[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

[2690.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CXLIII] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CXLIII * 

01037. Joaquim Augusto Sim-Sim [1932]

[Viana do Alentejo, c. 1891, fabricante de chocalhos. Filiação: Francisca Rita Penetra, António Maria Sim-Sim. Solteiro. Residência: Rua da Esperança: Alcáçovas. Com ligações ao Partido Democrático, terá pertencido à GNR, combateu Sidónio Pais e esteve preso no Forte da Graça, em Elvas, juntamente com Afonso Costa. Quando libertado, foi trabalhar para Estremoz e Portalegre, por ter dois irmãos aí estabelecidos e que se dedicavam ao fabrico de chocalhos. Emigrou para Espanha, Alconchel, tendo regressado para Estremoz e Évora em 1931 e participado na conspiração do tenente Assis, da GNR, dos sargentos Malarranha e Eglantino Dias e do primo Benjamim da Conceição Sim-Sim que, por isso, foi deportado. Preso e entregue pela PSP de Évora em 20/08/1932 por, em Junho, ser o autor do atentado contra Joaquim da Mota Capitão, tendo ferido, por engano, Amílcar Fernandes, gerente da filial do Banco Nacional Ultramarino em Évora. Recolheu ao Aljube e entregue, em 14/09/1932, ao Juiz da Comarca de Évora, para ser julgado por crime homicídio voluntário.]

01038. Augusto Alves Leal [1928, 1932]

["O Leal Esquinaleiro". Campelo - Figueiró dos Vinhos, c. 1882, industrial de campainhas. Filiação: Maria Cecília Leal, Francisco Simões Alves Leal. Casado. Residência: Rua de Avis, 19 - Évora. Considerado como sendo da "Esquerda Democrática". Preso em 27/04/1928, "por suspeita de organizar um movimento revolucionário"; libertado em 02/05/1928 (Processo 3672). Terá participado nos acontecimentos de Évora em Dezembro de 1931, tendo, desde então, andado fugido. Preso e entregue pela PSP de Évora em 20/08/1932 por, em Junho, estar envolvido, juntamente com Joaquim Augusto Sim-Sim, no atentado contra Joaquim da Mota Capitão, tendo sido ferido, por engano, Amílcar Fernandes, gerente da filial do Banco Nacional Ultramarino em Évora. Recolheu ao Aljube e libertado em 10/09/1932 (Processo 496), tendo o seu processo sido enviado à Comarca de Évora em 14/09/1932, para aí ser julgado juntamente com Joaquim Augusto Sim-Sim.]

01039. José Maria Mirador [1932]

[Arraiolos, c. 1879, carpinteiro de carros e serralheiro. Filiação: Ana de Jesus, José Maria Mirador. Viúvo. Considerado anarquista. Preso e entregue pela PSP de Évora em 20/08/1932 por, em Junho, estar envolvido, juntamente com Augusto Alves LealJoaquim Augusto Sim-Sim, no atentado contra Joaquim da Mota Capitão, tendo sido ferido, por engano, Amílcar Fernandes, gerente da filial do Banco Nacional Ultramarino em Évora. Recolheu ao Aljube e libertado em 10/09/1932 (Processo 496), tendo o seu processo sido enviado à Comarca de Évora em 14/09/1932, para aí ser julgado juntamente com Joaquim Augusto Sim-Sim.] 

01040. Mateus Lopes Ferreira [1932]

["O Galego". Carrazeda de Ansiães, c. 1871, trabalhador. Filiação: Luísa Ferreira, José Lopes. Solteiro. Residência: Rua Pedro Colaço, 15 - Évora. Antigo soldado, trabalhava como criado no escritório de J. O. Fernandes, considerado maçon e reviralhista. Preso e entregue pela PSP de Évora em 20/08/1932 acusado de, em Junho, ter estado envolvido, juntamente com Estêvao Chora e Joaquim Augusto Sim-Sim, no atentado contra Joaquim da Mota Capitão, tendo sido ferido, por engano, Amílcar Fernandes, gerente da filial do Banco Nacional Ultramarino em Évora. Recolheu ao Aljube e libertado em 10/09/1932 (Processo 496), tendo o seu processo sido enviado à Comarca de Évora em 14/09/1932, para aí ser julgado juntamente com Joaquim Augusto Sim-Sim.]

01041. Joaquim Alves [1932]

["O Barão". Figueiró dos Vinhos, c. 1894, calceteiro. Filiação: Maria da Silva, Joaquim Alves. Solteiro. residência: Rua do Carro, 42-A - Évora. Apontado como tendo grande influência no meio operário da construção civil de Évora, andava desde Dezembro de 1931 fugido, devido a acontecimentos naquela cidade, e teria os seus companheiros presos em Peniche ou deportados em África. Preso e entregue pela PSP de Évora em 20/08/1932 acusado de, em Junho, ter estado envolvido, juntamente com Joaquim Augusto Sim-Sim, no atentado contra Joaquim da Mota Capitão, tendo sido ferido, por engano, Amílcar Fernandes, gerente da filial do Banco Nacional Ultramarino em Évora. Recolheu ao Aljube e, provavelmente, libertado em 10/09/1932 (Processo 496), tendo o seu processo sido enviado à Comarca de Évora em 14/09/1932, para aí ser julgado juntamente com Joaquim Augusto Sim-Sim.]

01042. Guilhermino Eduardo Vieira de Barros [1931, 1932]

[Guilhermino Eduardo Vieira de Barros || F. 08/06/1932 || || ANTT || PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Fotografia cedida pelo ANTT"]

[Porto, c. 1907, empregado do comércio. Filiação: Júlia Angélica Augusta Vieira, Guilhermino Almeida Barros. Solteiro. Residência: Rua da Assunção, 88 - Lisboa. Preso em 08/01/1931, "por pretender contrariar a ação desta Polícia denunciando a presença dos agentes nas imediações de uma casa onde se encontrava um conspirador, cuja captura tinha sido ordenada"; libertado em 15/01/1931 (Processo 4760). Preso em 19/04/1932, acusado de ser agente de ligação de Custódio Maldonado de Freitas "para fins conspiratórios e revolucionários", recebendo e entregando correspondência de Almeida dos Cimentos, capitão João Lopes Soares e Mário Travassos Mendonça Santos, para além de estabelecer contactos com os ex-tenentes Andrade e Mendonça e assegurar uma reunião onde compareceram João Lopes Soares, Maldonado de Freitas, Sarmento de Beires e capitão Vilhena. Por parecer do Diretor Geral da Segurança Pública,  e concordância do Ministro do Interior, foi condenado a 4 meses de prisão, tendo sido libertado em 20/08/1932 (Processo 395).]

[João Esteves]

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