* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CLXI *
01103. Júlio dos Santos Pinto [1932]
[Rio Seco - Ajuda, Lisboa, c. 1912, caldeireiro. Filiação: Ernestina da Conceição, Luís António Pinto. Solteiro. Residência: Calçada da Tapada - Lisboa. Preso em 06/09/1932, por fazer parte das Juventudes Comunistas Portuguesas, sendo o filiado 400 da Célula 40 do Comité de Zona Nº 4, que integrava e passou a representar no Comité Regional de Lisboa com a prisão de Bernard Freund. Na sequência da conferência regional das Juventudes Comunistas realizada na Costa da Caparica, passou a integrar o Secretariado Político das Juventudes Comunistas, juntamente com Álvaro Duque da Fonseca, Carolina Loff da Fonseca, Francisco Paula de Oliveira, Silvino Leitão Fernandes Costa e Virgínio de Jesus Luís. Mantinha, ainda, ligações partidárias com Abílio Salgado e Manuel Francisco Roque Júnior. Integrava, também, a Direção do Sindicato Único das Classes Metalúrgicas e o seu Grupo de Defesa Sindical. Participou ativamente nas atividades comemorativas da 18ª Jornada Internacional das Juventudes Comunistas, realizadas na madrugada de 4 de Setembro de 1932: executou pinturas, afixou nas paredes o jornal O Jovem e hasteou a bandeira comunista nos fios telefónicos em Santo Amaro / Alcântara. À tarde, assistiu ao início da manifestação e comício relâmpago realizado em Alcântara e que teve a participação de Francisco Paula de Oliveira, enquanto orador, estando presentes, entre outros, Domingos dos Santos - "O Calabrez", Manuel dos Santos e Pedro Batista da Rocha: gritou-se vivas ao Comunismo, às Juventudes Comunistas e à URSS e abaixo a Ditadura e o Capitalismo. Na sequência dos confrontos havidos, José Ruas Ferreira, que era portador de uma bandeira comunista, viria a falecer no hospital (Processo 568). Levado, incomunicável, para uma esquadra. Em 19/03/1933, ficou internado no Hospital de S. José para tratamento, tendo alta em 24/03/1933; regressou ao Aljube e, em 25/03/1933, deu novamente entrada naquele Hospital onde permanecia à data do julgamento. Julgado pelo TME em 16/12/1933, a pedido do Ministério Público foi considerado abrangido pela amnistia de 05/12/1932 e deixado de estar sob prisão, o que foi comunicado aos Hospitais Civis de Lisboa. Faleceu em 05/04/1934, no Hospital, com 22 anos de idade.]
01104. José dos Santos [1932]
01105. Carlos Costa Seco [1932, 1935, 1937]
[João Esteves]
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