[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

[2180.] GRACILIANO RAMOS [I] || O VELHO GRAÇA, POR DÊNIS DE MORAES

* O VELHO GRAÇA: UMA BIOGRAFIA DE GRACILIANO RAMOS *

DÊNIS DE MORAES || BOITEMPO EDITORIAL || 2012


“Um Homem admiravelmente decente”, que “sofreu prisão, pobreza, tragédias, doenças”, mas que “nunca se entregou ou cedeu” [p. 288], apesar das vivências tormentosas, nomeadamente por dificuldades financeiras até ao desenlace final.

Quando preso em Março de 1936, sob a vigência ditatorial de Getúlio Vargas, e enviado temporariamente, entre outros sítios tenebrosos, para o campo concentracionário da Ilha Grande, o chefe da guarda tratou de avisar Graciliano Ramos, assim como os que o acompanhavam: “Ninguém vem se corrigir aqui. Vocês vêm morrer” [p. 135]. As palavras do Director do Campo de Concentração do Tarrafal, inaugurado nesse mesmo ano sob os auspícios de Salazar, não destoavam daquelas: “Quem vem para o Tarrafal vem para morrer!”.

Uma Biografia de excelência da autoria de Dênis de Moraes, saída em 1992, ano do centenário do nascimento de Graciliano Ramos [27/10/1892 – 20/03/1953], revista, ampliada e reeditada em 2012 pela Boitempo Editorial, onde se desvenda o Homem, o Escritor e o militante comunista entre 1945 e 1953, ano do seu falecimento: “Em Graciliano Ramos […] não sabemos o que é superior: a obra do grande escritor ou a vida de um homem admiravelmente decente” [p. 288].


[Dênis de Moraes || O velho Graça: Uma biografia de Graciliano Ramos || Boitempo Editorial || 2012]

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