* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXXVI *
01391. Manuel Zacarias Avilez da Silva Coelho [1933]
01392. Armando dos Santos Fernandes [1933]
01393. Manuel Adriano Gouveia Sarmento [1933]
[Lisboa, c. 1906, alfaiate. Filiação: Maria Emília de Gouveia Sarmento, Eugénio Vítor Sá Viana Couto. Solteiro. Residência: Rio de Mouro. Preso pela SVPS em 22/01/1933, "para averiguações", tendo recolhido incomunicável a uma esquadra. Entregue, em 23/01/1933, à Polícia de Investigação Criminal.]
01394. Virgínio de Jesus Luís [1933]
[Lisboa, c. 1913, barbeiro. Filiação: Maria Jacinta de Jesus, Manuel Luís. Solteiro. Residência: Rua Possidónio da Silva, 14-16. Procurado desde, pelo menos, Novembro de 1932, por ser um elemento muito ativo dentro das Juventudes Comunistas, a que aderira por intermédio de Júlio dos Santos Pinto e onde usava o pseudónimo "Barbeiro". Preso em 21/01/1933, "por estar envolvido em manejos comunistas" e, em 20/01/1933, ter tomado parte na manifestação promovida pelas Juventudes Comunistas à porta das Oficinas Gerais da CML, na Rua 24 de Julho - Alcântara. Militaria nas Juventudes Comunistas desde finais de 1931 ou início de 1932, tendo colaborado com Bernard Freund: militou na Célula N.º 11; pertenceu ao Comité de Zona N.º 4; fez parte da Comissão Central de Organização (Comorg), juntamente com Isaac Soares e José Pedro da Rocha; integrou o Comité Regional de Lisboa das JC, com o pseudónimo "Fu-Manchu"; participou na conferência regional realizada na Costa da Caparica, onde ficou encarregado, com Álvaro Duque da Fonseca, Carolina Loff da Fonseca, José Pedro da Rocha, Júlio dos Santos Pinto e Togo da Silva Batalha, de reorganizar o Secretariado Político das Juventudes Comunistas; e era membro do Comité Central Executivo, tal como muitos daqueles nomes, participando em reuniões realizadas na Costa da Caparica e na sede do Sindicato do Pessoal do Arsenal da Marinha. Esteve envolvido na organização, em 04/09/1932, da 18.ª Jornada Internacional das Juventudes Comunistas, dinamizando e participando ativamente nas diferentes atividades realizadas. Voltou a ter importante intervenção na propaganda e comício-relâmpago realizado, em 20/01/1933, à porta das oficinas da CML. Entrou, em 06/05/1933, na enfermaria da Cadeia do Limoeiro, para tratamento. Devido ao seu estado de saúde, , os facultativos das Cadeias Civis de Lisboa opinaram que devia ser enviado para um Sanatório ou Hospital de especialidade por ter uma tuberculose pulmonar, o que não terá sucedido. Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 02/03/1934, foi condenado em 600 dias de prisão correcional e perda dos direitos políticos por cinco anos. Transferido, em 20/03/1934, para Peniche, foi libertado desta prisão em 27/09/1934, por ter cumprido a pena imposta.]
[João Esteves]
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