviço público ao abrigo do Decreto-Lei N.º 25317, de 13 de maio de 1935, o qual «manda aposentar, reformar ou demitir os funcionários ou empregados, civis ou militares, que tenham revelado ou revelem espírito de oposição aos princípios fundamentais da Constituição Política ou não deem garantia de cooperar na realização dos fins superiores do Estado».]

01985. Manuel Joaquim Oliveira [1927]

[Capitão farmacêutico. Participou ativamente na revolução de 3 de fevereiro de 1927, no Porto, ficando detido na Casa de Reclusão até ser transferido para Lisboa no "Infante de Sagres". Posteriormente, quando trabalhava na Farmácia Barreto, na Rua do Loreto, estava conotado com a Oposição e apoiou o general Humberto Delgado na campanha presidencial de 1958.]

01986. António José da Costa Cunhal [1927]

[Tenente do Exército – Batalhão de Metralhadoras 2. Quando alferes do Batalhão de Infantaria 35, integrou o 1.º Corpo Expedicionário Português. Participou na Revolta de Fevereiro de 1927, no Porto, e ficou detido na Casa de Reclusão até ser transferido para Lisboa no "Infante de Sagres". Continuou na carreira militar.]

01987. José Bonifácio da Costa [1927]

[Delegado do Ministério Público em Miranda do douro e Presidente da Comissão Administrativa da Câmara de Mesão Frio. Acusado de estar envolvido na Revolta de Fevereiro de 1927, no Porto, ficou preso na Casa de Reclusão até ser transferido para Lisboa no "Infante de Sagres".]

01988. Nicolau Pereira Gouveia [1927]

[Secretário da administração do concelho de Murça. Acusado de estar envolvido na Revolta de Fevereiro de 1927, no Porto, ficou preso na Casa de Reclusão até ser transferido para Lisboa no "Infante de Sagres".]

01989. Bernardo António Barros [1927]

[Salgueiral - Régua. Acusado de estar envolvido na Revolta de Fevereiro de 1927, no Porto, ficou preso na Casa de Reclusão até ser transferido para Lisboa no "Infante de Sagres".]

01990. António da Silva Correia [1927]

[Solicitador na Régua. Acusado de estar envolvido na Revolta de Fevereiro de 1927, no Porto, ficou preso na Casa de Reclusão até ser transferido para Lisboa no "Infante de Sagres".]

[João Esteves]

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