* EXPOSIÇÃO OUTROS OLHARES SOBRE A GRANDE GUERRA || CICLO DE CONFERÊNCIAS *
* O PAPEL DA MULHER NA GRANDE GUERRA || 19 DE JANEIRO DE 2018 || 18H30 || CELEIRO PATRIARCAL (VFX) *
"A GUERRA, A NEUTRALIZAÇÃO DOS FEMINISMOS REIVINDICATIVOS E O TRIUNFO DO FEMINISMO NACIONALISTA OU O DECLÍNIO DOS FEMINISMOS DA 1.ª VAGA"
Embora o feminismo nacionalista tenha servido para valorizar a importância social e económica das mulheres em tempos de crise, também contribuiu para atenuar o papel das organizações feministas como grupo de pressão, esvaziando-as num contexto de unidade nacional em que a “Pátria” se sobrepunha a todas as possíveis reivindicações.
De certa forma, aquele consubstanciava o triunfo momentâneo das ideias hegemónicas de Ana de Castro Osório em relação às restantes feministas, não mais voltando a destacar-se enquanto líder feminista, visível na sua não participação nos eventos da década de 20.
Só que, ao contrário do próprio discurso histórico e político, a Guerra acabou por não contribuir de forma (tão) expressiva para a emancipação da mulher.
O que se impôs foi o regresso ao lar, ainda que em novos moldes, ficando a memória dos heróis e dos mortos... masculinos: “O final da guerra mostrará quão frágeis foram as suas conquistas, quão conservadora é a guerra em matéria de relação entre os sexos e até que ponto se pôde fazer regressar as mulheres ao lar e às tarefas do seu sexo”.
Portugal não constituiu, nem podia constituir, excepção!
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