* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXXXV *
01430. Manuel de Oliveira Espada [1933]
["O Espanhol". Oliveira do Bairro, c. 1911, amolador ambulante. Filiação: Maria da Fonseca, António de Oliveira Espada. Residência: Calçada do Bravo - Lisboa. Preso pela PSP de Leiria e entregue pelo seu Comando à Seção Política e Social em 26/07/1933, "sob a acusação de ser portador de uma pistola de Guerra e sete balas para a mesma", tendo-a disparado num conflito de rua. Embora nos autos nada se tivesse apurado de interesse para a PVDE, "ficou no entanto a convicção de que se trata de um indivíduo que deve ter sido, ou é ainda, agente de ligações revolucionárias". Transferido para o Aljube em 06/10/1933. Julgado pelo TME em 27/11/1933, foi condenado em seis meses de prisão correcional; libertado em 03/08/1934.]
[alterado em 22/03/2024]
01431. Manuel Paulo Mineiro [1933]
[Abrantes, c. 1892, servente da Fábrica Duarte Ferreira & Filhos. Filiação: Florinda Ferreira Manana, Paulo Alves Mineiro. Casado. Residência: Tramagal - Abrantes. Preso em 13/04/1933 e entregue à SPS em 22/04/1933, por estar filiado no Partido Comunista, a que aderiu por intermédio de Zeferino Seabra Esteves, responsável pela organização de uma célula no Tramagal. Para além de ter convidado para a organização José Fernandes e Manuel Pedro de Jesus, seus colegas de trabalho, e Eleutério Dias Pinheiro, integrou o primeiro Comité Local da Organização Comunista no Tramagal e era, quando preso, o seu Presidente. Transferido para o Aljube em 06/10/1933. Julgado pelo TME em 07/03/1934, considerou-se que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932 e foi libertado no mesmo dia.]
[alterado em 22/03/2024]
01432. Manuel Vicente Pedroso [1927, 1933, 1944]
[Freguesia de S. Pedro - Torres Novas, 03/01/1898, manufator de calçado. Filiação: Ludovina da Conceição Moreira Pedroso, João Vicente Pedroso. Solteiro. Residência: Travessa das Flores, 8 - Lisboa. Preso em 03/10/1919, "por se manifestar contra o Governo e soltar gritos subversivos", e enviado a Juízo no dia 4. Participou, em 07/07/1920, numa reunião da classe gráfica. Preso em 30/08/1920, "por fazer propaganda contra o Governo e a apologia da Revolução Social"; libertado em 02/09/1920. Integrava, em Setembro de 1920, os corpos gerentes do Núcleo da Juventude Sindicalista da Indústria do Calçado. Preso em 06/11/1927, "por conspirar contra a Ditadura Militar"; libertado em 25/11/1927. Preso em 16/02/1933, sob a acusação de estar envolvido, juntamente com António Silva, Horácio da Silva Alves, José Maria de Almeida Júnior e José Silvano de Sousa, num atentado contra o Presidente do Ministério, António de Oliveira Salazar, que se encontrava no Caramulo. Transferido para o Aljube em 06/10/1933.
Julgado pelo TME em 09/06/1934, foi condenado em dois anos de prisão correcional, seguindo, em 19/06/1934, para Peniche. Requereu, em 03/06/1936, para ser amnistiado. Terminou a pena imposta pelo TME em 07/02/1937, ficou em prisão preventiva, sendo só libertado em 28/05/1939.
[alterado em 22/03/2024]
[João Esteves]
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