[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

segunda-feira, 20 de março de 2023

[3239.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CLXXXI] || 1926 - 1933

 PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CLXXXI *

01185. Artur Inácio Nogueira [1932]

[Preso e entregue pelo Comando da PSP de Lisboa à SVPS em 21?/10/1932Quando estava detido no Aljube, foi entregue à PSP de Lisboa em 07/11/1932.]

01186. José Maria Videira [1929, 1932, 1932, 1947]

[José Maria Videira || F. 22/04/1929 || ANTT || PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Freguesia de Bendada, concelho de Sabugal,, 26/04/1896, 1.º sargento / comerciante. Filiação: Ana Antónia e Manuel Videira. Casado. Residência: Rua de S. Brás, 37 / Rua dos Caetanos, 21 - Lisboa. Combateu na 1.ª Grande Guerra. Encontrava-se preso em Abril de 1929Integrou a Organização Revolucionária dos Sargentos, da qual foi um dos principais líderes. 

[José Maria Videira || F. 15/07/1940 || ANTT || RGP/81]

Preso em 1932: em fevereiro, houve tentativas de assalto à esquadra de Alcântara com o fim de o libertar, juntamente com José Severo dos Santos, ex-sargento da Armada, que ali se encontravam incomunicáveis por motivos políticos. Transitou para o Forte de S. Julião da Barra, de onde se evadiu. Recapturado em 21?/10/1932, foi levado para o Aljube: foi um dos nomes que não foi, explicitamente, abrangido pela amnistia de 05/12/1932. Deportado para os Açores, primeiro, para Santa Cruz da Graciosa e, depois para Angra do Heroísmo, para onde seguiu em 22/11/1933. Demitido, em 1934, do Exército, foi julgado pelo Tribunal Militar Especial em 27 de Agosto e condenado a mais um ano de desterro. Novamente julgado pelo TME em 31/07/1936, a pena passou para seis anos de desterro, com prisão no local. Seguiu, em 23/10/1936, para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde permaneceu quase quatro anos. Requereu, em 21/11/1937, ser abrangido por uma amnistia, o que foi indeferido por despacho de 02/02/1938. Apesar do mandado de soltura datado de 06/09/1939, o Diretor da PVDE, em despacho de 22 do mesmo mês, determinou "que se mantivesse em prisão preventiva, até que seja julgada oportuna a sua restituição à liberdade, em virtude de se tratar de um elemento perigoso e indesejável". Regressou do Tarrafal em 15/07/1940, foi libertado por ter sido amnistiado. 

[José Maria Videira || F. 15/07/1940 || ANTT || RGP/81]

Preso em 15/03/1947, "para averiguações", seguiu para o Forte de Caxias sem qualquer julgamento. Libertado em 18/04/1947.

[José Maria Videira || F. 26/03/1947 || ANTT || RGP/81]

Julgado, em 07/03/1949, pelo 4.º juízo Criminal de Lisboa, foi absolvido. Faleceu em 16 de Junho de 1976, em Lisboa. Irmão de Joaquim Videira, que teve idêntico percurso de resistente.]

[João Esteves]

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