Casada com Francisco Félix Tavares Magro (1896-1946), natural de Arronches.
Juntamente
com Herculana de Carvalho e Maria Rodrigues Pato,
Flora Magro passou parte da vida a caminho das prisões políticas salazaristas e marcelistas,
onde estiveram, enquanto presos políticos, o filho José Alves Tavares Magro
(1920-1980), a nora Aida Magro (1918-2011) e o
genro Joaquim Pires Jorge (1907-1984), todos militantes ou dirigentes do
Partido Comunista.
Segundo Gina de Freitas, “é um exemplo de grande coragem, resistência física e
moral” em defesa das condições prisionais dos
familiares e tomou conta, juntamente com o filho João, das duas netas, filhas,
respectivamente, de José e Aida Magro e de Maria Helena Magro e
Pires Jorge.
[pp. 51-55]
Em 1974, com 78 anos, declarou, em entrevista a Gina de Freitas,
que “durante 23 anos andei sempre a caminhar para as cadeias” e, entre 1951 e
1974, “só tive três meses de férias”, já que, alternadamente ou em simultâneo,
chegaram a estar todos presos, à excepção da filha Helena, que entrou para a
clandestinidade em 1945 e aí morreu em 1956, “no termo de uma gravidez muito
difícil” [M. Tengarrinha], sem mais voltar a vê-la e só sabendo do
triste desenlace três meses depois.
Deslocou-se constantemente à Rua António Maria
Cardoso, sede da PIDE, ao Aljube, a Caxias e ao
Forte de Peniche, já que o filho esteve 21 anos preso, a nora seis e o genro,
quando o conheceu, dez.
[João Esteves]
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