[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

[1719.] ANTÓNIO MARIA DE OLIVEIRA [I]

* ANTÓNIO MARIA DE OLIVEIRA || DEPORTADO PARA ANGRA DO HEROÍSMO *

Filho de Maria Nunes e de José de Oliveira, António Maria de Oliveira nasceu em Coimbra por volta de 1897, já que foi preso com 36 anos, em 1933.

Tipógrafo em Coimbra, foi detido por estar envolvido na impressão de alguns números do jornal republicano clandestino A Verdade na tipografia de Manuel Reis Gomes, situada na Rua da Sofia, 116 [Alberto Vilaça, "O jornal republicano clandestino A Verdade", Revista de História das Ideias, 23, 2002]. 


Tal como o tipógrafo António Borges Clemente, envolvido no mesmo processo, foi levado para o Aljube e, depois, para Peniche. 

Fez parte da leva de 143 presos políticos que, em 19 de Novembro de 1933, embarcou no vapor Quanza com destino à Fortaleza de São João Baptista, em Angra do Heroísmo, onde chegou a 22.

Julgado em 27 de Agosto de 1934, foi condenado a 430 dias de prisão e perda dos direitos políticos por cinco anos.

Libertado em 9 de Janeiro de 1935, já depois de ter concluído a pena.

[ANTT || RGP/11]

Na sequência deste mesmo processo envolvendo o jornal A Verdade, foram presos na mesma altura, entre outros: Manuel Reis Gomes, também ele deportado e vários anos encarcerado; João da Silva (escultor, cunhado de António Sérgio); António Maria Malva do Vale (médico); Neves Rodrigues; António Borges Clemente (tipógrafo); Henrique José Pereira de Matos (aprendiz); Manuel Pereira Júnior (servente); e os irmãos Jaime Gomes dos Santos, Mário Gomes dos Santos e José Gomes dos Santos (deportado para Angra do Heroísmo, voltaria a suceder o mesmo anos depois). 

Fontes: ANTT, RGP/11; Alberto Vilaça, "O jornal republicano clandestino A Verdade", Revista de História das Ideias, 23, 2002; Alberto Vilaça, Resistências Culturais e Políticas nos Primórdios do Salazarismo, Campo das Letras, 2003.

[João Esteves]

Sem comentários: