* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CDXLVIII *
02342. António Maria Carneiro Franco [1927, 1931]
[António Maria Carneiro Franco || Outubro de 1917 || Trincheiras na Flandres]
[António Maria Carneiro Franco.
Figueira de Castelo Rodrigo, 22/10/1895. Tenente. Filiação: Lucinda Augusta Rodrigues (19/05/1866 - 13/03/1933), António Maria Carneiro Franco (04/03/1860 - 03/12/1923). Irmão de: Ernesto Carneiro Franco (07/11/1886 - 1965], de Ivandro César Carneiro Franco (1889 - 1889), Albano Carneiro Franco (n. 11/12/1892), César Carneiro Franco (n. 14/04/1898], José Luís Carneiro Franco (14/09/1900 - 19/03/1969), Aníbal Carneiro Franco (n. 20/02/1903), Virgínia Maria Carneiro Franco (11/01/1905 - 29/07/1935), Amílcar Rodrigues Carneiro Franco (n. 12/03/1909). Teve uma filha do primeiro casamento, Maria Helena, falecida aquando do segundo parto, a 22/10/1946, no dia do aniversário natalício do pai e no mesmo ano do desaparecimento deste. Casou, em segundas núpcias, com Maria Rodrigues [Franco], nascida a 29/05/1909 em S. Pedro do Sul, tendo tido mais duas filhas: Virgínia Maria Rodrigues Carneiro Franco (n. 10/04/1938) e Belmira Maria Rodrigues Carneiro Franco (n. 01/09/1941), naturais de Castro Daire e que emigraram para o Brasil, juntamente com a mãe, em 1958. Integrou, em 1917-1918, o Corpo Expedicionário Português, tendo embarcado em 14/04/1917.
No mesmo período, fez parte do Batalhão de Infantaria 23.
Recebeu, em 04/10/1918, um louvor "Pelo notável zelo e distinta inteligência com que durante o seu comando exerceu os cargos que lhe estiveram confiados."
Recebeu, em 02/01/1919, novo louvor "Porque em todo o serviço nas linhas deu sempre provas de um excelente moral e exemplar dedicação e boa vontade. Mostrou sempre um inalterável bom humor mesmo nas circunstâncias mais críticas." O terceiro louvor data de 16/05/1919: "Pelo muito interesse, dedicação e lealdade com que tem desempenhado o cargo que lhe está confiado."
[PT AHM-DIV-1-35A-1-02-0454_m0027]
Combateu, tal como os irmãos e outros familiares, a Ditadura Militar, tendo participado no movimento revolucionário de fevereiro de 1927. Estaria, então, na Figueira da Foz, onde foi visto a dar ordens no dia 3. Seria preso e deportado para Malanje (Angola).
[António Maria Carneiro Franco || Malanje, 01/07/1927]
[António Maria Carneiro Franco || Malanje, 22/10/1927]
Fotografia tirada em 24 de Dezembro de 1927 em Malanje (Angola), pertencente ao espólio de Manuel da Piedade e publicada pelo neto, Manuel Mesquita, em Antifascistas da Resistência || Em primeiro plano, da esquerda para a direita: 4.º - capitão DJALME de AZEVEDO, Caçadores 9; 5.º - comandante AGATÃO LANÇA, Armada; 9.º - alferes António CARNEIRO FRANCO; 10.º - Dr. RAFAEL SAMPAIO, Infantaria 2; na segunda fila, o 6.º, envergando uniforme militar, MANUEL DA PIEDADE]
Apresentou-se, em 19/12/1929, no Ministério do Interior. Preso em agosto de 1931, ficando em reclusão temporária no Forte de S. Julião da Barra. Ter-lhe-á sido fixada residência obrigatória em Castro Daire, onde conheceu a segunda esposa.
Faleceu em 26/05/1946, com 50 anos de idade.]
[João Esteves]
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