* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXX *
01369. António de Almeida [1929]
[Canas de Senhorim - Nelas, c. 1908, trabalhador. Filiação: Emília Tiago, António de Almeida. Solteiro. Preso em 08/03/1929, "por ter tentado fazer uma sublevação em Caçadores 5", e deportado, em 04/04/1929, para S. Tomé. Seguiu, em 19/05/1929, para Luanda e, em 02/01/1930, apresentou-se em Angra do Heroísmo. Em 1932, estava com residência obrigatória em Cabo Verde. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou, apresentou-se na SVPS em 17/01/1933 e foi residir para Canas de Senhorim - Beira Alta.]
01370. António de Sousa Júnior [1927, 1928, 1929, 1930, 1934]
[Paredes, c. 1883. Comerciante / negociante. Filiação: Custódia Pereira de Sousa, António de Sousa. Casado. Residência: Rua Fernandes Tomás, 940 - Porto. Preso em 1927, por ter participado no movimento revolucionário de 3 de Fevereiro, no Porto. Condenado pelo Tribunal Militar em três anos de prisão maior celular, na alternativa de quatro de degredo, evadiu-se em 24/06/1927, juntamente com Joaquim Luís Pinto, da Casa de Reclusão do Porto, onde aguardava destino para cumprir a pena. Preso em 05/09/1928, por se ter evadido. Preso em 24/10/1929, acusado de, durante o funeral do ex-sargento Fernandes de Almeida, realizado em 19/10/1929, ter dado morras à Ditadura, ao Exército e à Polícia de Informações no Cemitério do Repouso. Libertado em 25/10/1929, "por nada se ter provado". Vigiado no Porto, em 1929 e 1930, por estar identificado como "esquerdista e elemento pernicioso como agitador" e manter ligações, entre outros, com Américo Ferreira, José Teixeira e o tenente Rogério dos Santos, estando envolvido em grupos ativos que conspiravam contra a Ditadura. Apontado como um dos organizadores de uma "carbonária" denominada "Os Obreiros da República". Preso em 17/07/1930, pela Polícia de Informações do Ministério do Interior do Porto, e enviado, em 18/07/1930, para Lisboa, com proposta de deportação "por estar implicado no movimento revolucionário em preparação, por fazer parte da "Carbonária" denominada "Os Obreiros da República", por reunir com grupos de civis no Monte Aventino, Monte Pedral e outros locais, tendo também associados nos Postos de T.S.F. da Boa Nova e Lavadores, que fazem uso de uma cifra especial para Lisboa, e nas guarnições das canhoneiras da fiscalização da pesca". Deportado, em 20/07/1930, para Angra do Heroísmo. Requereu ao Ministro do Interior, em 08/01/1931, autorização para regressar ao Continente, o que foi considerado inconveniente pela Polícia em ofício de 05/03/1931, atendendo ao seu cadastro no Porto. Autorizada, em 06/03/1931, a sua transferência para a Madeira e, em 12/05/1931, seguiu para Cabo Verde, onde lhe foi fixada residência por ordem superior por ter participado no movimento militar daquela ilha. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou, apresentou-se na SVPS em 17/01/1933 e foi residir para o Porto, Rua Fernandes Tomás, 940. Preso em 1934, encontrava-se em Peniche desde 15/10/1934; libertado em 08/12/1934.]
[alterado em 27/06/2024]
[António de Sousa Júnior || 10/12/1934 || ANTT || PT-TT-MI-GM-4-54-256_c0002]
[António de Sousa Júnior || 13/12/1934 || ANTT || PT-TT-MI-GM-4-54-256_c0001]
01371. Rogério dos Santos [?]
[Em 1932, estava com residência obrigatória em Cabo Verde. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933.]
01372. Joaquim de Oliveira Borriço Júnior [1928, 1930, 1930]
[Joaquim de Oliveira Borriço || Arquivo Histórico da Marinha || PT/BCM-AH/FMA-AF/Álbuns de Fotografias de Sargentos/Álbum 11]
[Fanhões - Loures, c. 1884, 2.º Sargento músico da Armada. Filiação: Maria Cândida de Oliveira, Francisco de Oliveira Borriço. Casado. Residência: Rua de D. Estefânia, 99 (ou 93?) - Lisboa. Reformado em 19/05/1927. Preso em 06/07/1928, "porque tem sido sempre um incorrigível conspirador", tendo sido presos em sua casa os "foragidos revolucionários" Ventura dos Santos e Paiva, da Contabilidade do Ministério da Marinha, a quem foram entregues. Preso em 18/07/1930, "por suspeita de estar comprometido no movimento revolucionário em preparação"; libertado em 21/07/1930. Terá sido preso em Agosto de 1930, por estar envolvido em movimentações revolucionárias, mantendo ligações com o alferes Vidal Pinheiro e Severo dos Santos. Em 1932, estava com residência obrigatória em Cabo Verde. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou, apresentou-se na SVPS em 17/01/1933 e foi residir para a Rua de D. Estefânia, 93 - Lisboa.]
[Joaquim de Oliveira Borriço || Arquivo Histórico da Marinha || PT/BCM-AH/FMA-AF/Álbuns de Fotografias de Sargentos/Álbum 11]
[João Esteves]
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