* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CXLVIII *
01057. António Mário de Melo Pimentel da Fonseca [1932, 1933]
[Óbidos - Bombarral, c. 1908, professor primário. Filiação: Maria Elisa Fiorenzzola de Melo Pimentel, Mário Martins da Fonseca. Solteiro. Residência: Estrada da Correia, Quinta do Sarmento - Carnide. Preso em 24/08/1932, "por estar envolvido em organizações extremistas", integrando o Secretariado da Aliança Libertária de Lisboa. Detido no mesmo dia que Abílio Mendes de Almeida, António Francisco, Cesário dos Santos Nunes, Constantino Moreira Dias, Francisco Cardoso Pires, Francisco Cunha Vicente, Homero Virgílio de Azevedo Freitas Sampaio, Jaime de Oliveira e Castro, João Soares Miranda, José Nunes de Melo, Manuel de Almeida Santos e Virgílio Pereira Marques. Levado, incomunicável, para uma esquadra. Libertado do Aljube em 13/10/1932. Preso pela PSP de Lisboa e entregue em 20/03/1933, "por andar distribuindo manifestos clandestinos, de caráter anarquista". Julgado pelo TME em 19/05/1933, foi condenado na pena de prisão correcional de 18 meses, ou internamento em Colónia Penal Agrícola, à escolha do Governo, e perda dos direitos políticos por cinco anos. Transferido para o Aljube em 06/10/1933. Transferido, provavelmente para o Forte de S. Julião da Barra, em 11 ou 12/10/1933. Julgado pelo TME em 10/03/1934, no âmbito de outro processo que remontava a Setembro de 1932, aquando da sua primeira prisão, tendo sido considerado que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932. Transferido, em 17/08/1934, para a Fortaleza Militar de Peniche, de onde foi libertado em 07/10/1934, por ter concluído a pena aplicada pelo TME.]
[alterado em 30/11/2022]
[alterado em 21/05/2023]
[alterado em 22/03/2024]
[alterado em 23/03/2024]
01058. Jaime de Oliveira e Castro [1932]
[Torres Vedras, c. 1897, sapateiro - Lisboa. Filiação: Maria Alexandrina, Joaquim José de Oliveira e Castro. Casado. Residência: Escadinhas da Saúde, 10 - Lisboa. Em 31/08/1920, estava referenciado como pertencendo às Juventudes Sindicalistas, sendo o associado Nº 305. Preso em 12/05/1923 e em 25/06/1925, neste caso na sede das Juventudes Sindicalistas. Preso em 24/08/1932, por ser o filiado 18 da Aliança Libertária de Lisboa, "desempenhando o cargo de Secretário da Comissão de Estatística no Secretariado da mesma Aliança, onde represente o grupo de Campo de Ourique" (Processo 507/SPS); levado, incomunicável, para uma esquadra. Foram presos no mesmo dia Abílio Mendes de Almeida, António de Melo Pimenta, António Francisco, Cesário dos Santos Nunes, Constantino Moreira Dias, Francisco Cardoso Pires, Francisco Cunha Vicente, Homero Virgílio de Azevedo Freitas Sampaio, João Soares de Miranda, José Nunes de Melo, Manuel de Almeida Santos e Virgílio Pereira Marques. Libertado do Aljube em 13/10/1932, tendo o processo sido enviado ao TME em 24/02/1933 e julgado em 10/03/1934: considerado abrangido pela amnistia de 05/12/1932 (Processo 15/933 do TME). Aderiu ao espiritismo, defendendo a sua compatibilidade com o anarquismo. Terá falecido em 1970.]
[alterado em 30/11/2022]
01059. Francisco Cunha Vicente [1932]
[Francisco Cunha Vicente || F. 08/09/1932 || ANTT || PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Fotografia cedida pelo ANTT"]
[Cartaxo, c. 1904, carpinteiro da Câmara Municipal de Lisboa. Secretário da Associação de Classe dos Operários do Município de Lisboa e integrava a Aliança Libertária de Lisboa. Preso em 24/08/1932, no mesmo dia que Abílio Mendes de Almeida, António de Melo Pimenta, António Francisco, Cesário dos Santos Nunes, Constantino Moreira Dias, Francisco Cardoso Pires, Homero Virgílio de Azevedo Freitas Sampaio, Jaime de Oliveira e Castro, João Soares Miranda, José Nunes de Melo, Manuel de Almeida Santos e Virgílio Pereira Marques. Levado, incomunicável, para uma esquadra; libertado em 07/09/1932. O nome também aparece como Francisco da Cunha Vicente.]
[alterado em 21/03/2022]
[João Esteves]
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