[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

terça-feira, 27 de abril de 2021

[2576.] LIBERTAÇÃO DOS PRESOS POLÍTICOS - 1974 || JOÃO MENINO VARGAS - 2019

 * JOÃO MENINO VARGAS *

Foi um dos Oficiais do MFA directamente envolvido libertação dos presos políticos de Caxias.

- No Porto, em Caxias e em Peniche, foram libertados em 26 e 27 de Abril de 1974.


"Nas colónias, o número de prisioneiros políticos era superior a 4200":

- Em 29 de Abril, foram libertados 19 presos em Bissau e 85 em Luanda.

- Em 1 de Maio, foram libertados 68 presos no Tarrafal e 554 presos na Machava (554 presos).

- Em 3 de Maio, foram libertados 1200 prisioneiros do Campo de São Nicolau (Angola) e 25 da Ilha das Galinhas (Guiné).

- Em 12 de Maio, em Angola, foram libertados 306 presos de S. Nicolau e de Ponta Albina.

- Em 17 de Maio, foram libertados mais 330 presos daquelas duas prisões e 420 da Machava.

- Em 21 de Maio, foram libertados da Ilha do Ibo, Moçambique, 600 combatentes; outros, somente em 1 de Setembro.

- "Os últimos prisioneiros independentistas libertados foram os 33 guineenses trocados a 14 de Setembro por sete soldados portugueses aprisionados pelo PAIGC".

João Menino Vargas publicou, em 26 de Abril de 2019, a Peça de Teatro "Todos ou Nenhum - a libertação dos presos de Caxias" [Colibri, 2019].



[João Esteves]

domingo, 25 de abril de 2021

[2575.] CIPRIANO DOURADO || "CAMPONESA DE ABRIL" - 1974

* CIPRIANO DOURADO *
[1921 - 1981]

"Camponesa de Abril" || 1974

[https://www.facebook.com/Dourado1921]

[Desenho, técnica mista || Original de uma reprodução || Edição do Autor]

[2574.] FERNANDO MOUGA [IV] || VISEU - 30/04/1974

 * FERNANDO MOUGA *

VISEU || 30/04/1974

[30/04/1974 | |Manifestação popular de agradecimento às Forças Armadas, em Viseu || Frame da RTP Arquivos || Na ponta direita, o advogado e democrata Fernando Mouga]

domingo, 18 de abril de 2021

[2573.] ANTÓNIO BORGES COELHO || HISTÓRIA E OFICIAIS DA HISTÓRIA (2021)

* ANTÓNIO BORGES COELHO *

HISTÓRIA E OFICIAIS DA HISTÓRIA

Caminho || Janeiro 2021

O historiador é um manipulador do tempo o qual, ao comportar as marcas dos acontecimentos gravados em diferentes registos, carrega consigo as chaves da compreensão do passado, tornando-o legível.

Liberta verdades oprimidas, torna conhecido o desconhecido, encontra outros sentidos no processo humano: revela, exalta, incomoda. Vê sentidos no que parece não ter sentido. Retifica e altera. Tece e destece a teia inacabada da História, incorporando o seu próprio tempo, aquele em que vive ou viveu.

É um artesão que marca a obra com a sua mente e a sua mão através das palavras que, em cada momento, escolheu inscrever.





[António Borges Coelho || História e Oficiais da História || Caminho || 2021]

[João Esteves]

sábado, 17 de abril de 2021

[2572.] CAROLINA BEATRIZ ÂNGELO || CARTÃO PARA TEÓFILO BRAGA (1911)

 * CAROLINA BEATRIZ ÂNGELO *

Cartão pessoal de Carolina Beatriz Ângelo, Presidente da Associação de Propaganda Feminista, para Teófilo Braga, desejando as suas melhoras || 1911

[Museu da Presidência da República || PT/MPR/ATB/CX120/023]

sexta-feira, 16 de abril de 2021

[2571.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [LXXXV] || 1926 - 1933

 * PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || LXXXV *

0679. Augusto Veríssimo de Sousa [1928, 1930]

[Augusto Veríssimo de Sousa || 12/04/1928 || ANTT || Livro de Cadastrados 3 || ca-PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Lisboa, 1882 (?), industrial de pesca. Filiação: Virgínia Veríssimo de Sousa e António Veríssimo de Sousa. Preso em 15/03/1928, "por ter ligação com indivíduos que constituem o complô de Algés"; libertado em 23/05/1928 (v. Processo 3717). Preso em 28/11/1930, "por estar comprometido num movimento revolucionário em preparação", nomeadamente no transporte e distribuição de bombas por Lisboa, Almada e Trafaria, envolvendo, também, João António Pires, José Correia Fernandes, José Francisco Moedas e ex-sargento Santos, sob o comando do ex-tenente Manuel António Correia. Deportado para Timor em 02/09/1931, embarcou no dia seguinte no vapor "Pedro Gomes" com mais 357 deportados (271 civis e 87 militares). Seguiam, naquele transporte, os principais chefes militares da revolta de 26 de Agosto de 1931, tendo o barco navegado pelo Mar Mediterrâneo, atravessado o Canal do Suez e chegado a Díli em 16 de Outubro, sem fazer qualquer escala nas colónias portuguesas. Nas primeiras semanas, terá permanecido no campo de concentração de Oecussi ou de Ataúro e, posteriormente, fixou-se em Liquiçá. Terá sido abrangido pela amnistia de 05/12/1932 e continuou a viver em Timor, onde nasceram duas filhas (1937, 1939) e catorze netos. Terá falecido em 30 de Junho de 1950.]

[João Esteves]

quarta-feira, 14 de abril de 2021

[2570.] EXPOSIÇÃO PERCURSOS, CONQUISTAS E DERROTAS DAS MULHERES NA 1.ª REPÚBLICA - BMRR [X] || 02/10/2010 - 19/12/2010

 PERCURSOS, CONQUISTAS E DERROTAS DAS MULHERES NA 1.ª REPÚBLICA *

EXPOSIÇÃO NA BIBLIOTECA MUSEU REPÚBLICA E RESISTÊNCIA || 02/10/2010 - 19/12/2010

COMISSÁRIA: TERESA PINTO 

CONSULTORIA ARTÍSTICA: MESTRE JOSÉ RUY

PAINEL || 04 || NA REVOLUÇÃO... 5 DE OUTUBRO DE 1910


[João Esteves]

terça-feira, 13 de abril de 2021

[2569.] AS EXPRESSÕES DO INFORMADOR INÁCIO || TEXTO DE PAULO MARQUES DA SILVA [IV]

 * AS EXPRESSÕES DO INFORMADOR INÁCIO *

Texto || Paulo Marques da Silva

«As expressões do informador Inácio

     Inácio não hesitava nos seus relatórios em diminuir, depreciar ou desprezar os elementos ligados à oposição, especialmente os de mais baixa condição social, manifestando um forte sentimento de repulsa, visível nos comentários pejorativos, e até ofensivos, que vertia para os mesmos relatórios. Expressões como “ralé”, “escumalha”, “camarilha”, “vadios”, “gente reles e ordinária”, que “vomitavam o seu ódio”, que “expeliam veneno”, “cheios de raiva”, entre outras, são relativamente comuns. O que é interessante verificar é que a aversão por estas pessoas toma tais proporções, que ele desenvolve também diversas críticas aos diferentes representantes da autoridade, quando entende que estes actuam com demasiada permissividade em relação aos primeiros. E, assim, podemos encontrar nos relatórios de Inácio criticas à PSP, à GNR, ao Governador Civil, ao Reitor da Universidade, à União Nacional, entre outros. E, muitas vezes, ao criticar algum laxismo das forças locais ligadas ao regime, o informador, na tentativa de incutir ênfase a essa mesma crítica e procurar demonstrar o grande contraste que existia em relação aos adversários da situação, acaba por enaltecer o trabalho da organização da oposição, o que não deixa de ser paradoxal.
     Já fiz algumas destas referências no meu trabalho sobre este informador quando, por exemplo, em 1948, nas vésperas das eleições presidenciais, Inácio criticava a má organização e o débil trabalho da União Nacional no distrito de Coimbra, em comparação com a oposição, ao afirmar que os “mudistas e comunistas” eram “muito mais trabalhadores” e “ardentes na luta”, asseverando mesmo que nada os detinha. Já os nacionalistas da U.N. demonstravam “um comodismo pasmoso” e que não estavam “para se incomodar”. 
     Em outra ocasião, a propósito das comemorações do 31 de Janeiro, em Coimbra, no ano de 1946, e devido a alguns incidentes ocorridos, houve necessidade da intervenção da PSP e da GNR, mas, segundo Inácio, fora uma intervenção “bem fraca”, concluindo que, pelo facto de não terem sido efectuadas prisões, “os homens do MUD e os comunistas” apregoavam que tal não tinha acontecido em virtude da “fraqueza do Governo”, que se via “num beco sem saída” e até “sem prestígio”.
     Vejamos agora um outro exemplo visando, desta vez, a preocupação do informador quanto ao crescimento da influência da oposição em Coimbra. Num relatório, datado de Março de 1947, referente a um almoço de homenagem ao professor Paulo Quintela, realizado no Hotel Avenida, devido a este ter obtido o grau de Doutor, e que contou com a presença dos “comunistas” Carlos de Oliveira, Almeida e Costa, Salgado Zenha, Fernando Valle, Adolfo Rocha, Manuel Deniz Jacinto, António Sousa, João Farinha, António Soares, José Teixeira Vale, Guilherme de Oliveira, Manuel Melo, Joaquim Namorado e António Ferrer, assistindo ainda os “mudistas” Manuel Leite da Silva, Anselmo Ferraz de Carvalho, Eduardo Correia e Frederico de Moura, Inácio potenciava a dinâmica e o desenvolvimento da oposição em Coimbra e afirmava que estes elementos tinham feito ao “camarada” Paulo Quintela o que nunca se fizera naquela cidade em qualquer doutoramento, rematando:


     Venho afirmar que basta só a cidade de Coimbra para bolchevizar o país inteiro. As liberdades comunistas nesta cidade estão a tomar foros de uma capital importância e com um alastramento fantástico.
 
     Uma outra situação bastante interessante (e porque não dizer, algo cómica) prende-se com alguns casos em que os representantes locais do regime se deixavam “enredar” em algumas manobras da oposição, como referia Inácio.
     O cenário é um jantar de homenagem ao jornalista do Século, Sertório Fragoso, em Coimbra, realizado em Junho de 1968, onde estiveram presentes Presidentes de Câmara, alguns Deputados e o Governador Civil substituto, Dr. Carlos Costa, bem como muitos elementos da oposição ao regime, incluindo o próprio jornalista, segundo Inácio, que como tal sempre assim o rotulara. Quando os discursos ao homenageado se iniciaram, também por parte de vários oposicionistas bem conhecidos, como Alfredo Fernandes Martins ou Rui Clímaco, relevando nas suas palavras a inteireza de carácter do jornalista, e que este se mantivera “sempre fiel ao seu pensar”, sendo então entusiasticamente aplaudidos, ou “estrondosamente aplaudidos”, como referia o informador, rapidamente o ambiente se tornava «obscuro» para os nacionalistas presentes. Inácio sintetizava assim o discurso de Rui Clímaco:

 
     Quando este comunista falava, o Governador Civil não olhava, de cabeça baixa e apoiada a uma das mãos, parecia desmoralizado.

     E concluía:

     Foi uma verdadeira parada de elementos da oposição e comunistas em grande regozijo e apoiados pelos homens que se dizem do Estado Novo.
     […] Verifiquei que mais uma vez os elementos do Estado Novo, se é que os havia, fizeram figura ridícula ao aplaudir os seus adversários
 
[Documento do arquivo da PIDE/DGS, processo Del. C. n.º 1826, de Francisco Brito Amaral].

[Paulo Marques da Silva]

domingo, 11 de abril de 2021

[2568.] EXPOSIÇÃO PERCURSOS, CONQUISTAS E DERROTAS DAS MULHERES NA 1.ª REPÚBLICA - BMRR [IX] || 02/10/2010 - 19/12/2010

  PERCURSOS, CONQUISTAS E DERROTAS DAS MULHERES NA 1.ª REPÚBLICA *

EXPOSIÇÃO NA BIBLIOTECA MUSEU REPÚBLICA E RESISTÊNCIA || 02/10/2010 - 19/12/2010

COMISSÁRIA: TERESA PINTO 

CONSULTORIA ARTÍSTICA: MESTRE JOSÉ RUY

PAINEL || 03 || NA REVOLUÇÃO... 5 DE OUTUBRO DE 1910

[João Esteves]

sábado, 10 de abril de 2021

[2567.] EXPOSIÇÃO PERCURSOS, CONQUISTAS E DERROTAS DAS MULHERES NA 1.ª REPÚBLICA - BMRR [VIII] || 02/10/2010 - 19/12/2010

 PERCURSOS, CONQUISTAS E DERROTAS DAS MULHERES NA 1.ª REPÚBLICA *

EXPOSIÇÃO NA BIBLIOTECA MUSEU REPÚBLICA E RESISTÊNCIA || 02/10/2010 - 19/12/2010

COMISSÁRIA: TERESA PINTO 

CONSULTORIA ARTÍSTICA: MESTRE JOSÉ RUY

PAINEL || 02 || CAMINHANDO PELA REPÚBLICA... (1908)

[João Esteves]

[2566.] EXPOSIÇÃO PERCURSOS, CONQUISTAS E DERROTAS DAS MULHERES NA 1.ª REPÚBLICA - BMRR [VII] || 02/10/2010 - 19/12/2010

 * PERCURSOS, CONQUISTAS E DERROTAS DAS MULHERES NA 1.ª REPÚBLICA *

EXPOSIÇÃO NA BIBLIOTECA MUSEU REPÚBLICA E RESISTÊNCIA || 02/10/2010 - 19/12/2010

COMISSÁRIA: TERESA PINTO 

CONSULTORIA ARTÍSTICA: MESTRE JOSÉ RUY

PAINEL || 01

domingo, 4 de abril de 2021

[2565.] ANA LAURA CHAVEIRO CALHAU [II] || 28/07/1908

 * ANA LAURA CHAVEIRO CALHAU *

[1892 - 27/05/1955]

[Ana Laura Chaveiro Calhau || Fotografia do jornal O Mundo restaurada pelo Mestre José Ruy para o Catálogo da Exposição Percursos, Conquistas e Derrotas das Mulheres na 1.ª República || 2010 || Coordenação de Teresa Pinto]

O jornal O Mundo, de 28 de Julho de 1908, dá destaque a Ana Laura Chaveiro Calhau que, dois dias antes, discursara num comício republicano.

[O Mundo || 28/07/1908]

[João Esteves]

[2564.] GRUPO PORTUGUÊS DE ESTUDOS FEMINISTAS [V] || 16/07/1908

 * GRUPO PORTUGUÊS DE ESTUDOS FEMINISTAS *

A REPÚBLICA || 16/07/1908

[A República || 16/07/1908]

[João Esteves]

quinta-feira, 1 de abril de 2021

[2563.] MARIA VELEDA || "A PROPÓSITO..." - 06/03/1908

 * MARIA VELEDA *

"A PROPÓSITO..." || 06/03/1908

- Continua, na livraria - editora Gomes de Carvalho, a recolha de assinaturas para a mensagem a ser enviada a Maria Veleda pelo seu artigo "A propósito...".

[Vanguarda || 06/03/1908]

- A assembleia geral do Centro Escolar Democrático do Socorro, realizada em 6 de Março de 1908, aprova uma moção a felicitar Maria Veleda pelo artigo “A propósito...”. 

[João Esteves]

[2562.] MARIA VELEDA || "A PROPÓSITO..." - 28 -29/02/1908

MARIA VELEDA *

"A PROPÓSITO..." || 28-29/02/1908

- A Vanguarda, de 28 de Fevereiro de 1908, continua a referir-se ao forte impacto junto da opinião pública do artigo “A propósito...” de Maria Veleda

«D. Maria Veleda

Apesar de publicado em dois números da “Vanguarda” e depois em folha solta o brilhante artigo de D. Maria Veleda, intitulado “A propósito...”, continuam a afluir a esta redacção grande quantidade de pedidos de exemplares  daqueles números, o que nos obriga a reproduzi-lo amanhã, mais uma vez, para satisfazer esses pedidos.» [Vanguarda || 28/02/1908]


- Em 29 de Fevereiro de 1908, o jornal Vanguarda volta a publicar na 1.ª página o artigo de Maria Veleda “A propósito...”, em virtude da grande aceitação que o público lhe dispensou.

[João Esteves]

[2561.] MARIA VELEDA || "A PROPÓSITO..." - 22/02/1908

* MARIA VELEDA *

"A PROPÓSITO..." || 22/02/1908

Muitos periódicos continuam a transcrever o artigo de Maria Veleda.

[Vanguarda || 22/02/1908]

[João Esteves]

[2560.] MARIA VELEDA || "A PROPÓSITO..." - 20/02/1908

* MARIA VELEDA *

"A PROPÓSITO..." || 20/02/1908 

O jornal Vanguarda noticia a iniciativa de uma mensagem endossada a Maria Veleda, saudando-a pelo texto "A propósito...", estando aberta a todos quantos a queiram subscrever.

[Vanguarda || 20/02/1908] 

[João Esteves]