[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

[2653.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CXXI] || 1926 - 1933

 * PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CXXI *

00915. Armando Porfírio Rodrigues [1929, 1932]

[Lisboa, c. 1868, funcionário público - Lisboa. Filiação: Felicidade Perpétua Augusta, Luís António Rodrigues. Casado. Residência: Rua do Guarda-Joias, 14 - Lisboa. Vigiado desde, pelo menos, Junho de 1929. Preso em 09/09/1929, "acusado de tencionar favorecer o assalto aos quarteis da Ajuda, com metralhadoras, e de ir buscar o dinamite existente na pedreira do Rio Seco"; libertado em 02/11/1929 (Processo 4407). Preso em 20/04/1932, "sob a acusação de manter relações de carácter revolucionário com o foragido político Raul Ciríaco da Cunha" e ter vários apontamentos em cifra, contendo, nomeadamente, esquadras onde se encontravam dois presos políticos (Processo 349). Por despacho do Ministro do Interior, datado de 22/06/1932, foi-lhe fixada residência obrigatória em Peniche, para onde seguiu preso em 03/07/1932. Em 15/07/1932, por despacho daquele Ministro, "exarado num requerimento que o epigrafado lhe dirigiu", foi-lhe agravada a pena com mais dois meses de prisão, devendo, depois, ser libertado.]

00916. Arlindo Augusto da Costa [1932]

["O Chico". Por despacho do Ministro do Interior, datado de 22/06/1932, foi-lhe fixada residência obrigatória em Peniche, para onde seguiu preso em 02-03/07/1932, juntamente Abraão Rodrigues Coimbra e Armando Porfírio Rodrigues.]

00917. Jaime Augusto Pinto [1932]

[Libertado do Aljube em 03/07/1932.]

00918. António Moreira Ramos [1928, 1929, 1931, 1932, 1935]

[Beja, c. 1899,ex-1.º sargento de Aeronáutica - Exército. Filiação: Carolina Augusta Ramos, António Baltazar Ramos. Casado. Residência: R. Alexandre Herculano, 34. Quando integrava a Esquadrilha 1 do Grupo de Esquadrilhas de Aviação República, foi preso por participar na revolta de 20/07/1928. Preso em 03/04/1929, "por estar comprometido na organização revolucionária e tendo ligações com elementos de Infantaria 17"; processo enviado ao Ministério da Guerra (Processo 4322). Preso em Beja e entregue em 24/02/1932, "por ter sido o compositor e impressor dos panfletos 'Carta Aberta à Mocidade Republicana e aos Velhos Republicanos', da autoria do estudante Zarco"; libertado em 05/05/1931, tendo-lhe sido fixada residência em Castro Verde (v. Processo 4812), de onde fugiu para Espanha e terá regressado, pouco tempo depois, à região do Alentejo. Preso em Beja e entregue em 08/03/1932, "sob a acusação de ser o agente de ligação entre os emigrados políticos que se encontram em Rosal de la Frontera (Espanha) e os elementos desafectos à actual Situação Política, de Beja". Por despacho do Ministro do Interior de 22/06/1932, foi-lhe fixada residência obrigatória em Peniche, para onde seguiu em 04/07/1932 (Processo 313); libertado em 09/12/1932, por ter sido abrangido pela amnistia de 05/12/1932. Preso em 21/06/1935, "para averiguações"; libertado no mesmo dia (Processo s/nº).]

00919. José Rodrigues [1930, 1932]

[Monção, c. 1897, Director do Cemitério de Agramonte - Porto. Filiação: Maria da Conceição, João Rodrigues. Casado. Residência: Colónia Dr. Manuel Laranjeira, 46 - Porto. Preso pela Polícia de Informações do Porto em 05/10/1930 e entregue em 06/10/1930, "por fazer parte dum grupo de manifestantes que, no dia 5 de Outubro, andou pelas ruas do Porto dando vivas subversivos e morras à actual Situação"; libertado em 17/10/1930 (Processo 4697-J). Preso no Porto em 25/01/1932, seguiu para Lisboa em 02/04/1932: acusado de ser detentor de bombas e relacionar-se com José Silva ("O Silva da Madeira") e Jorge Godinho, sendo através deste que procedeu à distribuição do panfleto "Manobras da Ditadura Portuguesa" (Processo 54/Porto). Por despacho do Ministro do Interior de 22/06/1932, foi-lhe fixada residência obrigatória em Peniche, para onde seguiu em 04/07/1932 (v. Processo 479). Deixou de estar sujeito a residência fixada em 09/12/1932, por ter sido abrangido pela amnistia de 5 de dezembro.]
[alterado em 05/12/1932]  

00920. Eugénio de Oliveira Ramos [1931, 1931]

["Cabo Diabo". Massarelos - Porto, c. 1885, ex-Subchefe da PSP do Porto. Filiação: Clementina Ramos, João José Ramos. Casado. Residência: Calçada Nova Sintra, 20 - Porto. Pelo seu comportamento político ainda durante a 1ª República, era já vigiado pela Polícia de Segurança do Estado. Apoiou a revolta de Fevereiro de 1927 e esteve envolvido nos preparativos do movimento que eclodiu em 20/07/1928, tendo conspirado com Amílcar Roque, sapateiro, Carlos alberto Coque, professor, e o ex-tenente Manuel António CorreiaPreso no Porto em 10/04/1931, "por estar envolvido em manejos conspiratórios". Fora já afastado da PSP do Porto, "por não merecer confiança à actual situação" e, antes de ser reformado, transferido para a PSP de Faro, "em virtude de ter feito parte da manifestação política quando o funeral de Fernandes de Almeida" (v. Processo 65/Porto); libertado em 29/06/1931. Preso no Porto em 26/08/1931, por se reunir com elementos revolucionário, e enviado para Lisboa em 14/08/1932. Por despacho do Ministro do Interior de 22/06/1932, foi-lhe fixada residência obrigatória em Peniche, para onde seguiu em 05/07/1932. Libertado em 09/12/1932, por estar abrangido pela amnistia do dia 5.]
[alterado em 04/04/2023]

00921. José da Costa Mendes [1932]

[1º cabo de Caçadores 5. Provavelmente, acusado de integrar uma célula comunista na Unidade, juntamente com o 1º cabo José da Costa Mendes, influenciado por Henrique Virgílio de Azevedo, considerado "o chefe da organização militar comunista(v. Processo 476). Por  ter sido eliminado dos Quadros do Exército, voltou a ser entregue à Secção Política e Social em 06/07/1932. Libertado do Aljube em 13/08/1932, juntamente com Alfredo Pinto Antunes Brás.]
[alterado em 08/01/2022]

00922. Joaquim Martins Crespo [1932]

[Libertado em 06/07/1932.]

00923. Joaquim Alcobia [1932]

[Libertado em 06/07/1932.]

[João Esteves]

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