* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CLI *
01065. Artur José dos Santos [1932]
[Valença do Minho, c. 1899, caiador. Filiação: Maria da Soledade, Pedro José dos Santos. Casado. Residência: Urgeira - Valença. Pertencia ao Sindicato da Construção Civil de Valença, ao grupo anarquista "Progredior" e à Federação Anarquista Regional do Norte, sendo as ligações através de António Inácio Martins. Preso em 21/07/1932, no Porto, "por distribuir manifestos clandestinos de propaganda subversiva na madrugada do dia 29 de Maio". Em 11/08/1932, por proposta do Diretor-Geral da Segurança Pública e concordância do Ministro do Interior, foi determinado que lhe fosse fixada residência obrigatória em Cabo Verde (Processo 99/Porto). Seguiu para Lisboa em 27/08/1932, a fim de ser enviado para Cabo Verde; recolheu ao Aljube. Por despacho do Ministro do Interior, datado de 20/10/1932, a pena de deportação foi substituída por prisão, dada como expiada, devendo apresentar-se na Polícia do Porto para regularizar a sua situação. Libertado da Cadeia Penitenciária de Lisboa, onde aguardava a deportação, em 27/10/1932.]
01066. Benjamim Henriques Oliveira [1932, 1937, 1945]
[Benjamim Henriques Oliveira || F. 05/12/1945 || ANTT || RGP/7090 || PT-TT-PIDE-E-010-36-7090]
[Paranhos - Porto, 25/12/1902 ou 1903, carpinteiro / comerciante - Porto. Filiação: Maria Ferreira Oliveira, Bernardino Henriques Veiga Dantas. Casado. Residência: Travessa da Rua da Igreja, 60 - Porto. Preso no Porto, enviado para Lisboa em 27-28/08/1932 e levado para o Aljube. Em 20/10/1932, por Despacho do Ministro do Interior, a pena de deportação foi substituída por prisão, dada como já expiada, devendo apresentar-se na Polícia do Porto. Libertado da Penitenciária de Lisboa, onde aguardava deportação, em 27/10/1932 (Processo 99/Porto). Este processo envolvia, ainda, António Carlos de Linhares de Campos, Artur José dos Santos, Ilídio Pereira, José Inácio Martins, Mário Ferreira, Raul Zacarias e Riosilvio Ferreira. Preso em 09/06/1937, no Porto; libertado em 23/06/1937. Preso em 04/12/1945, no Porto; libertado em 05/12/1945.]
[alterado em 21/03/2023]
01067. José Inácio Martins [1932, 1937]
[Quintã, Rio Tinto - Gondomar, 30/03/1898, serralheiro na Companhia dos Caminhos-de-Ferro do Porto. Filiação: Maria Rosa de Jesus Moreira, Manuel Inácio Martins. Solteiro. Residência: Lugar da Quintã, 5 - Rio Tinto. Pertenceu às Juventudes Sindicalistas, era o secretário do Sindicato Único Metalúrgico e o secretário de atas da Câmara Sindical de Trabalho - Porto, para além de integrar a Federação Anarquista da Região Norte. Vigiado pela Polícia desde, pelo menos, Março de 1930, foi preso em 16/07/1932, no Porto, "por ser um elemento extremista": identificado como anarquista, recebia jornais que distribuía clandestinamente (Processo 99/Porto). Em 11/08/1932, por proposta do Diretor-Geral da Segurança Pública e concordância do Ministro do Interior, foi determinado que lhe fosse fixada residência obrigatória em Cabo Verde. Seguiu para Lisboa em 27/08/1932, a fim de ser enviado para Cabo Verde; recolheu ao Aljube. Por despacho do Ministro do Interior, datado de 20/10/1932, a pena de deportação foi substituída por prisão, dada como expiada, devendo apresentar-se na Polícia do Porto para regularizar a sua situação. Libertado da Cadeia Penitenciária de Lisboa, onde aguardava a deportação, em 27/10/1932. Este processo envolvia, ainda, António Carlos de Linhares de Campos, Artur José dos Santos, Ilídio Pereira, José Inácio Martins, Mário Ferreira, Raul Zacarias e Riosilvio Ferreira. Preso em 20/12/1937, no Porto, "para averiguações". Julgado pelo TME em 12/07/1938, foi condenado a quatro meses de prisão correcional, pena dada por expiada, e libertado em 13/07/1937.]
[alterado em 21/03/2023]
[João Esteves]
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