* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXXXIX *
01443. Joaquim Rodrigues [1933]
[Setúbal, c. 1910, metalúrgico. Filiação: Clotilde Rodrigues, Joaquim José Rodrigues. Solteiro. Residência: Rua Heróis de Chaves, 30 - Setúbal. Preso em 09/07/1933, na sede do Sindicato dos Compositores Tipográficos, quando participava numa reunião clandestina convocada pelo Comité Central das Juventudes Comunistas. Mantinha ligações com Adolfo Martins e Fernando Quirino. Libertado em 05/10/1933 e julgado pelo TME em 22/01/1934, foi condenado em seis meses de prisão correcional e perda dos direitos políticos por dois anos.]
01444. Henrique da Conceição Loreti/Loretti [1933]
[Lisboa, c. 1914, aprendiz de impressor. Filiação: Iria da Conceição, Ernesto dos Santos Loreti/Loretti. Casado. Residência: Rua dos Cavaleiros, 45. Trabalhava, havia quatro anos, na tipografia de "A Casa dos Gráficos", onde procedeu à impressão do jornal clandestino "O Jovem" e do opúsculo "Construindo um Mundo Novo". Teria sido convidado por Manuel Alpedrinha para aderir às Juventudes Comunistas. Preso em 21/07/1933 e libertado em 05/10/1933. Julgado pelo TME em 22/01/1934, foi absolvido.]
01445. João Correia Gaspar [1933, 1934, 1939]
[Sé - Faro, 12/06/1909, encadernador / agente da Sociedade Portuguesa de Seguros / comerciante. Filiação: Mariana da Assunção Correia Gaspar, Eduardo Correia Gaspar. Estrada da Circunvalação - Faro / Rua dos Álamos, 6 - Lisboa / R. Vangirard, 330 - Paris. Preso em 06/08/1933, "por ser um elemento de grande atividade dentro da Organização do Partido Comunista Português, em Faro", constituindo "o ponto de referência escolhido pelos elementos da organização de Lisboa, em Delegacias ao Algarve, para os auxiliar na tarefa a que se propunham no sul do País". Mantinha ligações com Alberto Carlos Braga Júnior, que usava o pseudónimo de Joaquim dos Santos Cordilheira, Artur Alves, Francisco de Paula Oliveira, Francisco Simões, Manuel Joaquim Vaz e Mário Mata Branco, entre outros. Preso em 28/09/1934, a fim de ser julgado pelo TME, o que sucedeu em 24/10/1934. Condenado em 480 dias de prisão correcional e perda dos direitos políticos por cinco anos. Levado de Peniche para o Aljube em 19/12/1934 e, em 18/01/1935, regressou àquele Forte. Libertado em 21/11/1935. Entregue na Delegação do Porto da PVDE pelo Comandante do vapor "Pero de Alenquer" em 20/05/1939. Transferido, em 23/05/1939, para Lisboa, "para averiguações", deu entrada no Aljube. Entregue, em 02/06/1939, à P. I. C. de Lisboa.]
Sem comentários:
Enviar um comentário