[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

sábado, 3 de maio de 2025

[3604.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CDLII

PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CDLII * 

02346. João Maria Teixeira de Carvalho [1927]

[João Maria Teixeira de Carvalho.
Capitão da GNR. Integrou, como tenente da GNR, o 1.º Corpo Expedicionário Português: embarcou em 06/09/1917. Comandante da GNR em Setúbal, foi acusado de ter participado no movimento revolucionário de fevereiro de 1927. Entrou, como preso político, na Penitenciária de Lisboa em 17/03/1927. Terá sido demitido do Exército.]

02347. Alfredo José Barroso [1927, 1928, 1933]

[Alfredo José Barroso]

[Alfredo José Barroso.
Alvor - Portimão, 15/04/1887. Tenente de Infantaria. Filiação: Maria de Jesus Barroso, José Barroso de Sousa. Residência: Setúbal. Assentou praça em 16/12/1906 e seguiu a carreira militar: 1.º cabo (1907), 2.º sargento (1909), 1.º sargento (1913), sargento - ajudante (1916), alferes (1917), tenente (1921), capitão. A viver há pouco meses em Setúbal, interveio ativamente na preparação e eclosão do movimento revolucionário de fevereiro de 1927. Preso em 11/02/1927, em sua casa, foi levado para o Regimento de Infantaria 11 e interrogado. Levado, em 17/03/1927,  de Setúbal para a Cadeia Nacional. Julgado pelo TME em 23/09/1927, acusado de "rebelião", julgou, por unanimidade, improcedente e não provada a acusação. Por estar envolvido no movimento revolucionário de 20/07/1928, foi preso em 22/07/1928, "por ter ligações com os revoltosos de Setúbal", embora não houvesse documentação contra ele, e entregue ao Ministério da Guerra em 15/08/1928. Enviado, sob prisão, ao Quartel General do Governo Militar de Lisboa, ficando à ordem da Polícia de Informações do Ministério do Interior. Esteve, então, detido 41 dias no Forte de S. Julião da Barra. Apesar de libertado, alguns dias depois, em setembro de 1928, foi-lhe fixada obrigatória em Almeida e, em dezembro, recebeu autorização do ministro da Guerra para passar para Setúbal. Em janeiro de 1931, quando estava com residência obrigatória em Palmela, requereu a sua transferência para Setúbal, o que foi desaconselhado pela Seção de Defesa Política e Social. Tornou-se maçom em 1932. A PVDE solicitou ao Ministério da Guerra, em 27/10/1933, a sua detenção imediata, ficando â ordem daquela polícia. Levado para a Casa de Reclusão da Trafaria, acusado de fazer parte do comité revolucionário civil de Setúbal. Deportado, em 19/11/1933, para Angra do Heroísmo - Açores. Autorizado a regressar, apresentou-se em 11/09/1934 e foi-lhe fixada residência em Vila do Bispo, a qual passou, em 19/10/1934, para Montes de Alvor e, em 07/01/1935, para Setúbal. Colocado, em junho de 1935, em Abrantes e, em março de 1936, em Lisboa, no Cofre de Previdência dos Oficiais Metropolitanos. continuou a participar em atividades da Oposição. Apoiou, em 1949, a candidatura de Norton de Matos à Presidência da República e, em julho de 1951, a de Quintão Meireles. Subscreveu, em 11/11/1960, o documento dirigido ao Presidente da República, onde se contestava a continuação em exercício do Presidente do Conselho. Foi um dos 118 subscritores do documento dirigido, em 08/11/1966, ao Presidente da República, no qual se exigia a demissão do Presidente de Conselho, a dissolução da Assembleia Nacional e a nomeação de um governo de transição. Faleceu em 14/01/1970. Pai de Maria de Jesus Simões Barroso Soares.]

[João Esteves]

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