[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

sexta-feira, 2 de maio de 2025

[3601.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CDXLIX

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CDXLIX *

02343. Carlos Guedes Leal [1928, 1932, 1932, 1935, 1936, 1937]

[Carlos Guedes Leal ||F. 24/02/1932 (Porto) || ANTT || RGP/983 || PT-TT-PIDE-E-010-5-983]

[Carlos Guedes Leal.
Porto (Cedofeita), 08/07/1893. Tipógrafo. Filiação: Jerónima Pereira, José da Silva Leal. Casado. Residência: Lugar do Monte -  Valbom, Gondomar. Integrou a Federação Maximalista Portuguesa e, em 1921, foi o editor de Hinos Revolucionários, de Luís Oliveira Guimarães, contendo “A Internacional”, “A Batalha” e “Libertário”. Preso em 16/03/1928, por ser “conivente na impressão de manifestos clandestinos” e ter coadjuvado Ilídio dos Santos e Júlio de Almeida Soares na composição de um manifesto da “Loja de Paris”, intitulado “Ao País – A Ditadura no banco dos réus”. Libertado no dia seguinte. Preso em 25/01/1932, “por ter ideias avançadas”, acompanhar um grupo armado de civis aquando do movimento revolucionário de 3 de fevereiro de 1927 e ser portador do panfleto “Grito dos Estudantes do Porto”, dirigido aos estudantes e soldados de Portugal. Libertado em 26 de março, voltou a ser detido em 28/03/1932, acusado de “andar a provocar tumultos e a fazer alusões desprestigiosas” para a polícia política, ficando encarcerado até 26/04/1932. Preso em 09/05/1935, “para averiguações”, acusado de fazer reuniões políticas em sua casa e noutros locais, para além de propaganda antirreligiosa. Libertado em 27/06/1935. Preso em 11/10/1936, “para averiguações”, e libertado dois dias depois. Preso pela Delegação do Porto da PVDE em 04/11/1937, “por ser possuidor de armas de guerra” e de “diversos jornais clandestinos de propaganda subversiva”. Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 06/07/1938 e condenado a oito anos de degredo, seria transferido, em 25/09/1938, da Delegação do Porto para Caxias, onde entrou no dia seguinte. Interpôs recurso, mas sem sucesso, já que o TME, de 11/03/1939, confirmou a sentença anterior. Seguiu, em 01/04/1939, para o Tarrafal. Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18/10/1945, regressou a Lisboa, no vapor “Guiné”, em 01/02/1946, saindo em liberdade.]



[ANTT || PT-TT-PIDE-001-00004]

[João Esteves]

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