* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CLXXXIII *
01190. José Vicente da Silva Costa [1932]
[Beja, c. 1897, sapateiro - Beja. Filiação: Ana das Dores e Vicente da Silva Costa. Casado. Residência: Beja. Preso pela PSP de Beja em 13/06/1932, "por se encontrar na via pública com uma faca na mão, ameaçando as pessoas que passavam": "por se tratar de um elemento indesejável, com largo cadastro", foi enviado à Direção Geral de Segurança Pública. Entregue, em 19 de julho de 1932, à Polícia Política a fim ser transferido para a Penitenciária de Lisboa e ali aguardar o embarque para a Ilha Terceira, "onde lhe foi fixada a residência como indesejável". Segundo informação de 03/09/1932, o facultativo daquela cadeia considerou urgente a sua transferência para um manicómio, tendo, em 31/10/1932, dado entrada no Miguel Bombarda. Considerado "extremista" e "preso social", aí faleceu em 2 de Setembro de 1943, estando à ordem da Seção Política e Social da PVDE.]
01191. Cândido Augusto Vergueiro [1927, ]
[Bragança, c. 1893, comerciante - Porto. Filiação: Maria da Assunção Vaz e Inácio Augusto Vergueiro. Solteiro. Residência: Rua do Sol, 7 - Porto. Quando bombeiro municipal, participou ativamente na revolução de 3 de Fevereiro de 1927, no Porto, tendo estado preso na Casa de Reclusão. Libertado, esteve envolvido no movimento de 20/07/1928, residindo, então, na Rua da Lapa - Porto: conseguiu fugir, tendo sido encontradas bombas por si fabricadas na sua residência. Abrangido pelo Decreto 16002, de 4 de outubro de 1928, que estipulava a possibilidade de colocação nas colónias e reintegração nos quadros ou serviços a que pertenciam magistrados e funcionários civis e militares que tomaram parte no movimento de Fevereiro de 1927, e bem assim aqueles a quem pelo Governo tenha sido fixada residência nas ilhas adjacentes ou nas colónias por motivos de natureza política, a partir de 28 de Maio de 1926 até 15 de Julho de 1928. Vigiado, em 22/02/1930 era dada a informação de que "é radical" e "elemento pernicioso como agitador". Em 12/08/1930, o informador reportava que ele e o irmão eram "bombistas perigosos e agitadores profissionais, estando presentemente a atuar em aliciamentos, transporte e fabrico de bombas", tendo integrado o grupo civil revolucionário chefiado por António Mendes Barbosa, deportado na Guiné, e o grupo civil chefiado pelo alferes reformado Joaquim Castro. Preso no Porto em 07/09/1932, "por estar envolvido em manejos revolucionários e fabrico de bombas" e manter ligações revolucionárias com Camilo Cortesão e Policarpo Ferreira. Em 21/10/192, por parecer do Diretor Geral da Segurança Pública e despacho do Ministro do Interior, foi-lhe fixada residência obrigatória em Cabo Verde. Transferido, em 01/11/1932, para o Aljube de Lisboa, a fim de aguardar a deportação. Libertado em 08/12/1932, por ter sido abrangido pela amnistia de 5 de Dezembro de 1932.]
01192. Manuel Rodrigues [1932]
01193. José Maria Arriaga [1932]
[Libertado do Aljube em 03/11/1932.]
[João Esteves]
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