[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

quinta-feira, 24 de março de 2022

[2775.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CLXVII] || 1926 - 1933

 * PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CLXVII *

01133. José de Vasconcelos [1932]

[Pertencia à Associação de Classe dos Empregados de Escritório. Preso em 17/09/1932, recolhendo, incomunicável, a uma esquadra, quando o Comité Regional de Lisboa do Partido Comunista estava reunido na sede da Associação de Classe dos Empregados de Escritório. Na mesma leva de presos pela SVPS, constavam Álvaro Duque da Fonseca, António dos Santos Serra, Armando Ramos, Deodato Ramos, Henrique Fragoso, José Amorim, José Nunes Scheidecker, José Soares - "O Malatesta", Manuel Francisco Roque Júnior, Raul Nunes Leal e Togo da Silva Batalha, sendo alguns importantes dirigentes das Juventudes Comunistas. Libertado da 3ª Esquadra em 19/09/1932, "por haver conveniência para as investigações".]
[alterado em 28/03/2022]

01134. Armando Ramos [1932]

[Lisboa, c. 1901, pautador. Filiação: Maria da Conceição Ramos, Manuel Ramos. Solteiro. Residência: Rua do Sol ao Rato, 51. Um dos fundadores do Partido Comunista. Preso em 01/09/1921, juntamente com Armando dos SantosGuilherme de CastroJoaquim José GodinhoJoaquim RodriguesJorge da Silva PinheiroJosé de Sousa (Coelho), José Madeira RodriguesManuel da Silva Costa, Manuel Francisco Roque JúniorMatias José Sequeira e Sebastião Lourenço, na sequência da afixação de cartazes nas ruas e nas fábricas de Lisboa, comemorando o Dia Mundial da Juventude Comunista. Esteve na Cadeia do Limoeiro e foi transferido para o Forte São Julião da Barra, sendo todos libertados aquando dos acontecimentos de 19 de Outubro - "A noite sangrenta". Preso em 17/09/1932quando o Comité Regional de Lisboa, composto por Álvaro Duque da FonsecaManuel Francisco Roque Júnior Raul Nunes Leal, estava reunido na sede da Associação de Classe dos Empregados de Escritório, situada na Rua da Madalena, 225 - 1º dto; recolheu, incomunicável, a uma esquadraDeodato Ramos, também daquele Comité, já tinha sido detido e, na mesma leva de presos relacionada com esta reunião constavam, ainda, José de VasconcelosJosé Nunes Scheidecker Togo da Silva Batalha. Foram ainda detidos no mesmo dia António dos Santos SerraHenrique FragosoJosé Amorim José Soares - "O Malatesta". Filiado 174 da Célula 7 do Comité de Zona Nº 3 do Partido Comunista, era há meses procurado no âmbito do Processo 460. Participou ativamente na preparação da jornada a levar a cabo em 29 de Fevereiro, juntamente com Francisco Campos, tendo preparado a intervenção de cinco Brigadas de Choque, lideradas por Américo Anselmo, António Carpinteiro, Heitor Marques, João Duzentos e José Miranda. Aquando das prisões efetuadas em Abril, colaborou, com J. Belém, na reorganizou do Comité de Zona Nº 3, pondo a funcionar as Células 6, 7 e 17 os núcleos dos Açucareiros, dos Metalúrgicos e da Carris, todos de Santo Amaro, e os dois Núcleos mistos que se reuniam em Campolide e Amoreiras. Posteriormente, foi convidado por Manuel Francisco Roque Júnior a integrar o Comité Regional de Lisboa, onde representava o Comité de Zona Nº 3, composto, também, por Álvaro Duque da Fonseca, Deodato Ramos e Raul Nunes Leal (Processos 452, 460 e 568). Transferido, em 19/10/1932, do Aljube para a enfermaria do Limoeiro. Daqui, seguiu, em 28/11/1932, para o Hospital de S. José, onde ficou internado para tratamento. Libertado em 10/12/1932, por ter sido abrangido pela amnistia do dia 5 do mesmo mês. O processo foi enviado para julgamento em Fevereiro de 1933. Julgado pelo TME em 16/12/1933, foi considerado abrangido pela amnistia de 05/12/1932 (Processo 11/933 - TME). Em Junho de 1934, continuava a militar ativamente no Partido Comunista, ignorando a PVDE o seu paradeiro.]
[alterado em 25/03/2023]

01135. Raul Nunes Leal [1929, 1932]

[Raul Nunes Leal || F. 24/02/1920 || ANTT ||  || PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Coimbra, c. 1902, adventício do tráfego da Alfândega de Lisboa. Filiação: Maria Boaventura Alves Leal, Raul Nunes Leal. Casado. Residência: Rua Castelo Branco Saraiva, 73. Preso ainda durante a 1ª República, como evidencia a fotografia de 24/02/1920. Preso em 22/04/1929, "por distribuir manifestos clandestinos e organizar subscrições a favor de Alberto Constante, que feriu a tiro dois auxiliares desta polícia"; libertado em 03/05/1929 (Processo 4310). Preso em 17/09/1932quando o Comité Regional de Lisboa, composto por Álvaro Duque da FonsecaArmando Ramos Manuel Francisco Roque Júnior, estava reunido na sede da Associação de Classe dos Empregados de Escritório, situada na Rua da Madalena, 225 - 1º dto; recolheu, incomunicável, a uma esquadraDeodato Ramos, também daquele Comité, já tinha sido detido e, na mesma leva de presos relacionada com esta reunião constavam, ainda, José de VasconcelosJosé Nunes Scheidecker Togo da Silva Batalha. Foram ainda detidos no mesmo dia António dos Santos SerraHenrique FragosoJosé Amorim José Soares - "O Malatesta". Filiado 93 da Célula 17 do Comité de Zona Nº 2 do Partido Comunista. Na sequência das numerosas prisões de Abril de 1932, foi um dos reorganizadores, a partir de Julho, daquele Comité, juntamente com Aníbal José da Fonseca e Eduardo Fiúza, conseguindo reativar as Células 4, 11, 14, 16, 20 e 24, assim como os núcleos de simpatizantes 1M, 2M, 3B, 4A, 1T e 1E. Integrou, depois, o Comité Regional de Lisboa, juntamente com Álvaro Duque da Fonseca, Armando Ramos, Deodato Ramos e Manuel Francisco Roque Júnior, representando o Comité de Zona Nº 2. Libertado em 10/12/1932, por ter sido abrangido pela amnistia do dia 5 do mesmo mês. O processo foi enviado para julgamento em Fevereiro de 1933. Julgado pelo TME em 16/12/1933, foi considerado abrangido pela amnistia de 05/12/1932 (Processo 11/933 - TME).]

[João Esteves]

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