* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || LXXXIX *
00695. José Gomes da Costa Lopes [1928, 1928]
[José Gomes da Costa Lopes || F. 10/11/1928 || ANTT || PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]
[Preso em 09/11/1928, "por ter tomado parte no movimento revolucionário de 20 de Julho, em Aldegalega - Alcochete"; libertado em 24/12/1928. Preso em 25/12/1928, "por, juntamente com outros indivíduos, andar numa camioneta, no Barreiro, dando gritos subversivos"; multado em 1000$00 e libertado em 28/12/1928.]
00696. José António David [1928, 1928, 1929, 1930]
[José António David || F. 22/09/1912 || ANTT || PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]
[Vila Nova de Foz Côa, 1891, funcionário público - Lisboa. Casado. Filiação: Raquel Augusta e Francisco Lopes David. Residência: Escadinhas do Monte, 4 ou Rua do Socorro, 30. Terá sido preso em Setembro de 1912, segundo a fotografia que consta dos Livros de Cadastrados (ANTT). Novamente preso durante a 1.ª República, em 11/08/1924, "por ser passageiro do automóvel N.º 4217, apreendido pela Polícia da Esquadra de Benfica"; libertado em 13/08/1924 (Processo 2391/PSE). Preso em 03/02/1928, "por ser o chefe dos chefes dos grupos civis", evadiu-se, em 8 de Abril, da Cadeia de Monsanto (Processo 3504). Preso em 04/06/1928, "por ordem superior" e deportado para a Guiné em 06/06/1928 (Processo 3728), de onde se terá evadido em 10/01/1929 (telegrama do Governo da Guiné ao Ministério do Interior). Embarcou, em 13/01/1929, no vapor "Amerique" com destino a França. Preso em 21/08/1929, "por se ter evadido da Guiné"; libertado em 24/12/1929 (Processo 4386). Preso em 08/08/1930, "por estar implicado no movimento revolucionário em preparação", "ter ligações revolucionárias com o ex-Tenente Quilhó e outros", como Marmelo e Silva, e ser "chefe dum grupo civil que havia de assaltar o Castelo de S. Jorge pela porta Martim Moniz". Embarcou para os Açores em 08/09/1930 (Processo 4676-A) e em, na sequência da Revolta das Ilhas, foi enviado para Cabo Verde, onde estava com residência fixada quando abrangido pela amnistia de 05/12/1932. De regresso ao Continente, apresentou-se em 16/01/1933 e ficou a residir na Rua do Socorro - 30.]
[alterado em 11/04/2023]
00697. José António Ivo [1928, 1928]
[José António Ivo || F. 29/05/1928 || ANTT || PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]
[Barquinha, 1891, ferroviário - Entroncamento. Filiação: Maria da Conceição Ivo e Manuel António Ivo. Evadiu-se, em 1928, do Quartel do Parque Automóvel Militar do Entroncamento, "onde estava preso como comprometido no caso das bombas apreendidas naquela localidade". Preso em 25/05/1928, em Coimbra, por se ter evadido daquele quartel do Entroncamento; libertado em 04/09/1928.]
00698. José António Simão [1928]
[1.º Sargento do Batalhão de Caçadores 10. Preso em 20/07/1928, "por ter tomado parte no movimento revolucionário deste dia", e "Deportado para o Campo de Concentração de Angola" (Ofício 3185 do Ministério da Guerra, de 24/08/1928). De regresso ao Continente, apresentou-se, em 11/03/1933, na Polícia, indo residir para Junça - Almeida.]
00699. José António Pagamim [1928]
[Preso em 08/08/1928, "por estar comprometido no movimento revolucionário de 20 de Julho, no Entroncamento"; libertado em 29/08/1928.]
00700. José António Rosa [1928, 1928, 1930, 1931]
[José António Rosa || F. 29/08/1928 || ANTT || PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]
["O Subalterno". Alter do Chão, 1893, comerciante com residência em Agualva - Cacém. Filiação: Joana Mantas Rosa e António Rosa. Preso em 25/08/1928, "acusado de ter andado na camioneta que conduziu os indivíduos que assaltaram a Fábrica de Barcarena"; libertado em 04/10/1928 (Processo 3993). Preso em 22/11/1928, acusado de "ser o autor do atentado planeado contra o Senhor Presidente da República"; libertado em 02/05/1929 (Processo 4108). Preso em 21/07/1930, "por estar implicado no movimento revolucionário em preparação, fazendo parte da organização revolucionária em Queluz" e ser o "chefe do grupo civil de Agualva"; libertado em 26/07/1930 (Processo 4640). Preso em 08/03/1931, "por ter ligações revolucionárias com Alfredo monteiro, Adelino Baptista e João António Pires, tendo guardado em sua casa três caixotes com bombas" (Processo 4822-A). Deportado para Timor em 27/06/1931, integrando a leva de presos políticos que, no dia seguinte, seguiu a bordo do navio Gil Eanes. Tal como os restantes deportados, desembarcou em Oecussi em 21/10/1931, ao fim de quatro meses de viagem, permanecendo naquele Campo de Concentração. Segundo Madalena Ceppas Salvação Barreto, na Dissertação de Mestrado Timor do século XX: deportações, colonialismo e interações culturais [Outubro de 2015, FCSH - UNL], após a libertação daquele Campo, e sem permissão para sair de Timor, José António Rosa ficou a residir em Oecussi enquanto marítimo e agricultor. Durante a ocupação japonesa, entre 1942 e 1945, ficou confinado ao campo de concentração em Liquiçá. Terminada a Guerra, e apesar de ter sido levantada a pena imposta aos deportados em Timor, entre os quais constava (ANTT, PT-TT-AOS-D-G-8-4-31), terá regressado no navio "Angola" que atracou em Lisboa em 15/02/1946.]
[João Esteves]
Sem comentários:
Enviar um comentário