[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

sexta-feira, 10 de julho de 2020

[2388.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS - DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [L] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || L *

0465. António Augusto [1932]

[Celorico da Beira, 1909, serralheiro / operário no Arsenal da Marinha. Entregue pela Polícia Internacional Portuguesa à Polícia Especial do Ministério do Interior em 22/01/1932 (Processo 359-A), "por suspeita de estar envolvido em organizações avançadas" e integrar o Grupo de Defesa Sindical. Libertado do Aljube em 06/05/1932, juntamente com Cesário dos Santos, também serralheiro e com quem tinha sido preso].
[alterado em 03/12/2021]

00466. António Bandeira Cabrita [1928, 1931]

[António Bandeira Cabrita || Fotografia retirada do livro Algarvios pelo coração, Algarvios por nascimento, de Glória Marreiros]

[António Bandeira Cabrita.
Vila Real de Santo António, 20/06/1910. Estudante de Ciências - Lisboa. Filiação: Emiliana Bandeira Cabrita, António Casimiro Cabrita. Solteiro. Residência: Rua do Alecrim, 20 - Lisboa. O pai, republicano, era tesoureiro da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e detinha um estabelecimento comercial explorado pela esposa, tendo o casal tido quatro filhas e um filho. A estudar em Lisboa, onde concluiu o liceu e frequentava a universidade, desenvolveu relevante atividade política e conspirativa sempre que regressava, nas férias, à terra. Colaborou no semanário "Pequeno em Tudo", nomeadamente com artigos sobre a criança e o ensino, e deve-se ao seu empenho a congregação de todos os sindicatos locais num único - o Sindicato dos Trabalhadores de Terra e Mar de Vila Real de Santo António -, a cuja direção pertenceu, juntamente com António Vicente Campinas, seu conterrâneo nascido no mesmo ano. Preso em 24/07/1928, "por estar comprometido na explosão de bombas de Moncarapacho e no movimento revolucionário de 20" de Julho (Revolta do Castelo), e libertado em 27/08/1928. Militante e dirigente do Partido Comunista, seria  preso em 25/08/1931, quando tinha 21 anos, "por ser um perigoso agitador comunista" e estar envolvido na revolta contra a Ditadura Militar de 26 de agosto de 1931. Foi-lhe apreendida "grande quantidade de documentos" na sua residência e, deportado para Timor em 02/09/1931, foi desembarcado no pequeno enclave de Oécussi, um Campo de Concentração cercado por arame farpado e vigiado por sentinelas armadas de metralhadoras. Aluno de Ciências, terá trabalhado no Laboratório Químico-Biológico do Hospital Dr. Carvalho, em Lahane, Dili. Abrangido pela amnistia de 05/12/1932 e autorizado a regressar, seguiu para Macau "na situação de deportado político", de onde se ausentou em julho de 1934, "desconhecendo-se o destino que seguiu", alvitrando-se que terá seguido para a União Soviética através da China. Foi um dos primeiros portuguesas a alistar-se contra os revoltosos de Franco: promovido a tenente, terá morrido na batalha de Talavera de la Reina, travada em 3 de setembro de 1936. Tinha 26 anos. Por decisão da Comissão Administrativa de V. R. de S. António, em reunião de 12/06/1976, foi atribuído o seu nome a uma praceta.]
[alterado em 23/04/2025]

00467. António Banheiro Nunes Barros [1929]

[António Banheiro Nunes Barros.
Alter do Chão, c. 1903. 1.º cabo Telegrafista (de Infantaria 11?). Filiação: Angelina Banheiro, Domingos Nunes Barros. Solteiro. Preso em 14/04/1929, "por suspeita de estar comprometido na organização revolucionária de Infantaria 11". Libertado em 25/04/1929.]
[alterado em 04/04/2025]

[João Esteves]

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