[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

domingo, 30 de abril de 2023

[3287.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXVIII

PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXVIII * 

01362. António de Carvalho [1930]

[Braga, c. 1883, alfaiate. Filiação: Maria Teresa, António Manuel de Carvalho. Casado. Residência: Praça da Alegria, 27 - Porto. Entregue pela Polícia de Informações do Porto em 01/10/1930, "onde foi preso por fazer parte da direção do Socorro Vermelho Internacional", e deportado para os Açores em 08/10/1930Em 1932, estava com residência obrigatória em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou, apresentou-se na SVPS em 17/01/1933 e foi residir para a sua morada no Porto.]

01363. João António [1928]

[2.º Sargento de Caçadores 10. Preso em 20/07/1928, por ter participado no movimento militar desse dia, e deportado, em 21/08/1928, "para o Campo de Concentração de Angola". Por ter tomado parte na Revolta da Madeira, embarcou, em 12/05/1931, para Cabo Verde, onde lhe foi fixada residência. Seguiu no vapor "João Belo" e foi demitido do Exército. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou, apresentou-se na SVPS em 17/01/1933 e declarou ir residir em Montalvão, concelho de Niza.]

01364. José Júlio Ferreira [1927, 1937]

[José Júlio Ferreira || ANTT || RGP/7602 || PT-TT-PIDE-E-010-38-7602_m0407]

[Lisboa, 06/11/1900, trabalhador / empregado de comércio. Filiação: Isabel Ferreira, António Ferreira. Solteiro. Residência: Rua da Bica Duarte Belo - Lisboa. Preso em 31/10/1927, “por conspirar contra a Ditadura Militar e ter ligações revolucionárias”. Deportado, em 15/11/1927, para África, seguiu, em 10/09/1930, para os Açores, indo a bordo do vapor “Mouzinho”. Em Dezembro de 1932, quando foi abrangido pela amnistia do dia 5, encontrava-se com residência obrigatória em Cabo Verde, “por motivos políticos”. Regressou e apresentou-se em 17/01/1933, indo residir no Porto, na Rua da Alegria, 4. Preso em 26/07/1937, em Lisboa, recolheu, incomunicável, a uma esquadra. Transferido, em 06/11/1937, para o Campo de Concentração do Tarrafal, sem ter sido julgado ou condenado. Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18/10/1945, foi libertado em 31/12/1945 e regressou a Lisboa, no barco “Guiné”, em 01/02/1946. Declarou ir residir para Figueiró dos Vinhos.]

[João Esteves]

[3286.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXVII

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXVII *

01358. Henrique de Almeida [1931]

[Caldas da Rainha, c. 1892, boletineiro efetivo. Filiação: Maria das Dores Sousa, João de Almeida Júnior. Casado. Residência: Rua S. João da Mata, 85 - Lisboa. Preso em 16/05/1931, "por estar implicado no corte de comunicações telegráficas e telefónicas entre Alhandra e Vila Franca", juntamente com Domingos da Silva. Deportado, em 06/06/1931, para Cabo Verde, embarcando no vapor "Pedro Gomes". Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933, voltando a residir na Rua S. João da Mata - Lisboa.]

01359. Raul Pereira da Costa [1931]

[1.º Sargento de Infantaria. Por ter participado no movimento militar da Madeira, foi demitido do Exército e deportado, em 12/05/1931, para Cabo Verde, onde ficou com residência obrigatória por motivos políticos. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933, indo residir para o Largo do Figueiredo, 2.]

01360. Joubert Rodrigues Dinis Pereira [1929, 1931]

[Lisboa, c. 1900, funcionário público - Ministério da Instrução. Filiação: Sofia Vitorino Dinis Pereira, Silvério António Pereira Júnior. Casado. Residência: Calçada da Boa Hora, 17 - Lisboa. Trabalharia no Ministério da Instrução, onde conspirava contra a Situação, juntamente com Acácio Parreira, professor das Escolas de Lisboa, Heitor Passos e Ricardo Alberti, ambos inspetores. Preso em 30/09/1929, "por ter ligações revolucionárias com os tenentes Alexandrino e Vieira e com os civis Campo Grande, "Mané-Mané" e Nuno Cruz, reunindo com aqueles num gabinete do Ministério da Instrução". Deportado, em 08/05/1930, para Angra do HeroísmoEm 1932, estava com residência obrigatória em Cabo Verde, por motivos políticosEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933, voltando a residir na Calçada da Boa Hora, 17 - Lisboa. No início de 1935, terá estado envolvido no movimento revolucionário em preparação, juntamente com Eduardo Guilherme Faria, coronel Norberto Guimarães, o ex-Sargento Raul Batista Dinis e Joubert Rodrigues Dinis Pereira (Processo 1372).]

01361. Mário Edgar Ribeiro de Almeida [1928, 1936, 1943]

[Mário Edgar Ribeiro de Almeida || ANTT || PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903]

[Chaves, 15/12/1901, 2.º sargento cadete / topógrafo / industrial. Filiação: Maria do Nascimento Ribeiro Lousada de Almeida, Francisco de Almeida. Solteiro. Residência: Mouzinho de Albuquerque - Porto / Rua Bernardim Ribeiro, 55 - Lisboa / Rua Costa Cabral, 634 - Porto. Preso em 20/07/1928, por estar implicado no movimento revolucionário desse dia, estando reunido na Rua de Malmerendas, 90, com: coronel Maia Pinto, tenente Ernesto de Almeida, alferes António de Jesus Vieira, empregado bancário Alberto Mário de Magalhães Lima, José Guilherme Lopes, Ernesto da Costa Cardoso, dr. Arnaldo Cândido da Veiga Pires, José Pereira da Silva e Raul Lopes Gonçalves, proprietário da casa. Enviado, em 25/07/1928, do Porto para Lisboa e deportado para Angola em 21/08/1928Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933, indo residir para a Rua Bela do Quental, 2 - Porto. Preso em 14/09/1936, "para averiguações", recolheu à 1.ª esquadra e, em 18/09/1936, seguiu para Peniche; libertado em 14/12/1936. Entregue pelo TME em 21/05/1943, tendo recolhido à 20.ª esquadra; libertado, condicionalmente, em 22/05/1943.]

[Mário Edgar Ribeiro de Almeida || F. 22/05/1943 || ANTT || RGP/4337 || PT-TT-PIDE-E-010-22-4337_m0287]

[João Esteves]

terça-feira, 25 de abril de 2023

[3285.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXVI

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXVI *

01354. Gil Cornélio Gonçalves [?, 1933, 1938, 1940, 1942]

[Gil Cornélio Gonçalves || F. 26/03/1940 || ANTT || RGP/9755 || PT-TT-PIDE-E-010-49-9755_P2_m0315b]

[Freguesia de S. Salvador, Elvas, 16/09/1893, tenente / comércio. Filiação: Juliana Augusta Gonçalves, Manuel Gonçalves. Casado / Divorciado. Residência: Monte da Palma - Alcácer do Sal / Rua Dr. Oliveira Ramos, 8 / Rua de Santa Marta, 82 - Lisboa. Assentou praça em 30/09/1909 e, implantada a República, colaborou ativamente nos preparativos da Revolução de 14 de Maio de 1915 contra a ditadura de Pimenta de Castro: integrou o “Comité revolucionário dos sargentos da Trafaria” e assegurou a sublevação da guarnição de uma bateria. Depois, em 10/12/1917, com a tomada do poder por Sidónio Pais, foi preso e levado para a Casa de Reclusão da 1.ª Divisão do Exército, onde ficou até 24 do mesmo mês. Passou, então, para o Presídio Militar de Santarém, onde permaneceu até ao dia 21/01/1918. Libertado, seria novamente detido durante 21 dias, ficando no Governo Civil e no Castelo de São Jorge. Voltou a ser detido em 6 de Setembro, acusado de fazer parte de um comité revolucionário da margem Sul do Tejo. Levado para o Governo Civil e Penitenciária de Lisboa, passou, em 6 de Outubro, para o Presídio Militar de Santarém, de onde foi libertado em 10/01/1919, aquando da revolta ocorrida na cidade. Fracassada esta, voltou a ser preso, saindo em liberdade com a derrota monárquica em Monsanto. Devido às suas ligações ao Partido Republicano / Democrático, esteve preso 332 dias durante o Sidonismo. Promovido a alferes em 31/03/1919. Em 15/09/1920, o Ministro da Instrução Pública propôs que fosse condecorado com o Grau de Cavaleiro da Ordem Militar de Cristo, o que não se terá concretizado. Após o 28 de maio de 1926, quando tenente de artilharia, patente que tinha desde 18/11/1922, participou na revolução de fevereiro de 1927. Estaria deportado na Madeira quando, em abril de 1931, se iniciou a “Revolta das Ilhas” contra a ditadura, a que aderiu. Foi, então, demitido do Exército, juntamente com os principais implicados, e deportado para Cabo Verde, ficando com residência fixada em S. Nicolau. Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto 21.943, de 05/12/1932, regressou a Lisboa, tendo-se apresentado às autoridades policiais em 17/01/1933. Preso pela PSP de Setúbal e entregue, em 24/11/1933, à PVDE, acusado de manter ligações com deportados que permaneceram em Cabo Verde, entre os quais o general Sousa Dias e os ex-tenentes Manuel Ferreira Camões e Sílvio Pelico. Libertado em 12/05/1934, trabalhou como empregado comercial e voltou a ser detido em 16/04/1938, “para averiguações”, levado para o Aljube e libertado em 11 de Maio. Reintegrado, em 1939, como oficial miliciano na situação de licenciado, tornou a ser detido em 25 de março de 1940, “para averiguações”, acusado de ser agente de ligação num movimento revolucionário em preparação. Levado, incomunicável, para uma esquadra e transferido, em 22 de Abril, da 23.ª esquadra para a 1.ª, foi libertado em 3 de junho. A última detenção aconteceu em 27/02/1942, sendo transferido, no dia seguinte, da Delegação do Porto da PVDE para Lisboa. Entrou, em 31 de Julho, no Aljube, seguiu, em 2 de Agosto, para Caxias e, em cinco do mesmo mês, foi transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal, de onde regressou em 1 de janeiro de 1944. Levado para o Hospital Júlio de Matos, seguiu, em 7 de Janeiro, para Caxias e, em 23 de Maio, entrou em Peniche, de onde saiu, em liberdade condicional, no dia 29. Contratado pelo Ministério do Ultramar, trabalhou em Angola entre finais de 1952 e 1956, quando regressou ao Continente. Integrava, desde 1923, a Maçonaria. Faleceu em 16 de novembro de 1966, em Lisboa.]

01355. Armando Augusto Pires Falcão [?]

[S. Sebastião da Pedreira - Lisboa, 21/11/1880, major de infantaria. Filiação: [Joana] Clementina Pires Falcão, João Pires Augusto Falcão. Residência: Praça Rio de Janeiro, 5 - Lisboa. Participou, em Abril de 1931, na revolta dos Açores, sendo um dos seus líderes. Na sequência da derrota, foi-lhe fixada residência obrigatória em Cabo Verde, para onde seguiu nesse mesmo ano. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933.]
[alterado em 15/05/2023]

01356. José António da Silva [?]

[2.º Sargento. Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933, indo residir para a Rua dos Quarteis, 35 - Lisboa.]

01357. José Trovisco Malarranha ou José Trovisco ou José Francisco dos Santos Malarranha [?, 1933, 1936]

[José Trovisco / José Trovisco Malarranha / José Francisco dos Santos Malarranha || ANTT || RGP/4770 || PT-TT-PIDE-E-010-24-4770_m0353]

[Évora, 18/03/1906, empregado de escritório. Filiação: Maria de Jesus, Francisco de Assunção. Casado. Residência: Évora. Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933. Preso pela PSP de Évora e entregue à SPS em 01/11/1933Preso em 30/09/1936, “para averiguações”, recolhendo à 7.ª esquadra. Entrou, de seguida, no circuito de transferência de cárcere: Aljube (25 de Outubro), uma esquadra, incomunicável (14 de Novembro), Aljube (28 de Novembro), Peniche (19 de Dezembro) e 1.ª esquadra (19 de Fevereiro de 1937). Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 20/02/1937 e condenado em seis anos de degredo, passou para o Aljube (23 de Março), seguiu para Peniche (2 de Abril) e retornou ao Aljube (1 de Junho), a fim de ser transferido, em 5 de Junho, para o Campo de Concentração do Tarrafal. Libertado em 15/11/1945, permaneceu, a seu pedido, em Cabo Verde, acabando por regressar de S. Vicente em 5 de julho de 1949, viajando no “Serpa Pinto”.]

[João Esteves]

segunda-feira, 24 de abril de 2023

[3284.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXV

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXV *

01350. Joaquim de Figueiredo Ministro [1928, 1930, 1942]

[Joaquim de Figueiredo Ministro || F. 14/08/1942 || ANTT || RGP/14253 || PT-TT-PIDE-E-010-72-14253_m0107]

[Alcobaça, 19/10/1892, tenente de artilharia inválido de guerra / comerciante. Filiação: José de Figueiredo Ministro e de Teodora Maria. Casado. Residência: Rua da Prata, 51 - Lisboa / Rua dos Correeiros, 184 - Lisboa. Integrou, como 2.º sargento, o Corpo Expedicionário Português, tendo embarcado para França em 06/01/1917. Louvado pelo seu comportamento durante a batalha de 9 de Abril de 1918. Regressou em 25/08/1918, tendo sido condecorado com a Cruz de Guerra de 3.ª Classe e com a Cruz de Guerra de 4.ª Classe. Integrou o restrito grupo que, em 1921, esteve na origem da futura Liga dos Combatentes da Grande Guerra (1923). Já tenente, cumpriu, em Setembro de 1928, prisão no Regimento de Infantaria 5. Preso em 11/04/1930, "por querer atentar contra a vida de alguns funcionários desta Polícia", e deportado, em 08/05/1930, para a Ilha de Santa Maria. Em Janeiro de 1931 estava com residência fixada na Ilha Graciosa, tendo requerido ao Ministério da Guerra a transferência de residência fixada para Lisboa. Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou de S. Nicolau e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933, indo residir, temporariamente, para o "Rocio Hotel". Comerciante, foi preso em 13/08/1942, "para averiguações", e levado para o Aljube; libertado em 01/09/1942. Faleceu em 23/12/1968, no Hospital Militar Principal.]

01351. José Travassos [?]

[Subchefe da Polícia de Segurança Pública de Lisboa. Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933. Em Agosto de 1951, fez uma exposição reclamando a sua reintegração por ter sido expulso, preso e deportado.]

01352. Mário Silva [?]

[Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933.]

01353. Fernando Matias Rodrigues [?, 1933, 1934]

[Lisboa, c. 1894, ex-funcionário da Fazenda. Filiação: Maria da Assunção Rodrigues. Casado. Residência: Rua Particular às Amoreiras - Letra C. Em 1931, estava deportado em Cabo Verde, segundo o levantamento do major António Fernandes VarãoEm 28/12/1932, continuava nessa situação, tendo sido comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933, indo residir para o Poço de Borratém, 13. Preso em 28/04/1933, "por estar implicado em manejos revolucionários com José Maria de Almeida Júnior", o qual estava escondido em sua casa. Também foi preso em sua casa José de Matos Zacarias. Transferido para o Aljube em 06/10/1933. Sofreu transferência de cárcere em 11/10/1933. Evadiu-se, em 28/12/1933, da Casa de Reclusão Temporária em S. Julião da Barra, onde se encontrava à ordem do Tribunal Militar Especial. Tentou pôr termo à vida, entrando no banco do Hospital de S. José com o nome de Jaime Pinto Rodrigues, onde ficou sob prisão em 31/01/1934. Transferido, em 15/02/1934, para a enfermaria da Penitenciária de Lisboa, onde faleceu no dia 18.]

[alterado em 22/03/2024]
[alterado em 23/03/2024]

[João Esteves]

[3283.] ASSOCIAÇÃO FEMININA PORTUGUESA PARA A PAZ || DECISÕES DA DIREÇÃO - 08/07/1948

 * ASSOCIAÇÃO FEMININA PORTUGUESA PARA A PAZ *

DECISÕES DA DIREÇÃO || 08/07/1948

[AFPP || 08/07/1948]

DIREÇÃO 1948-1948

- Maria do Carmo Rosendo Dias: Presidente.
- Maria Amália Medeiros: Vice-Presidente.
- Maria Isabel Soares: 1.ª Secretária.
- Maria Suzete Gomes: 2.ª Secretária.
- Maria Helena Correia: Tesoureira.
- Branca Macedo: 1.ª Vogal.
- Clarisse Oliveira: 2.ª Vogal.

[João Esteves]

[3282.] CAXIAS || MARÇO DE 2023

 * CAXIAS || 2023 *



[Caxias || Março de 2023]

terça-feira, 18 de abril de 2023

[3277.] PRESOS POLÍTICOS DEPORTADOS PARA OS AÇORES || JULHO DE 1930

 * PRESOS POLÍTICOS DEPORTADOS PARA OS AÇORES || JULHO DE 1930 *

DIÁRO DE NOTÍCIAS (RIO DE JANEIRO) || 08/08/1930


[João Esteves]

[3276.] RIA FORMOSA || ABRIL DE 2023

 * RIA FORMOSA || 2023 *



[Ria Formosa || Abril de 2023]

[3275.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CCXIV] || 1926 - 1933

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXIV *

01347. Raul Isaías Baptista Dinis [1927, 1931, 1931]

[Lisboa, c. 1908, 2.º Sargento / empregado do comércio. Filiação: Hermínia Isaías Dinis, Eduardo Batista Dinis. Solteiro. Residência: Rua do Saco, 46 - Lisboa. Em 22/11/1927, quando era 2.º sargento da Companhia de Depósito de Infantaria N.º 10, foi preso pelo Comando da  1.ª Região Militar e enviado, em 10/12/1927, o processo ao Ministério da Guerra. Preso em 17/03/1931, "por suspeita de ter feito parte do grupo que assaltou a esquadra do Rego para libertar o preso José Barreto Monteiro e de servir de intermediário em ligações revolucionárias". Libertado em 24/03/1931. Preso em 04/04/1931, por ter tomado parte ativa no assalto à esquadra do Rego, e deportado, em 06/06/1931, para Cabo Verde por ordem do Governo. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933, indo residir para a Rua Luciano Cordeiro, 13.]  

01348. António Homem Rebelo Júnior [?]

[Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933.]

01349. José Sotero Borges [1930]

[Tavira, c. 1904, tipógrafo. Filiação: Maria da Conceição, Francisco Borges. Solteiro. Residência: Estrada de Marvila, 5-A - Lisboa. Vigiado desde Junho de 1930, por estar envolvido na preparação de um movimento para derrubar a Ditadura Militar. Preso em 16/07/1930, "por estar implicado no movimento revolucionário em preparação", "por ser detentor de caixas com munições para pistolas" e "por aliciar choferes para o referido movimento". Deportado, em 20/07/1930, para os AçoresEm 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933.]

[João Esteves]

sábado, 15 de abril de 2023

[3272.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CCXIII] || 1926 - 1933

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXIII *

01343. José da Silva Feijão [1930]

[Deportado para os Açores em 1930. Seguiu, depois para Cabo Verde. Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933.] 

01344. António Eduardo Gouveia [?]

[Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933.]

01345. João Emílio Fontainhas [1931]

[Lisboa, 28/07/1907, 2.º sargento cadete de infantaria (demitido). Por ter tomado parte na Revolta da Madeira, foi demitido do Exército e, em 12/05/1931, embarcou no vapor "João Belo" para Cabo Verde, onde lhe foi fixada residência por motivos políticos. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933. Declarou ir residir na Rua Maria Andrade, 29.]

01346. Raul Pereira Martinho [1928, 1933]

[Raul Pereira Martinho || F. 27/05/1928 || ANTT || PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Preso em Maio (?) de 1928. Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 17/01/1933. Preso em 13/11/1933, recolheu incomunicável a uma esquadra. Transferido, em 18/11/1933, da 7.º esquadra para a 1.ª.]
[alterado em 21/04/2024]

[João Esteves]

sexta-feira, 14 de abril de 2023

[3271.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CCXII] || 1926 - 1933

PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXII * 

01335. Mário Augusto Guerra [?]

[Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933. Declarou ir residir para a Calçada da Boa Hora, 10, ou Avenida Duque de Loulé, 1.]

01336. Martinho da Rocha [1931]

[Referenciado como antigo monárquico, encontrava-se em Angola, em 1930-1931, como "condenado comum por crime de fogo posto". Preso e deportado para Cabo Verde, Ilha de São Nicolau, por ter tomado "parte ativa na preparação e organização dum movimento revolucionário que se destinava a secundar o que eclodiu na Madeira em Abril de 1931". Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933. Declarou ir residir para a Calçada da Boa Hora, 10, ou Avenida Duque de Loulé, 1.]

01337. Manuel António Saldanha [1930]

[Bragança, c. 1895, 2.º Sargento da GNR. Filiação: José Gregória Saldanha, José António Saldanha. Casado. Residência: Rua Barão de Sabrosa, 180 - Lisboa. Preso em 02/10/1930, "por estar comprometido no movimento revolucionário e tentar aliciar praças do Quartel do Carmo", "assistir a reuniões com oficiais foragidos", entre eles o ex-capitão Chaves, e "por ter desviado do Quartel do Carmo munições de guerra que foram apreendidas na sua residência". Deportado para os Açores em 08/01/1931Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933. Declarou ir residir para a Rua Cidade de Liverpool, 17.]

01338. Custódio Gonçalves [?]

[Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933.]

01339. António de Oliveira Domingos [1930]

[Castelo Branco, c. 1892, 2.º Sargento da GNR. Filiação: Bárbara de Oliveira, João Domingos. Casado. Residência: Rua da Era, 9 - Lisboa. Preso em 02/10/1930, "por estar comprometido no movimento revolucionário em preparação" e "ter assistido a reuniões em que estavam presentes oficiais e sargentos", entre estes o ex-Capitão Chaves e o sargento SaldanhaEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933. Declarou ir residir para a Rua da Era, 9.]

01340. António Torrado [1930]

[Castelo Branco, c. 1889, 2.º Sargento da GNR. Filiação: Ana Vinagre, Francisco Torrado. Casado. Residência: Rua Alves Torgo, 292 - Lisboa. Preso em 03/10/1930, "por ser um dos mais antigos conspiradores" e "ter entendimentos com o ex-Tenente Manuel António Correia com quem se comprometeu aliciar sargentos do Quartel do Carmo e de Santa Bárbara". Deportado para os Açores em 08/01/1930. Passou, em 1931, para Cabo Verde, onde ficou com residência fixada por motivos políticos. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933. Declarou ir residir para o Casal Vistoso - Alto do Pina.]
[alterado em 15/05/2023]

01341. Francisco Silveira [?]

[Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933.]

01342. Sebastião Encarnação Júnior [1927, 1928, 1936, 1942, 1949]

[Sebastião Encarnação Júnior || F. 06/01/1939 || ANTT || RGP/5283 || PT-TT-PIDE-E-010-27-5283_P2_m0180b]

[Nasceu em Alcoutim, em 10 ou 19 de outubro de 1895, filho de Sebastião da Encarnação. Quando sargento-ajudante, participou na revolta de fevereiro de 1927, tendo-lhe sido fixada residência fora do Continente. Abrangido pelo Decreto 16.002, de 4 de outubro de 1928, que dava a possibilidade de colocação nas colónias e reintegração nos quadros ou serviços a que pertenciam magistrados e funcionários civis e militares que tomaram parte no movimento de fevereiro de 1927, e bem assim aqueles a quem pelo Governo tenha sido fixada residência nas ilhas adjacentes ou nas colónias por motivos de natureza política, a partir de 28 de Maio de 1926 até 15 de Julho de 1928, voltou a estar envolvido em movimentações contra a ditadura militar. Preso em dezembro de 1928, seguiu, primeiro, para Ponta Delgada e, depois, para Cabo Verde, encontrando-se, em junho de 1932, deportado na Ilha do Sal. Abrangido pela amnistia de 5 de dezembro desse ano, regressou ao Continente em 16/01/1933. Entregue, em 17 de novembro de 1936, pela PSP de Beja à PVDE, ficou, no dia seguinte, em regime de incomunicabilidade, seguindo-se a passagem por diversas prisões: Aljube (17 de dezembro), Fortaleza Militar de Peniche (7 de fevereiro de 1937) e 1.ª esquadra (5 de julho). Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 7 de julho e condenado em 4 anos de desterro, multa de quatro mil escudos e perda dos direitos políticos por cinco anos, passou pelo Aljube (8 de julho) e Peniche (13 de setembro). Transferido, em 23 de outubro, para a Fortaleza de S. João Batista, em Angra do Heroísmo, seria julgado novamente, por ter interposto recurso, em 3 de novembro, sendo-lhe confirmada a sentença. Libertado em 23 de dezembro de 1938, por ter sido indultado, apresentou-se na sede da PVDE em 6 de janeiro de 1939. Continuava a residir e a trabalhar na região de Beja quando foi novamente preso e entregue, em 25 de fevereiro de 1942, pelo Comando da PSP daquela cidade. Integrava, então, a rede de espionagem anglo-portuguesa do “SOE” (Special Operations Executive, Seção H), mais conhecida por “Rede Shell”, onde era um elemento importante. Foram-lhe apreendidos papéis com instruções detalhadas e cartuchos de dinamite. Levado, incomunicável, para uma esquadra, passou, em 5 de maio, para o Forte de Caxias e, em 20 de junho, foi transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal, de onde regressou em 27 de janeiro de 1944. Conduzido para o Hospital Júlio de Matos, entrou, no dia 2 de fevereiro, no Forte de Caxias e, em 23 de maio, passou para a Fortaleza Militar de Peniche, de onde saiu em liberdade condicional no dia 29. Voltou a ser detido em Beja e entregue, em 13 de fevereiro de 1949, à PIDE, “para averiguações”, foi encaminhado para o Forte de Caxias. Transferido, no dia 23, para o Aljube, a fim de entrar na sua enfermaria, regressou àquela prisão em 19 de março. Libertado em 23 de abril de 1949.]

[Sebastião Encarnação Júnior || F. 16/02/1949 || ANTT || RGP/5283 || PT-TT-PIDE-E-010-27-5283_P1_m0180a]

[João Esteves]

quinta-feira, 13 de abril de 2023

[3270.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CCXI] || 1926 - 1933

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCXI *

01333. Armando Hasse Ferreira [?, 1938]

[Alferes Armando Hasse Ferreira quando deportado em Cabo Verde || Fotografia cedida por José J. Cabral]

[Freguesia Polana - Lourenço Marques, 19/09/1907, alferes / topógrafo. Filiação: Cândida Hasse Ferreira, António José Ferreira. Solteiro. Residência: Travessa da Palmeira, 27 - Lisboa. Quando estava deportado na Madeira, integrou, em Abril de 1931, a revolta despoletada na Ilha, integrando o seu Comité Revolucionário. Falhada aquela, foi deportado para Cabo Verde, onde ficou com residência fixada. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933. Preso pela Delegação do Porto em 21/07/1938, "para averiguações". Transferido em 25/04/1939, recolheu ao Aljube. Libertado em 06/06/1939, por ter sido despronunciado.]

01334. Luís Mouzinho Sacadura [1931]

[Alferes Luís Mouzinho Sacadura quando deportado em Cabo Verde || Fotografia cedida por José J. Cabral]

[Alferes. Em 17/07/1930, foi proposto pela Polícia a sua transferência para Bragança. Participou, em Abril de 1931, na revolta da Madeira. Falhada aquela, foi deportado para Cabo Verde, onde ficou com residência fixada. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933. Declarou ir residir para a Avenida da República, 9 - Algés.]

[João Esteves]

[3269.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CCX] || 1926 - 1933

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCX *

01326. Alfredo Maria [?]

[Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933.]

01327. Manuel Alves Dinis [?]

[Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933.]

01328. Ilídio Vaquinhas dos Santos Nogueira [?]

[Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933.]

01329. Lourenço de Sousa Machado [1930]

[Porto, c. 1993, proprietário. Filiação: Catarina Rosa, Manuel Joaquim Machado. Residência: Mértola. Preso em 01/12/1930, "por conspirar contra a Situação", "por ter estabelecido ligações revolucionárias entre Lisboa e algumas terras do Alentejo, principalmente Évora", e "por ter ligações com o ex-Tenente Quilhó". Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933, indo residir, provisoriamente, para o Rocio Hotel.]

01330. Carlos Maria Mariano da Fonseca [?]

[Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933. Declarou ir viver para o Crato.]

01331. Martinho Rodrigues Moreira do Vale [1931]

[Porto, c. 1889, chofer. Filiação: Ermelinda Fernandes Marques, Domingos Moreira do Vale. Casado. Residência: Rua Heróis de Chaves, 966 - Porto. Preso em 18/05/1931, no Porto, "para averiguações", vindo a estar associado ao grupo que, na noite de 1 para 2 de Maio, cortou as  linhas telefónicas no sítio dos Carvalhos. Deportado, em 07/06/1931, para Cabo Verde, de onde regressou em 16/01/1933 por ter sido abrangido pela amnistia de 05/12/1932. Apresentou-se nesse dia na SVPS e declarou ir residir na Rua Heróis de Chaves, 966.] 

01332. José da Costa [?]

[Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933. Declarou ir para a Calçada da Boa Hora, 10.]

[João Esteves]

quarta-feira, 12 de abril de 2023

[3268.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CCIX] || 1926 - 1933

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCIX *

01320. Francisco da Silva Moreira [1933]

[Lisboa, c. 1907, vassoureiro. Filiação: Maria de Assunção, Augusto da Silva Moreira. Solteiro. Residência: Alto dos Toucinheiros, 13 ou 15. Preso em 16/01/1933, à ordem da Seção de Vigilância Política e Social,  "por suspeita de fazer distribuição de manifestos clandestinos"; libertado do Aljube em 18/01/1933.]
  [alterado em 14/05/2023]

01321. Manuel Ribeiro Nunes [?, 1930]

[Ex-Chefe da PSP. Residência: Calçada do Duque de Lafões, 32 - Lisboa. Esteve como deportado político na Madeira, de onde regressou em 26/01/1929. Vigiado desde o seu regresso, sendo registados todos os contactos que foi mantendo. Preso em 17/07/1930, "por estar implicado no movimento revolucionário em preparação", e deportado, em 20/07/1930, para Angra do Heroísmo. Participou, em 1931, no movimento militar da Madeira e, por isso, foi-lhe fixada residência obrigatória em Cabo Verde, para onde seguiu em 12/05/1931. Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932, tendo regressado de Cabo Verde (Praia), onde estava com residência obrigatória, e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933. Declarou ir viver para a Calçada Duque de Lafões, 32.]

01322. Miguel Maria de Almeida Correia ou Miguel Correia [?, 1933]

[Beja, c. 1886, telegrafista do Sul e Sueste. Filiação: Etelvina Francisca de Almeida Correia, João Luís Correia. Residência: Barreiro, Vila Brás. Vigiado durante a 1.ª República, nomeadamente nos  anos de 1919 e 1920, por ser considerado "bolchevista" e "perigoso agitador", sendo correspondente de A Batalha no Barreiro. Preso em 19/09/1923, por suspeita de conspirar contra o governo; libertado em 22/09/1923. Em 19/03/1929, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932, tendo regressado de Cabo Verde e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933. Declarou ir viver Sarilhos Grandes - Montijo. Preso em 28/04/1933, por haver suspeita de estar a desenvolver "uma perigosa agitação revolucionária  entre os ferroviários do sul e Sueste"; libertado em 11/05/1933.]

01323. João Marques [?]

[Lisboa, c. 1906, serralheiro. Filiação: Natividade Marques, José Marques. Solteiro. Residência: Rua Maria Pia, 314 - Lisboa. Preso em 21/09/1924, por agressão a tiro contra o industrial José Morais Fernandes. Encontrava-se, em 19/03/1929, deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que era abrangido pela amnistia de 05/12/1932, tendo regressado de Cabo Verde, onde estava com residência obrigatória por motivos políticos. Apresentou-se na SVPS em 16/01/1933 e declarou ir viver para a Rua Maria, 314.]

01324. Cândido Alves Ribeiro [1930]

[Tábua, c. 1886, empregado de comércio. Filiação: Maria Angelina, José Alves Paulo. Casado. Residência: Rua da Beneficência, 15 - Lisboa. Preso em 06/12/1930, "por ser detentor de cinco pistolas metralhadoras, que lhe foram entregues por Manuel Rodrigues"; deportado, em 06/06/1931, para Cabo Verde, para onde seguiu no vapor "Pedro Gomes". Em 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que era abrangido pela amnistia de 05/12/1932, tendo regressado de Cabo Verde, onde estava com residência obrigatória por motivos políticos. Apresentou-se na SVPS em 16/01/1933 e declarou ir viver para a Rua Esmerência, 15 - Braço de Prata.]

01325. Gabriel Medina Camacho [?]

[Em 1932, estava deportado em Cabo VerdeEm 28/12/1932, foi comunicado pelo Ministério do Interior que estava abrangido pela amnistia de 05/12/1932: regressou e apresentou-se na SVPS em 16/01/1933.]  

[João Esteves]