[3380.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCLXV

 * PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCLXV *

01565. Carlos Fidelino Freire da Costa [1930, 1933, 1934, 1936, 1945]

[Carlos Fidelino da Costa || ANTT || T-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903_m0021]

[Azeitão, 05/04/1892. Advogado, jornalista. Filiação: Maria Eulália Freire da Costa, Domingos José da Costa. Casado / Divorciado / Casado. Residência: Hotel Portugal / Rua Alexandre Braga, 12 - Lisboa. Vigiado desde finais de 1929, sendo registados os seus contactos. Preso em 29/03/1930, «por ter planeado o rapto do Senhor Ministro das Finanças para o que chegou a convidar diversos indivíduos», entre os quais Aníbal Vasconcelos, Jorge Alfaia Gouveia e Manuel Gonçalves da Silva. Foi ainda acusado de planear um atentado «contra o comboio que havia de conduzir o Senhor Presidente da República a Espanha», tendo adquirido uma bomba com o peso de 28 quilos. Deportado para Angra do Heroísmo em 08/05/1930 [Processo 4573]. Preso em 27/10/1933, «por manter ligações revolucionárias com o ex-capitão Larcher, que anda fugido à ação desta Polícia e de conspirar constantemente contra a atual Situação Política» [Processo 874]. Transferido, em 13/11/1933, da 26.ª esquadra para o Aljube. Libertado em 23-24/12/1933. Preso em 12/03/1934, «por andar divulgando o conteúdo de uma carta em que se fazer afirmações de caráter político, carta essa que lhe fora dirigida de Madrid» [Processo 89/934]. Libertado em 23/03/1934, tendo o processo sido arquivado. Terá ido para Espanha. Preso em 28 ou 29/08/1936, a bordo de um navio holandês chegado ao Tejo, vindo de Espanha, «de onde regressou forçadamente [...] por ter sido surpreendido em Madrid pelos acontecimentos revolucionários» [Processo 1135/36] Levado para a 20.ª esquadra e transferido, em 11/09/1936, para a 1.ª. Libertado em 02/11/1936, por ter requerido para se ausentar para o estrangeiro. Entregue pelas autoridade espanholas, foi preso no Posto de Beirã em 01/08/1945. Transferido para Lisboa em 02/08/1945, entrou no Aljube; libertado em 16/08/1945.]

[alterado em 19/04/2024]

[alterado em 24/05/2024]

01566. José Augusto Alves Ramos [1933, 1933]

[Porto, c. 1881. Negociante. Filiação: Margarida dos Anjos Pereira Ramos, José Augusto Alves Ramos. Solteiro. Residência: Rua dos Fanqueiros, 156 e R. Luciano Cordeiro, 32 - Lisboa. Preso em 08/03/1933, por ter havido uma denúncia que estaria implicado num projetado atentado contra o Presidente do Ministério [Processo 627]. Libertado em 09/03/1933, por falta de provas. Preso em 27/10/1933, «sob a acusação de manter ligações com vários elementos revolucionários», nomeadamente o capitão Sousa Larcher [Processo 819]. Transferido, em 07/11/1933, da 23.ª esquadra para o Aljube. Deportado por ordem do Governo para Angra do Heroísmo em 19/11/1933, regressou em 23/05/1934, indo residir para a Rua do Arco da Bandeira, 159.]

[alterado em 12/04/2024]

01567. António da Silva Pereira [1933]

[Vila Verde, c. 1913. Empregado de carpintaria. Filiação: Maria das Dores da Silva, José Joaquim Cardoso Pereira. Solteiro. Residência: Rua N.º 3, porta 11 - Campolide. Preso em 27/10/1933; libertado em 17/11/1933.]

01568. José da Silva Elvas [1933]

[Guarda, c. 1881. Proprietário. Filiação: Maria da Silva Elvas, José António de Araújo. Casado. Residência: Escalhão. Preso em 26/10/1933 pela Delegação do Porto, «por ter facilitado a fuga do foragido político Armando Cortesão para Espanha», através da fronteira de Escalhão, tendo-o ainda ocultado em sua casa [Processo 199/Porto]. Transferido para o Aljube local em 01/11/1933. Transferido do Aljube do Porto para Peniche em 19/11/1933, onde embarcou para Angra do Heroísmo, ficando preso na Fortaleza de S. João Batista. Libertado em 01/08/1934, quando ainda se encontrava nos Açores, por ter sido despronunciado pelo TME.] 

[alterado em 07/04/2024]

[alterado em 11/05/2024]

[João Esteves]