[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

domingo, 5 de janeiro de 2014

[0441.] FLORA MAGRO [I] || 25 ANOS A CAMINHO DAS PRISÕES SALAZARISTAS

* FLORA CARLOTA ALVES MAGRO *

25 ANOS A CAMINHO DAS PRISÕES SALAZARISTAS



Casada com Francisco Félix Tavares Magro (1896-1946), natural de Arronches.

Juntamente com Herculana de Carvalho e Maria Rodrigues Pato, Flora Magro passou parte da vida a caminho das prisões políticas salazaristas e marcelistas, onde estiveram, enquanto presos políticos, o filho José Alves Tavares Magro (1920-1980), a nora Aida Magro (1918-2011) e o genro Joaquim Pires Jorge (1907-1984), todos militantes ou dirigentes do Partido Comunista.

Segundo Gina de Freitas, “é um exemplo de grande coragem, resistência física e moral” em defesa das condições prisionais dos familiares e tomou conta, juntamente com o filho João, das duas netas, filhas, respectivamente, de José e Aida Magro e de Maria Helena Magro e Pires Jorge. 


[pp. 51-55]

Em 1974, com 78 anos, declarou, em entrevista a Gina de Freitas, que “durante 23 anos andei sempre a caminhar para as cadeias” e, entre 1951 e 1974, “só tive três meses de férias”, já que, alternadamente ou em simultâneo, chegaram a estar todos presos, à excepção da filha Helena, que entrou para a clandestinidade em 1945 e aí morreu em 1956, “no termo de uma gravidez muito difícil” [M. Tengarrinha], sem mais voltar a vê-la e só sabendo do triste desenlace três meses depois. 

Deslocou-se constantemente à Rua António Maria Cardoso, sede da PIDE, ao Aljube, a Caxias e ao Forte de Peniche, já que o filho esteve 21 anos preso, a nora seis e o genro, quando o conheceu, dez.         
[João Esteves]

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