* ANTONINO FRANCISCO || DEPORTADO PARA ANGRA DO HEROÍSMO E TARRAFAL *
Carpinteiro, Antonino Francisco esteve, pelo menos oito anos preso, passando pelo Aljube, Caxias, Peniche, Fortaleza de Angra do Heroísmo e Tarrafal.
[Antonino Francisco - 1933 || ANTT || RGP/9]
Filho de Maria dos Prazeres e de Nicolau Francisco, Antonino Francisco era natural de Ervidel da Beira.
Integrou, em 19 de Novembro de 1933, a leva de 143 presos políticos que embarcou no vapor Quanza, fundeado a cerca de 500 metros da praia sul de Peniche, com destino à Fortaleza de São João Baptista, em Angra do Heroísmo, onde chegou a 22.
Regressou dos Açores um ano depois, em 9 de Novembro de 1934 e saiu em liberdade no dia seguinte.
Em 4 de Novembro de 1936, foi detido para averiguações e mantido, incomunicável, numa esquadra; depois, em 3 de Dezembro, passou para a 1.ª Esquadra e, finalmente, seguiu para o Aljube no dia 19.
Durante o primeiro semestre de 1937, andou entre o Aljube e a 1.ª Esquadra e, em 5 de Junho, seguiu para o Tarrafal, ali permanecendo entre 12 de Junho e 16 de Março de 1941.
Enviado para Caxias, aí permaneceu até ser julgado, em 19 de Julho, pelo Tribunal Militar Especial, tendo a pena de degredo sido substituída por dois anos de prisão correccional, dada por expirada com o tempo de prisão sofrida. No entanto não foi solto nesse dia, como indicava o mandado de soltura, continuando em prisão preventiva por decisão da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado.
Em 24 de Julho foi, pela última vez, transferido para Peniche e libertado em 25 de Dezembro de 1941.
[Fotografia de 27/03/1941 || ANTT || RGP/9]
O nome consta do Memorial de Homenagem aos Ex-Presos Políticos, inaugurado na Fortaleza de Peniche em 9 de Setembro de 2017.
Fonte: ANTT, RGP/9.
[João Esteves]
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