[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

sábado, 31 de dezembro de 2022

[3137.] VÍTOR RAMOS || MOSTRA NA BIBLIOTECA NACIONAL

 * VÍTOR RAMOS *

[1920 - 1974]

Mostra na Biblioteca Nacional de Portugal 

12/12/2022 - 17/02/2023

«Professor, ensaísta, tradutor, Vítor de Almeida Ramos fez estudos secundários no Liceu Gil Vicente (1930-37), em Lisboa, e licenciou-se em Filologia Românica (1950) na Faculdade de Letras da universidade dessa cidade. 

Entre 1952 e 1954, estudou Literatura francesa, em Paris, na Sorbonne, onde elaborou a tese Ètudes Sur l'Amusement Periodique du Chevalier d'Oliveira

Oposicionista ao regime que então vigorava em Portugal, foi militante do Movimento de Unidade Democrática e do Partido Comunista Português. 

Exilou-se no Brasil, em 1955, onde foi professor de Língua e Literatura francesas na Faculdade Filosofia, Ciências e Letras de Assis (1958-1964) e na faculdade com o mesmo nome da Universidade de S. Paulo, a partir de 1964. Aí se havia doutorado, com a tese L'Expression de la Vèrité Humaine dans La Mort d'Agrippine de Cyrano de Bergerac (1961) e aí defendeu a tese de livre docência Rotrou: um Universo Equivoco (1966). 

De 1969 a 1971 lecionou como professor visitante na Universidade da Califórnia, em Davis. 

Da sua obra, dispersa por publicações da especialidade, destaquem-se Estudos em Três Planos (1966), Cavaleiro de Oliveira - Trechos escolhidos (1968) ou A Edição de Língua Portuguesa em França (1800-1985): repertório geral dos títulos publicados e ensaio crítico (1972). 

Integrou o grupo fundador do jornal «Portugal Democrático» (1956-74), onde também tiverem papel preponderante, entre outros portugueses exilados no Brasil, Adolfo Casais Monteiro e Jorge de Sena. Foi condecorado pelo governo francês como Chevalier dans l'Ordre des Palmes Académiques, em 1967.

O espólio (20 cx.) integra manuscritos do autor e de terceiros, correspondência, documentos biográficos, algumas fotografias, impressos e recortes de imprensa.

Doação dos herdeiros, representados pela professora Maria Guiomar Ramos, em 2015. Em 2020 foram incorporados novos documentos.» [in BNP, ACPC, Esp. E73]


[3136.] LISBOA || DEZEMBRO DE 2022

 * LISBOA || 2022 *




[Lisboa || Dezembro de 2022]

[3135.] REGINA QUINTANILHA || COMISSÃO DA CONDIÇÃO FEMININA

 * REGINA QUINTANILHA *


Fotografia retirada de Mulheres portuguesas: Vidas e Obras celebradas - Vidas e obras ignoradas, da autoria de Maria Regina Tavares da Silva e Ana Vicente, Comissão da Condição Feminina.

[João Esteves]

[3134.] LISBOA || DEZEMBRO DE 2022

 * LISBOA || 2022 *



[Lisboa || Dezembro de 2022]

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

[3133.] GABRIELA CASTELO BRANCO || CONSELHO NACIONAL DAS MULHERES PORTUGUESAS

 * GABRIELA CASTELO BRANCO *

Poetisa, concertista de piano e jornalista, Maria Gabriela de Azevedo Castelo Branco nasceu em 12 de Dezembro de 1904, em Lisboa. 

Cursou piano no Conservatório Nacional de Música, proferiu conferências sobre temas literários e femininos e colaborou nos periódicos Diário de Lisboa, Diário de Notícias, Eva, Ilustração, Lusitânia e Notícias Ilustrado

Assinou textos sobre feminismo na revista Portugal Feminino e, na década de 60, dirigiu a Távola Redonda (1961-1963) e fundou A Esfera (1963-1980), ambos de Lisboa. 

Aderiu ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas em 1944. No ano seguinte, em 11 de Julho, foi eleita 3.ª Vogal da Direcção e integrou as Comissões de Arte e de Propaganda. 

É da sua lavra a entrevista à Presidente da agremiação, Maria Lamas, publicada no vespertino Diário de Lisboa e da qual se transcreveram excertos na revista Alma Feminina, órgão do CNMP (Novembro de 1945). 

Autora de vários livros, prefaciou Sonhos da mocidade, editado em 1933 por Aníbal Mendes, e esteve representada, enquanto poetisa, na Exposição de Livros Escritos por Mulheres organizada pelo CNMP na Sociedade Nacional de Belas Artes (1947).

[João Esteves]

[3132.] REGINA QUINTANILHA || ENTREVISTA DE GABRIELA CASTELO BRANCO - 31/03/1943

 * REGINA QUINTANILHA *

"A dr.ª Regina Quintanilha fala-nos das conquistas femininas e do papel que está reservado à mulher depois da guerra"

Diário de Lisboa || 31/03/1943

[Diário de Lisboa || 31/03/1943]

[João Esteves]

[3131.] REGINA QUINTANILHA || ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA - 24/11/1913

 * REGINA QUINTANILHA *

Ilustração Portuguesa || Capa || 24/11/1913

[Ilustração Portuguesa || N.º 405 || 24/11/1913]

[João Esteves]

[3130.] ADVOCACIA FEMININA || JUS SUFFRAGII - 1918

 * ADVOGADAS *

"Features of the Month"

Jus Suffragii || Novembro de 1918

[Jus Suffragii || Novembro de 1918]

A revista Jus Suffragii, órgão da International Woman Suffrage Alliance (IWSA), refere-se ao Decreto 4676, de 19 de Julho de 1918, o qual permitiu o exercício da advocacia por mulheres (assim como o de ajudante de notário e ajudante de conservador): "recentemente deu-se um grande passo em Portugal, onde mulheres devidamente qualificadas passaram a ser admitidas como advogadas.

[João Esteves]

[3129.] REGINA QUINTANILHA || A MADRUGADA - 30/11/1913

 * REGINA QUINTANILHA *

“Mais um triunfo do feminismo”

A Madrugada || N.º 28 || 30/11/1913

[A Madrugada || 30/11/1913]

[João Esteves]

[3128.] REGINA QUINTANILHA || PRIMEIRA ADVOGADA PORTUGUESA - 1913

 * REGINA QUINTANILHA *

[1893 - 1967]

[Ilustração Portuguesa || N.º 310 || 29/01/1912]

Regina da Glória Pinto de Magalhães Quintanilha (de Sousa e Vasconcelos) foi a primeira mulher a frequentar, a partir do ano letivo 1910-1911, a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tornando-se igualmente na primeira advogada portuguesa. 

Começou a exercer em 1913, no Tribunal da Boa-Hora, o que foi saudado pelo jornal A Madrugada, órgão da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, como mais um triunfo do feminismo e, quando ainda era uma jovem advogada, militou no Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas: assinou um texto no respetivo Boletim Oficial e chegou a ser eleita, em 1917, Presidente da Assembleia Geral, mas a sua experiência enquanto ativista durou pouco tempo. 

Esteve, ainda, associada à Cruzada das Mulheres Portuguesas, discursando em seu nome no funeral de Ana de Castro Osório (Março de 1935). 

[João Esteves]

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

[3126.] VIRGÍNIA QUARESMA || REVISTA FACES DE EVA N.º 47 - 2022

 * VIRGÍNIA QUARESMA *

[1882 - 1973]

"Rememorando Virgínia Quaresma (1882 - 1973)" 

Faces de Eva N.º 47 || 2022

[Faces de Eva. Estudos sobre a Mulher || N.º 47 || 2022]

Formou-se em Letras, quando escassas mulheres usufruíam de condições para aceder a uma academia dominada pelo sexo masculino; foi editora de periódicos que avocavam a reivindicação de direitos para quem nada tinha; escreveu na imprensa, antes de enveredar pela profissão de jornalista após o falecimento do pai; associou-se ao pacifismo e feminismo emergentes; tentou aceder a uma bolsa do reino para estudar a educação das raparigas em outros países e enveredar pela diplomacia; experimentou, momentaneamente, o ensino; assumiu-se, timidamente, como republicana; abraçou o jornalismo em Portugal e no Brasil, introduziu a publicidade redigida, representou agências publicitárias e revelou-se pioneira na organização da primeira agência de notícias internacional portuguesa. 

Culta e irreverente, geriu, durante décadas, sociabilidades contraditórias, viajou muito, em lazer e em serviço, e no Brasil, onde permaneceu dezenas anos, ainda que intercalados, esta antiga republicana aproximou-se, ideologicamente, do regime ditatorial português, virando, a partir dos anos trinta, admiradora confessa de Salazar, não enfileirando, mesmo que pontualmente, na Oposição democrática.

Desde a primeira década do século XX até ao falecimento, nos anos setenta, raramente Virgínia Quaresma passou despercebida, sendo amiúde adjetivada como brilhante, culta, competente, profissional, objetiva, viajada, entusiasta, a que se acrescentam as caraterísticas enquanto colega de profissão, deixando impressões duradouras em todos os que a conheceram neste cenário. Se o percurso ímpar, com visibilidade na imprensa e reconhecimento reiterado pelos pares e instituições, justifica, só por si, a recuperação da sua memória, não menos relevante é a vida pessoal que assumiu sem constrangimentos, só possível pela independência económica que soube assegurar, não se privando de a desfrutar como bem entendia.

[João Esteves]

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022