* ASSOCIAÇÃO FRATERNIDADE OPERÁRIA *
1872
NOS 150 ANOS DA ASSOCIAÇÃO FRATERNIDADE OPERÁRIA
Criada em Janeiro de 1872, englobou numerosas associações de classe, quer em Lisboa, quer no Porto, dinamizando um conjunto relevante de greves naquele mesmo ano e em 1873.
Segue a transcrição possível de um texto retirado do Diário de Notícias de 22 de Setembro de 1872, recolhido há 40 anos quando fazia investigação nesta área e agora reencontrado entre a papelada.
«Sociedades de Resistência
A Associação Fraternidade Operária, diz a correspondência do Comércio do Porto, conta cerca de 7000 operários. Estão nela representadas 43 classes, das quais as mais importantes são de:
- tabacos, 960 homens e 680 mulheres;
- serralheiros, 400;
- calafates, 340;
- carpinteiros navais, 300;
- tecelões, 280 homens e 260 mulheres;
- ferreiros, 160;
- fundidores, 120;
- torneiros, 100;
- trabalhadores, 250;
- sapateiros, 200;
- tipógrafos, 150;
- carpinteiros, 120;
- marceneiros, 160;
- encadernadores, 40;
- marinheiros, 90;
- serradores, 50;
- pedreiros, 100;
- canteiros, 180;
- caldeireiros, 90;
- barbeiros, 80;
- costureiras, 40;
- alfaiates, 60.
Cada associação paga 130 reis por mês. As greves são discutidas pelas 43 classes. Há mais as seguintes classes de resistência em Lisboa:
- associação fraternal das classes trabalhadoras, a Santa Clara, diz ainda a correspondência, com mais de 3000 associados;
- Fraternidade Almadense com 300;
- Fraternidade do Seixal com 200;
- Fraternidade, a Santa Isabel, com 180;
- Fraternidade Agrícola, ao Poço do Bispo, com 200;
- associação protectora do trabalho nacional com 360.»
[Diário de Notícias, 22/09/1872, p. 1, cols. 2-3]
[João Esteves]
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