[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

sábado, 15 de junho de 2024

[3443.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCCXXVIII

 * PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCCXXVIII *

01958. Carlos José de Sousa [1928]

[Preso durante a 1.ª República. Preso em 1928, seria libertado, juntamente com Manuel Joaquim de Sousa, em 26/05/1928.]

01959. Jaime Alberto de Castro de Morais / Jaime Morais [1928, 1940]

[Jaime de Morais || F. 27/07/1940 || ANTT || RGP/12546 || PT-TT-PIDE-E-010-63-12546]

[Porto, 13/07/1882. Médico e oficial da Armada - capitão de fragata. Filiação: Margarida Cândida Pereira de Castro Morais, Américo Pereira de Lemos de Morais. Casado. Formou-se, em 1904, na Escola Médico Cirúrgica do Porto e, no ano seguinte, ingressou na Armada, tornando-se médico naval. Maçom e republicano, interveio na implantação da República em 05/10/1910, opôs-se à ditadura de Sidónio Pais e combateu a Monarquia do Norte. Enfrentou a Ditadura Militar, participando ativamente na revolta despoletada no Porto em 03/02/1927. Fracassada esta, partiu para a Galiza, sendo julgado à revelia e demitido da Armada. Numa das suas incursões a Portugal, seria preso em 01/05/1928, durante uma reunião na residência de João Nicolau Lúcio Escórcio, levado para a Penitenciária de Lisboa e deportado para S. Tomé em 04/05/1928, embarcando no "Gil Eanes". Conseguiu evadir-se em outubro e instalou-se, primeiro, em França e, depois, em Espanha, onde integrou o "Grupo dos Budas" e colocou-se ao serviço da República triunfante. Finda a Guerra Civil, seria preso e internado num campo de concentração espanhol, passou pela Bélgica e retornou a França. Com a ocupação de Paris pela Alemanha nazi em 14/06/1940, procurou regressar a Portugal. Preso na fronteira de Vilar Formoso em 25/07/1940, quando entrava em Portugal, recolheu à cadeia da localidade e, em 27/07/1940, seguiu para Lisboa. Levado para o Aljube, foi libertado em 28/09/1940 e, por não lhe ser permitida a residência em Portugal, embarcou para o Brasil nessa mesma data. Fixou-se neste país, no Rio de Janeiro, onde continuou a atividade oposicionista. Amnistiado em 1950 e reintegrado na Armada, no posto de capitão-tenente na situação de reforma, visitou o país em 1952, não lhe sendo autorizado a sua permanência. Faleceu em 20/12/1973.]
[alterado em 20/06/2024]

01960. Alfredo António Chaves [1926, 1928, 1931]

[Chaves. 1890. Capitão de Infantaria. Filiação: Júlia Pires Chaves, António Maria Augusto Chaves. Casado. Dirigiu a primeira revolta contra a Ditadura Militar, organizando a sublevação de Chaves em 11/09/1926. Preso e condenado a 18 meses, evadiu-se, em finais de dezembro de 1926, do presídio de Santarém, estabelecimento onde estava a cumprir a pena. Preso em 01/05/1928, levado para a Penitenciária de Lisboa e deportado para S. Tomé em 04/05/1928, embarcou no "Gil Eanes". Em março de 1931, estava preso na Penitenciária de Lisboa e seria deportado para Timor em 28/06/1931, ficando internado no campo de Oé-Cussi. Foi explicitamente excluído da amnistia de 05/12/1932 e esteve exilado em Espanha e França. Quando se encontrava deportado em Moçambique, foi abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto 26.633, de 25/05/1936. Faleceu em 1937.]
[alterado em 20/06/2024

01961. Nuno Cerqueira Machado Cruz [1928, 1933]

[Nuno Cerqueira Machado Cruz - Nuno Cruz || ANTT || PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903]

[Ponte da Barca, Viana do Castelo, 05/03/1893. Capitão de Artilharia - Bacharel em Direito. Maria das Dores Machado Cruz, Alberto Carlos Cruz. Solteiro. Frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e combateu na 1.ª Guerra, onde foi gaseado em combate em 06/01/1918. Republicano, depois do apoio inicial ao golpe de 28/05/1926, intervindo em Coimbra, cedo o combateu e participou na revolta despoletada no Porto em 03/02/1927. Exilou-se em Espanha, continuou a conspirar e, numa das incursões clandestinas a Portugal, seria preso em 01/05/1928 e levado para a Penitenciária de Lisboa. Deportado para S. Tomé, embarcou no "Gil Eanes". Conseguiu evadir-se dessa colónia, tornou a refugiar-se em Espanha e continuou a conspirar, participando na revolta de 26/08/1931. Viria a ser preso no início de 1933 e, julgado em maio, condenado ao desterro. Preso na Cadeia da Relação do Porto, conseguiu fugir e exilou-se em Madrid, onde faleceu em 29/12/1934.]
[alterado em 20706/2024]

[Nuno Cerqueira Machado Cruz || ANTT || PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903]

[João Esteves]

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